Depois de dois álbuns de pouca notoriedade lançados pela CBS e vários problemas pessoais que culminaram no fim do casamento e a morte de Garrincha, Elza Soares cogitou encerrar a carreira. Com dificuldades financeiras e artísticas, a cantora procurou Caetano Veloso. Anos mais tarde, Elza diria que o músico salvou sua carreira.[1][2]
Foi uma época que eu queria parar de cantar, estava em SP trabalhando em um circo para comprar leite pro meu filho e farinha. Trabalhei em um circo. Caí nos braços do Caetano, chorando, disse: 'parei de cantar, vou trabalhar em um orfanato, lá sei que meu filho come, lá não vai existir nenhum preconceito, não quero cantar mais, quero parar de cantar'. Caetano disse: 'você não vai parar de cantar. Uma abelha rainha não destrói uma colmeia', uma coisa assim. 'E você não pode destruir isso. Você é responsável por muita coisa'. Aí ele falou pra eu voltar pro Rio, me ligou e disse: 'vou te pegar hoje e vou te levar uma coisa pra fazer algo comigo'. E foi quando gravei "Língua" com ele. Foi quando teve o ressurgimento de Elza Soares. Foi ali que voltei a ter coragem pra enfrentar o meio artístico.[2]
Somos Todos Iguais foi lançado em 1985 pela Som Livre. Retrospectivamente, o álbum recebeu uma avaliação mista de Mauro Ferreira, em seu portal Notas Musicais. Para ele, o álbum é melhor que os anteriores da cantora, mas que "a produção de Pedrinho da Luz e Glaucus Xavier não valorizou bom repertório que combinou música de Cazuza, dueto com Caetano Veloso e sambas de Jorge Aragão, Sombrinha, Noca e Martinho da Vila".[4]
Em 2010, o álbum foi relançado em CD pelo selo Discobertas.[4]
Faixas
A seguir lista-se as faixas, compositores e durações de cada canção de Somos Todos Iguais:[5]