Soyuz MS-22
Soyuz MS-22 foi um voo espacial russo da Soyuz, com destino a Estação Espacial Internacional, com uma tripulação de três pessoas. Antigamente, o lançamento era previsto para 13 de setembro de 2022, porém teve que ser adiado para 21 de setembro do mesmo ano.[2] Tripulação
PrecedentesA tripulação da nave foi aprovada em maio de 2021,[3] sendo composta pelo comandante Sergei Prokopyev, os engenheiros de vôo Dmitriy Petelin e Anna Kikina.[4] Com isso, eles foram incluidos como suplentes da Soyuz MS-21.[4] A tripulação principal passou no fim de 2020 e um treinamento em 2021.[4] Sergey Prokopyev pretende felicitar os habitantes do Ecaterimburgo pelo tri-centésimo aniversário de sua cidade, levando consigo a bandeira e o escudo de armas de Ecaterimburgo.[4] O cosmonauta estabeleceu esta tradição em 2018, quando as comemorações começaram com sua mensagem enviada do espaço.[4] Como o cosmonauta pode levar a bordo 1,5 kg de objetos, Sergei Valeryevich pretende levar consigo a bandeira de Ecaterimburgo, a bandeira do planetário de Ecaterimburgo e do museu espacial em Verkhnyaya Pyshma. Ele também levará a bandeira do "Oblast newspaper" e coisas ligadas à história da cidade: fotos, cartões postais e outras coisas onde serão colocadas um selo e, ao retornar à Terra, estes objetos se tornarão exposições do museu.[4] Talvez seja possível levar para a ISS uma bandeira que agora está na Antártica com o irmão mais velho de Sergey, que participa da 66ª Expedição Antártica Russa.[4] A equipe foi selecionada por psicólogos no Centro de Treinamento Yuri Gagarin. A tarefa era selecionar a tripulação de forma que ela se sentisse confortável durante 6 meses de voo em uma órbita de 400 quilômetros em espaço confinado, para alegadamente evitar uma situação semelhante às circunstâncias do buraco na Soyuz MS-09 em 2018.[4][5] Nascido no Cazaquistão, Dmitry Petelin estudou no departamento aeroespacial da Universidade do Estado de South Ural, em Chelyabinsk, nos anos 2000.[4] Isto pode ter sido um fator para sua inclusão na missão sob Sergei Prokopyev.[4] Petelin vem treinando para um voo espacial desde 2012.[6] Ao longo dos anos, ele passou por exercícios de pouso de inverno na floresta, estepe, montanhas, condições desérticas ou semi-desérticas em Baikonur, voo de helicóptero, treinamento de pára-quedas e mergulho.[6] Anna Kikina fazia originalmente parte da tripulação principal e Andrei Fedyaev também fazia parte da tripulação da reserva, mas em dezembro Dmitry Rogozin disse que Kikina voará em uma nave dos EUA em 2022 sob o programa de troca de tripulações, portanto um astronauta da NASA provavelmente fará parte da tripulação da Soyuz.[7] Em janeiro de 2022 a Roscosmos anunciou que a Anna Kikina continuava a treinar como parte da MS-22, mas se um acordo for assinado entre a NASA e a Roscosmos, Kikina virou parte da SpaceX Crew-5 e Francisco Rubio virou parte da MS-22.[8] Em janeiro de 2022 foi negado um visa de entrada nos EUA para o cosmonauta Nikolai Chub.[9] A Roscosmos considerou que tal decisão colocava o cosmonauta em risco na ISS.[10] Depois que tal informação foi publicada pela mídia, tanto Chub quanto Kikina receberam seus visas.[11] A presença de Francisco Rubio na MS-22 e a de Anna Kikina na Crew-5 foi confirmada no dia 15 de julho de 2022.[12] VooO lançamento ocorreu no dia 21 de setembro de 2022,[13][14] as 13:54:50 UTC[1] para uma missão de seis meses na Expedição 68.[4][15] VazamentoNo dia 15 de dezembro de 2022, um vazamento visível foi observado saindo da Soyuz. Uma caminhada espacial com Petelin e Prokopyev foi cancelada enquanto as equipes passaram a analisar a situação.[16] O vazamento durou cerca de 3 horas e a cosmonauta Anna Kikina usou o braço robótico europeu para inspecionar a área danificada,[17] sem resultados conclusivos. Um teste realizado no começo do dia 15 de dezembro indicou que os propulsores ainda funcionam, porém, devido ao vazamento do líquido de refrigeração, a temperatura dos computadores de bordo subiu, mas não atingiu níveis perigosos.[18] No dia 19 de dezembro, a Roscosmos anunciou, após análise das imagens do Canadarm, que um meteorito teria causado a ruptura, mas adiou uma decisão final para o dia 27 de dezembro.[19] No dia 22 de dezembro, tanto a NASA quanto a Roscosmos excluíram a possibilidade de que um meteorito das Gemínidas teria causado a ruptura, mas mantiveram um impacto por lixo espacial, capaz de deixar uma perfuração de 0,8 milímetros, como possibilidade.[20] No mesmo dia anunciaram que a Soyuz MS-23, se for necessária para o retorno da tripulação em órbita, seria somente lançada no final de fevereiro de 2023, com a MS-22 retornando sem tripulação.[21][22] No dia 27 de dezembro, a Roscosmos anunciou que a causa do dano teria sido externa a espaçonave, mas adiou qualquer decisão final sobre a segurança da Soyuz para janeiro de 2023.[23] No dia 11 de janeiro de 2023, a Roscosmos anunciou que a MS-22 retornaria sem tripulação e sua tripulação original terá sua permanência na estação estendida, retornando na Soyuz MS-23, que lançará sem tripulantes. No mesmo dia também foi anunciado que o vazamento foi causado por um micro-meteorito.[24] De forma temporária, o assento de Frank Rubio foi colocado dentro da SpaceX Crew-5 para a eventualidade de uma evacuação antes da chegada da Soyuz MS-23. Quando a nova Soyuz chegou na ISS, todos os assentos da MS-22 foram movidos.[25] A nave por fim pousou de forma não tripulada no dia 28 de março de 2023.[1] Referências
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