Hérilos diferia de maneira significativa dos ensinamentos de Zenão, e afirmava que o conhecimento (ἑπιστήμη) era o objectivo (τέλος) da vida:
Hérilos dizia que o bem supremo era o conhecimento, quer isto dizer, sempre conduzir a si próprio de tal maneira a referir tudo o resto ao princípio de viver de acordo com o conhecimento, e não se deixar enganar pela ignorância.[3]
Também dizia que havia um segundo objectivo subordinado (ὑποτελής, hypoteles). Este objectivo era relacionado com a terminologia estoica oikeiôsis (οἰκείωσις): o impulso primário das criaturas vivas.[4] Afirmava também que as pessoas que não eram sábias almejavam ao objectivo subordinado, mas que apenas as pessoas sábias almejavam ao objectivo primário.[3]
Cícero acusava Hérilos de sugerir que havia dois objectivos separados na vida:
Assim deveremos adoptar dois diferentes planos de conduta na vida: pois ele afirma que existem dos bens supremos não conectados entre si; mais se eles fossem bens reais, eles deviam ser unidos; mas no presente estão separados e como tal não poderão ser unidos.[5]
Hérilos também via as praticidades da vida quotidiana, apesar de necessárias, como não tendo nenhum valor ético, por não contribuírem para o bem supremo, e por esta razão Cícero frequentemente o associa com a algo diferente filosofia de Aristo de Cítio.[6]
Obras
É dito que Hérilos escreveu as seguintes obras:[7]
Περὶ ἀσϰήσεως - Do Exercício
Περὶ παθῶν - Das Paixões
Περὶ ὐπολήψεως - Da Suposição
Νομοθέτης - O Legislador
Μαιευτιϰός - Maiêutica
Άντιφέρων - O Desafiante
Διδάσϰαλος - O Mestre
Διασϰευάζων -
Εὐθύνων -
Ἑρμῆς - Hermes
Μήδεια - Medeia
Θέσεων ἠθιϰῶν - Temas Éticos
Alguns diálogos
Referências
↑Em Diógenes Laércio vii. 37 os manuscritos referem-se a ele como Καρχηδόνιος, i.e. cartaginense, mas em vii. 165 como Χαλκηδόνιος, i.e. calcedónio. Marcovich, o mais recente editor de Diógenes Laércio (1999), opta por calcedónio em ambos os locais.