Tapejara (Rio Grande do Sul) Nota: Não confundir com Tapejara (Paraná).
Tapejara é um município do estado do Rio Grande do Sul, no Brasil; localizada na microrregião geográfica de Passo Fundo. TopônimoTapejara é um nome proveniente da língua guarani. Significa "senhor dos caminhos", através da junção de tape (caminho) e jará (senhor).[6] HistóriaEm 1688, índios Coroados já habitavam a área da atual cidade de Tapejara. Seus descendentes mais remotos se encontram atualmente nas reservas do Rio Ligeiro, no município de Charrua e na Reserva do Carreteiro no Município de Água Santa. No inicio do século XIX, a região passou a ser povoada por índios Tapes e Kaingangs que moravam em ocas, e tiravam do solo, caça e pesca produtos para sua subsistência. A povoação do município deu-se, evidentemente, com a povoação do Rio Grande do Sul, porém foram inicialmente os imigrantes italianos que emigraram para a região de Tapejara. Algum tempo depois, com a Revolução Federalista de 1893, que teve grande ênfase nessa região e a construção da estrada de ferro, iniciava-se um pequeno povoado chamado de Núcleo Alto Rio do Peixe. Estas terras eram do governo, porém, com a colonização, o Presidente do Estado, Dr. Antônio Augusto de Medeiros, legalizou uma área de 1.714.057m², entre os rios Ligeiro e Carreteiro, consagrando-a Antônio dos Santos Bonetes. O núcleo chamado de sede Teixeira surgiria, em seguida, através da aquisição de três glebas de terra por Manoel Amâncio Teixeira e Julião Luiz Almeida, vendidas por Antônio dos Santos Bonetes e sua mulher, Serafina Garcia Vieira. Os dois compradores formularam um plano de loteamento, que em três etapas, 1915, 1917 e 1920, compunha o núcleo chamado Sede Teixeira. As terras foram divididas em lotes urbanos e chácaras. Com isso a Sede Teixeira se torna a 11ª Seção do Distrito de Coxilha, município de Passo Fundo. Em 1922, a Sede Teixeira passou a pertencer ao distrito de 7 de Setembro (atual município de Charrua), também pertencente a Passo Fundo. Em 1929, a Sede Teixeira foi transformada em 14º Distrito de Passo Fundo. Mais foi em 1940, que ocorreu a alteração de nome para Tapejara, seguindo a denominação que os índios davam ao Rio Carreteiro, desta forma “tape” que quer dizer “Caminho” e “jará” que quer dizer “Senhor”, torna-se o nome que em Tupi-guarani significa Senhor dos Caminhos. Este rio era chamado Carreteiro, devido aos Carroceiros que faziam o transporte dos produtos entre Sede Teixeira e Passo Fundo. Essas viagens duravam de três a quatro dias com tempo bom, e era o único meio de transporte existente na época. A cultura do povo tapejarense é formada por três principais etnias: europeus (principalmente italianos e alemães), africanos e indígenas (ou povos pós-Colombianos). Com o crescimento de Vila Tapejara deu impulso ao movimento emancipacionista, liderado pelo vigário paroquial Padre Raimundo Damin, mais tarde titulado “Patrono do Município”. Porém a força para o movimento surge do deputado estadual Dr. Victor Graeff, que orientou o grupo e a documentação exigida na época. Em 10 de julho de 1955 realizou-se o plebiscito, que deu vitória a causa emancipacionista. Em 09 de agosto de 1955 foi assinada, pelo então governador Ildo Meneghetti a Lei estadual nº 2.667, que criou oficialmente o município de Tapejara. Os números apontam que Tapejara tem um crescimento maior que a média Nacional, conhecida como Terra do Empreendedorismo e de acordo com dados da Secretaria Municipal da Fazenda, conta com 167 indústrias, mais de mil empresas do comércio, prestação de serviços, transportes, autônomos e representantes comerciais. Mais de 4 mil alunos que estudam em 18 escolas, população de 19.640 mil habitantes e a geração de janeiro a dezembro de 2011 de uma arrecadação de ICMS de 10.229.658,37 milhões Lista de ex-prefeitos
LocalizaçãoTapejara localiza-se na Região Sul do Brasil, no estado do Rio Grande do Sul, sendo que neste situa-se a nordeste, na zona de relevo do planalto médio, pertencente à mesoregião nordeste do Rio Grande do Sul e microrregião geográfica de Passo Fundo (segundo IBGE). Altitude média é de 658 m. Coordenadas de limites do município se insere: entre 52º 07’ 27” e 51º 55’ 55” de longitude oeste, e 28º 01’ 23” e 28º 07’ 24” de latitude sul. GeografiaÁrea do Município de Tapejara é de 240,1 km², sendo 94% pertencentes à zona rural, e 6% na zona urbana. O município de Tapejara é formado pela bacia Intracratônica do Paraná, durante o período terciário, era cenozóica. O seu relevo é modelado com rochas basálticas entre os períodos jurássico e cretáceo, da formação Serra-geral. Possui um relevo em patamares que corresponde a derrames basálticos sucessivos, e desta forma apresentando topografia suavemente ondulada. A hidrografia do Município de Tapejara é classificada compreendendo a grande Bacia do Rio Uruguai, sendo hidrografia com densidade concentrada, mas apresentando rios de pequena extensão. A configuração dos leitos dos rios do município, em sua grande maioria estreitos, favorece um rápido aumento do nível das águas por ocasião das chuvas. O município de Tapejara pertence à Bacia do Rio Apuê, que reúne todos os rios e arroios que cruzam o Município, mas antes a isso, a cidade está compreendida na Bacia do Arroio Boneto, pois este arroio recebe as águas dos demais arroios que passam pelo perímetro urbano do município. Por estar localizado entre o território do Trópico de Capricórnio e Círculo Polar Antártico, o clima de Tapejara é temperado, sendo ainda mesotérmico e superúmido. A temperatura média anual fica em torno de 18ºC. O verão é instável, mas a temperatura varia entre 28ºC e 35ºC. O inverno é bastante frio com temperaturas mínimas variando entre 7ºC e 9°C, podendo ainda ser registrado temperaturas inferiores a 0ºC. Situado em latitudes médias, Tapejara sofre constantes invasões de frentes frias de origem polar implicando em bruscas mudanças de tempo. E com isso o Município apresenta a ocorrência de geadas, sendo em sua maior frequência no inverno. O índice pluviométrico anual é elevado, geralmente entre 1.800 a 2.000 mm. Os solos argilosos, profundos, bem drenados, suscetíveis à erosão, ácidos, com elevados teores de alumínio e de baixa fertilidade natural, são os predominantes. A fitogeografia original da região era caracterizada essencialmente pela floresta subtropical com araucária, típica do planalto Rio-grandense. Algumas das árvores nativas existentes no município são: Cambará, Angico, Pinheiro, Bracatinga, Cedro, Tambaúva, Tarumã, Ipê, entre outras. Referências
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