Tarracá
Tarracá é um estilo brasileiro de luta tradicional agarrada praticada nas regiões centro-norte do interior do Estado do Maranhão, nordeste do Brasil, mas precisamente na região do Pindaré e na baixada maranhense. Uma mistura de tradições indígenas, europeias e africanas, o Tarracá é muito popular entre peões negros, caboclos e cafusos, os tipos físicos mais comuns da região, que praticam o "atarracar", "atracar" ou tarracá nos currais ou nas margens dos rios após o dia de trabalho na fazenda,[1] luta que consiste na tentativa de derrubar o adversário com as costas no chão. É muito semelhante na forma cultural da prática e nos movimentos com outros estilos de luta tradicional agarrada, como o huka-huka dos povos indígenas do Xingu, com a luta marajoara, com a galhofa oriunda de Portugal e com a bassula de Angola, devido à História maranhense de colonização européia com mão de obra africana, assim como as migrações indígenas no Estado, possivelmente o Tarracá foi influenciado ou influenciou estes outros estilos de luta agarrada.[2] O tarracá foi imortalizado como uma arte marcial eficaz pelos seus praticantes mais notáveis em competições de artes marciais mistas, Casimiro de Nascimento Martins, especialista em tarracá,[3] é mais conhecido como Rei Zulu, que é uma lenda do vale-tudo[4][5] e seu filho[6][7] Wágner da Conceição Martins o Zuluzinho, que fez carreira internacional, chegando a competir em eventos na Rússia e no Pride Fighting Championships do Japão[4] RegrasO objetivo final do tarracá é derrubar o adversário com as costas no chão e imobilizá-lo. Sendo assim:[8] - O embate acontece dentro de um círculo desenhado no chão; - Cada imobilização vale 1 ponto, vence quem fizer 3 pontos primeiro; - Não pode soco, mas pode golpes de mãos abertas (tapas); - Chutes são permitidos com o adversário em pé.
Referências
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