Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres (em grego: Βίοι καὶ γνῶμαι τῶν ἐν φιλοσοφίᾳ εὐδοκιμησάντων) é uma biografia dos filósofos gregos escrita em grego por Diógenes Laércio por volta da primeira metade do século III d.C.[1]
Composição
A obra é composta de dez livros e começa pelo filósofo Tales de Mileto e termina em Epicuro; Diógenes dividiu os filósofos gregos em escola jônica e escola italiana.[2] Trata-se de uma compilação da vida e das ideias dos mais importantes pensadores gregos. É principalmente uma história da vida dos filósofos, tendo a filosofia defendida por estes apenas como parte acessória do texto.[3]
O Livro VII - Estoicos começa com a vida de Zenão, o fundador do estoicismo, narrando como ele veio a ter contato com a filosofia, como estudou com os cínicos e depois criou sua própria linha de pensamento. Após a biografia de Zenão, vem o componente principal do livro, a Exposição da filosofia estoica por Diógenes Laércio. Esta sem dúvida constitui a fonte principal para o conhecimento do estoicismo grego, e é importante para o estudo do ceticismo e das ramificações da filosofia socrática bem como do epicurismo. Infelizmente parte da obra foi perdida e o texto termina abruptamente durante o relato da vida de Crísipo, sabe-se que continuava com outros 13 filósofos.[3]
Delle vite dei filosofi, 1611
Edições da obra
Em português
Diógenes Laércio, Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres, trad. do grego para o português efetuada por Mário da Gama Kury (editora UnB).
Diógenes Laércio, Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres, trad. do Inglês para o português efetuada por Lúcio Jakobsmuschel (Montecristo Editora)[4]
Diógenes Laércio, Vidas e Opiniões de Filósofos Eminentes, trad. para o inglês Charles Duke Yonge (1853) (Método de numeração das seções diferente da edição moderna)