Associação Latino-Americana de Livre-ComércioA Associação Latino-Americana de Livre Comércio foi uma tentativa de integração comercial da América Latina na década de 1960. Os membros eram Argentina, Brasil, Chile, México, Paraguai, Peru, e Uruguai. Pretendiam criar uma área de livre comércio na América Latina. Em 1970, a ALALC se expandiu com a adesão de novos membros: Bolívia, Colômbia, Equador, e Venezuela. Em 1980, se tornou Associação Latino-Americana de Desenvolvimento e Intercâmbio (ALADI). Permaneceu com essa composição até 1999, quando Cuba passou a ser membro. HistóriaA proposta de uma união latino-americana é antiga, ainda durante o movimento de independência política dos países do Novo Continente. Em nome da liberdade e da independência das novas nações, Simón Bolívar formulou uma proposta de unidade regional que incluía os projetos de formação de uma Federação de Repúblicas, de um sistema comum de defesa e de uma união econômica. Essa proposta sofreu muitas resistências e não foi levada a cabo, mas é considerada, hoje, a primeira manifestação de um movimento integralista regional. Essa manifestação do latino-americanismo pode ser considerada a primeira fase do movimento integracionista regional. A dificuldade em se estabelecer essa união decorre, inclusive, da discordância entre o ideário pan-americano e o latino-americano. Se, por um lado, os EUA tinham a intenção de promover o pan-americanismo, através das sucessivas Conferências Internacionais Americanas, por outro lado, países latino-americanos membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) criaram a Comissão Especial de Coordenação Latino-americana (Ceda), confrontando o grande poder dos EUA.[1] Mais recentemente, durante a década de 1950, foi-se formando o conceito de integração econômica regional e que acabou constituindo um dos componentes do pensamento da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal). Nessa nova fase do movimento integracionista, acontecem grandes debates sobre esse conceito e é nesse momento que surgem o Mercado Comum Centro-americano (MCCA) - iniciado no começo dos anos 1950 -, a Associação Latino-americana de Livre Comércio (Alalc), em 1960, o Pacto Andino e, mais tarde, a formação da Comunidade Caribenha (Caricom). Os aspectos mais significativos para a formação da ALALC são:
A influência da Cepal deve-se, pois, esta enxergava na formação de um mercado comum latino-americano uma condição fundamental no processo de substituição de importações. Segundo a Comissão, esse processo contribuiria das seguintes formas:
Os dois primeiros efeitos seriam a chave para a melhoria da eficiência dos parques industriais dos países membros, pois propiciariam a substituição parcial da produção de bens de consumo pela produção de bens de capital. Os dois últimos efeitos, contribuiriam significativamente para atenuação da vulnerabilidade externa. A formação da Comunidade Econômica Europeia, por sua vez, influenciou as autoridades americanas em dois pontos:
Este último ponto, influenciado principalmente pela ideia vineriana de "desvio do comércio".[2] Referências
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