Martelo agalopadoMartelo agalopado é um estilo de poema utilizado por cordelistas e cantadores, nos improvisos ou nos textos escritos. Compõe-se de uma (ou mais) estrofe(s) de dez versos decassilábicos, com tônicas nas sílabas 3, 6 e 10 (dois anapestos e um peônio de quarta) e esquema de rimas ABBAACCDDC[nota 1]. HistóriaO italiano Pier Jacopo Martello (1665 - 1727),[1] partindo das oitavas camonianas, introduziu na literatura o verso de 12 sílabas que depois foi denominado Martelo, em lembrança de seu nome.[2][3][4][5] Seu esquema rímico era de rimas alternadas, sem tamanho padrão de estrofes. Sua evolução passou pela sextilha com mesmo ritmo, chamado então de Martelo solto. A partir dessa composição, o paraibano Silvino Pirauá de Lima (Patos, 1848 - Bezerros, 1923) desenvolveu o que hoje é conhecido com o nome de Martelo agalopado. São versos de 10 sílabas, com tônicas na terceira, sexta e décima sílaba. Seu esquema rímico seguiu o esquema das décimas dos cantadores, ou seja, ABBAACCDDC. Este esquema ainda é encontrado em quase todos os martelos agalopados compostos atualmente. EstruturaVersoO verso do Martelo (e consequentemente do Martelo agalopado) é uma variante de verso heroico, mantendo as tônicas nas posições 6 e 10, e apresentando outra tônica na posição 3 (o verso heroico clássico apresenta algumas vezes uma tônica na posição 2 ou 4). EstrofeDez versos decassilábicos compostos de 2 anapestos e um peônio de quarta (3, 6, 10). Alguns versos apresentam a oitava sílaba subtônica, substituindo o peônio por dois iambos (3, 6, 8, 10). Esquema rímico predominante: ABBAACCDDC. (Existem variantes.) Os poemas escritos, principalmente em cordel ou em glosas, podem apresentar várias estrofes. Exemplo
Notas e referênciasNotas
Referências
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