Huka-huka
Huka-huka é uma arte marcial e um estilo de luta tradicional brasileiro dos povos indígenas do Xingu e dos índios Bakairi, todos do estado de Mato Grosso. O huka-huka é uma das modalidades disputadas nos Jogos dos Povos Indígenas.[1] CaracterísticasO Huka-huka se inicia com os atletas ajoelhados. Começa quando o "dono da luta" caminha até o centro da arena de luta e chama os adversários pelo nome. Os lutadores se ajoelham girando em circulo frente ao oponente, até se entreolharem e se agarrarem, tentando levantar o adversário e derrubá-lo ao chão.[carece de fontes] As regras do Huka-Huka1) Os combatentes começam ajoelhados frente a frente. O sinal para começar pode variar, mas geralmente é dado por um líder da comunidade ou alguém responsável pelo evento. 2) Fazer o oponente tocar o chão com qualquer parte do corpo que não seja os pés ou joelhos. Isso pode envolver técnicas variadas de agarramento e imobilização. 3) As lutas geralmente não têm um tempo fixo. Elas continuam até que um dos combatentes seja claramente vitorioso. 4) Não é permitido socar, chutar ou usar técnicas que possam causar danos graves ao oponente. A luta é mais uma prova de habilidade do que de violência. 5) O respeito mútuo é fundamental. Após a luta, os combatentes se cumprimentam e reconhecem a performance um do outro. Esse gesto é crucial para manter a harmonia e o espírito comunitário do evento. O Huka-huka como arte marcialO Huka-huka vem sendo introduzido, em caráter experimental, na formação de policiais militares do estado de São Paulo, no Brasil.[2][3][4] A luta também vem sendo estudada por lutadores de artes marciais mistas, de maneira a aplicá-la em combates profissionais.[5][6] Referências
O Huka-huka como luta ritualComo luta ritual, o Huka-huka é praticado durante o Quarup e possui simbolismo competitivo, onde a força e virilidade dos jovens é testada.[1] A arte marcial está inserida num amplo contexto de competições realizadas em virtude do Quarup. Aos primeiros raios do sol do dia seguinte ao início do Quarup, termina o momento de ressurreição simbólica e o choro e o canto cessam. Os visitantes anunciam sua chegada com gritos, e iniciam competições de Huka-huka entre os campeões de cada tribo, seguidas de lutas grupais para os jovens.[carece de fontes] Referências
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