Zé Ramalho 2
Zé Ramalho 2, também conhecido como A Peleja do Diabo com o Dono do Céu, é o segundo álbum solo do cantor e compositor Zé Ramalho, gravado e lançado em 1979.[1] O disco lhe rendeu sua primeira certificação de disco de ouro.[1] Segundo Zé, o álbum retrata um cantador que vê a vida de forma maniqueísta entre Deus e o Diabo.[2] Informações das faixas"Falas do Povo", que traz críticas sociais e uma participação de Jorge Mautner no violino, foi dedicada a Geraldo Vandré, uma das influências de Zé.[1][3] "Beira-Mar" é um galope à beira-mar (derivado do martelo agalopado) e o início de uma trilogia que continua em "Beira-Mar – Capítulo II" (no disco A Força Verde, de 1982) e se encerra em "Beira-Mar – Capítulo Final" (no Eu Sou Todos Nós, de 1998).[1][3] A letra da trilogia vem de um folheto de cordel escrito por Zé em 1977 e intitulado "Apocalypse". A primeira parte desse texto apareceria em "Canção Agalopada", canção do próximo disco de Zé (A Terceira Lâmina, de 1981).[3] "Agônico" é uma faixa instrumental executada exclusivamente por Zé, que toca violas, baixo, percussão, tambor, piano, pandeiro e faz os efeitos vocais. Batizada por Jorge, a faixa seria mais tarde regravada com letra no Eu Sou Todos Nós, com o título "Agônico - O Canto".[1][3] Zé acredita que a faixa manifesta as semelhanças que, segundo ele, existem entre a música do Nordeste brasileiro e a música moura, tendo a segunda influenciada a primeira por conta da herança trazida pelos portugueses, cujo território séculos antes fora invadido pelos povos do norte da África.[2] "Frevo Mulher" foi inicialmente composta para o repertório da esposa de Zé na época, Amelinha, que faz dueto com ele em "Pelo Vinho e Pelo Pão".[1] CapaA capa do álbum traz Zé Ramalho empunhando um violão e interpretando o "dono do Céu", enquanto uma mulher vampiresca (Xuxa Lopes) o espreita e seu rival José Mojica Marins o ameaça. A fotografia foi tirada num casarão abandonado em Santa Teresa, no Rio de Janeiro e foi dirigida por Ivan Cardoso. No resto do encarte, aparecem também Satã (produtor e guarda-costas de José Mojica), Mônica Schmidt e Hélio Oiticica; ilustrações de Seth (Álvaro Marins); e símbolos de Raul Córdula.[1] FaixasTodas as músicas escritas por Zé Ramalho, exceto onde indicado.[1]
Créditos
Pessoa técnico
Ficha técnica da capa
Referências
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