Ptolemeu V Epifânio
Ptolemeu V Epifânio (c. 210 a.C. — 180 a.C.) foi rei do Egito ptolemaico de 205 a.C. a 180 a.C..[1] Era filho do seu antecessor, Ptolemeu IV Filopátor, e da rainha Arsínoe III.[2] Ptolemeu IV era filho de Ptolemeu III Evérgeta I,[3] com Berenice II.[4] Arsínoe III era filha de Berenice II[4] e, possivelmente, de Ptolemeu III.[5] Tornou-se rei aos cinco anos de idade,[carece de fontes] tendo dois ministros do seu pai, Sosíbio e Agátocles, através de um testamento falsificado, tornando-se seus guardiões.[6] Sosíbio desapareceu por volta de 202 a.C. e Agátocles, tornou-se o seu único protector. Deve ser referido que a protecção concedida por estas duas personalidades nada tinha de descomprometido: ambos utilizavam a criança como forma de acederem ao poder e foram responsáveis pela morte da rainha Arsínoe III. Segundo Políbio, Sosíbio foi quem mandou assassinar Arsínoe,[4] mas Agátocles premiou o assassino, Filamão, com o governo da Cirenaica.[7] Ptolemeu ficou aos cuidados de Enante e Agatocleia, respectivamente mãe e irmã de Agátocles.[7] Agátocles acabaria por se envolver em conflitos com Tlepólemo,[8] o governador da cidade de Pelúsio,[9] que mobilizou a população de Alexandria contra Agátocles.[10] Este foi morto por seus amigos para não cair nas mãos do povo[11] e Tlepómeno tornou-se o novo regente,[12] embora tenha sido removido do cargo em pouco tempo. Esta situação confusa foi aproveitada pelo rei selêucida Antíoco III Magno para atacar cidades da Celessíria. Os romanos decidiram intervir e em 194 a.C. estabeleceu-se a paz, tendo Ptolemeu V casado com Cleópatra,[carece de fontes] uma filha de Antíoco III e Laódice.[13] Durante o reinado do seu pai, tinha nascido no sul do Egito um movimento secessionista liderado por um rei núbio. Ptolemeu V consegue terminar com este movimento, tendo vencido Ankhuennefer. Ptolemeu V Epifânio tem o seu nome ligado à Pedra de Roseta, um decreto por si promulgado e graças ao qual foi possível a Jean-François Champollion decifrar os hieróglifos. Ptolemeu VI Filómetor, seu sucessor, foi seu filho com Cleópatra I.[14] Ptolemeu VIII Evérgeta II, irmão de Ptolemeu VI, também reinou no Egito, e ambos foram casados com Cleópatra II, irmã de ambos.[15] Titulatura
Ver tambémÁrvore genealógica baseada no texto e nos artigos dos filhos, mostrando alguns descendentes:
Referências
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