Xabaca
Xabaca[1] (Shabaka, Shabako[2]) foi 3º Faraó da XXV dinastia do Antigo Egito de origem núbia. E foi o 4º Rei da Dinastia Napata do Reino de Cuxe. Governou entre 716 e 702 a.C.. Já Donald A. Mackenzie, acredita que ele foi o primeiro faraó da dinastia etíope, a XXV dinastia, pois teria sido o primeiro a governar a partir do Egito.[3] HistóricoComo o costume da Dinastia Napata de privilegiar a sucessão entre irmão e somente na falta destes passar para a próxima geração. Xabaca sucedeu seu irmão Piiê em 716 a.C.. [2] Enquanto que o seu antecessor tinha governado a partir da Núbia, Xabaca decidiu governar desde o Egito, a partir de Mênfis. No segundo ano do seu reinado dirige-se ao Delta para terminar com o poder do último representante da XXIV dinastia, Bócoris, que controlava esta região. [2] Xabaca conquistou todo o Egito, obtendo a submissão dos príncipes que governavam o norte do Egito. Possivelmente, é ó rei egípcio Sô, mencionado no Livro dos Reis.[3][4] Terminada a conquista, o resto do seu reinado seria caracterizado por um clima de paz interna e externa. O Egito não se envolveu em guerras com a Assíria, existindo investigadores que sugerem a assinatura de um tratado de paz com aquela potência. A Síria e a Palestina haviam se tornado províncias assírias, e Xabaca, temendo uma invasão assíria ou querendo adquirir territórios na Síria, fez alianças com alguns dos reis da região, inclusive Oseias de Israel.[3] Oseias, confiando no apoio egípcio, parou de pagar tributo à Assíria, e Sargão II atacou e destruiu o Reino de Israel.[3][4] Xabaca procurou um regresso às concepções da época do Império Antigo, que se fez sentir sobretudo no campo das artes. O prenome (ou nome de trono) deste faraó foi Nefercaré, nome que tinha sido usado por Pepi II, um dos grandes reis egípcios do Império Antigo. [5] [6] Ordenou numerosas construções em locais como Atribis, Mênfis, Abidos, Esna, Dendera, Edfu, mas sobretudo em Tebas. Mandou ampliar o templo de Medinet Habu, datado do tempo da XVIII dinastia. [7] Em Carnaque, restaura o cargo de sumo sacerdote de Amon, colocando o seu filho Horemakhet no cargo. A sua irmã Amenirdis I foi Divina Adoradora de Amon, tendo construído a sua capela funerária no interior do templo de Medinet Habu. [8] É graças a este faraó que hoje em dia se conhece a chamada "teologia menfita" (as crenças sobre as origens do universo desenvolvidas na cidade de Mênfis). Xabaca terá ordenado que o texto de um papiro em estado de deterioração avançado fosse transposto para um pedra de granito, a Pedra de Xabaca, que se encontra no Museu Britânico de Londres. [2] [9] Xabaca foi sepultado na pirâmide K 15 em el-Kurru, na Núbia. [10] Titulatura
Referências
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