Santana de Parnaíba Nota: Não confundir com Parnaíba.
Santana de Parnaíba é um município brasileiro do estado de São Paulo, localizado na Zona Oeste da Região Metropolitana de São Paulo.[6] Fundada por Susana Dias em 1580, nas adjacências do Rio Tietê, é uma das cidades mais antigas do estado e do Brasil, sendo berço das expedições e do Bandeirante Domingos Jorge Velho e o cientista Warwick Estevam Kerr, e considerada um patrimônio histórico do Brasil devido à sua rica história, arquitetura colonial, cultura e conjunto arquitetônico preservado.[7] Santana de Parnaíba e seu Centro Histórico são conhecidos pela sua arquitetura colonial portuguesa, com casas, sobrados, casarões, igrejas e monumentos históricos (muitos dos quais erguidos a taipa de pilão e pau a pique)[8] que datam do século XVII até o século XIX, e a cidade possui o único conjunto arquitetônico de origem colonial preservado da região metropolitana e um dos maiores do estado.[7][9] Sua riqueza e diversidade de construções coloniais garantiram-lhe reconhecimento por parte do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que tombaram o Centro Histórico, com suas mais de 209 dificações.[8][10] Santana de Parnaíba é um importante polo turístico, atraindo turismo em diferentes áreas, principalmente o turismo histórico e religioso, e devido às suas festas tradicionais, tais quais o Carnaval, Drama da Paixão, o segundo maior do país, o Encontro de Antigomobilismo, a Festa do Cururuquara e o Natal de Luz, que recebe 100 mil visitantes.[8] HistóriaEm 1580, Susana Dias, neta do cacique Tibiriçá, juntamente com seu filho, Capitão André Fernandes, fundou uma fazenda à beira do Rio Anhembi (atual Rio Tietê), a oeste de São Paulo, próximo à cachoeira denominada pelos indígenas como "Parnaíba" (lugar de muitas ilhas). Em 1610, o Capitão-Mor da Capitania de São Vicente Gaspar Conqueiro concedeu uma Sesmaria a Belchior da Costa, em terras vizinhas às de Susana Dias [11]. Devido a sua posição estratégica no vale do Rio Tietê, tornou-se ponto de partida das bandeiras que seguiam rumo ao Oeste Paulista e ao Mato Grosso. Em 1625, o povoado foi elevado à condição de vila. No século XVIII, a vila entrou em decadência devido ao fim das bandeiras. O isolamento geográfico da vila, provocado pelas quedas de água do Rio Tietê e pelo relevo acidentado de seu território, fizeram com que a vila não figurasse nas rotas de comércio e colonização que ligavam São Paulo às nascentes cidades de Jundiaí, Sorocaba e Itu. Em 1901, a Usina Hidrelétrica Edgard de Sousa foi inaugurada no Rio Tietê, mas não foi suficiente para revitalizar a cidade, que perdeu grande parte dos seus territórios para seus antigos distritos de Cajamar, Pirapora do Bom Jesus e Barueri ao longo do século XX. A partir da década de 1980, o município voltou a ganhar dinamismo econômico, com a melhoria das ligações rodoviárias com o restante da Grande São Paulo e com o impulso provocado pela implantação de diversos condomínios residenciais, notadamente Alphaville. GeografiaClimaO clima da cidade, como em toda a Região Metropolitana de São Paulo, é o subtropical. Verão quente e chuvoso. Inverno relativamente frio e subseco. A média de temperatura anual gira em torno dos 20Cº, sendo o mês mais frio julho (média de 12°C) e o mais quente fevereiro (média de 23°C). O índice pluviométrico anual fica em torno de 1382 mm.
Meio ambienteO município conta com uma política de preservação ambiental, conforme legislação em vigor, que tem proporcionado a criação e a manutenção de áreas de valor ecológico e ambiental, assim como a defesa e a preservação da fauna e da flora.[12][13] O sistema de esgoto serve a 71,8% das residências, e a arborização em vias públicas alcança 58,4% dos domicílios.[14] DemografiaSegundo o Censo de 2022 do IBGE, a população de Santana de Parnaíba era de 154 105 habitantes, com densidade demográfica de 856,4 habitantes/km²[3]. No censo de 2010, a população era de 108 813 habitantes, com densidade demográfica de 604,74 habitantes/km².[2] Política e administraçãoA administração municipal se dá pelo poder executivo e pelo poder legislativo.[15] O primeiro a governar o município foi José Pedroso de Oliveira Pinto, que ficou no cargo de intendente em 1897.[16] EconomiaA economia de Santana de Parnaíba é ligada ao setor de serviços e comércio, notadamente na região de Alphaville. A atividade industrial está localizada nos bairros da Fazendinha e Tamboré. O turismo vem se desenvolvendo na cidade, auxiliado pelo conjunto colonial do centro histórico. Estrutura urbanaComunicaçõesA cidade foi atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB) até 1973[17], quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que construiu a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica[18], sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[19] para suas operações de telefonia fixa. O data center da Telefônica/Vivo foi inaugurado em 2012 no bairro de Tamboré, em um prédio de 33,6 mil metros quadrados, e abriga as operações de telefonia fixa e móvel da empresa no Brasil.[20][21] Rodovias
Faz parte do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de São Paulo (PDUI)[22] e é uma das 39 cidades que integram a Região Imediata de São Paulo que, por sua vez, é uma das duas regiões imediatas que formam a Região Intermediária de São Paulo. CulturaTurismoO conjunto arquitetônico colonial do Centro Histórico possui mais de duzentas casas e construções datadas dos séculos XVII e XVIII, destacando-se a Igreja Matriz de Sant'Ana. Trata-se do maior conjunto colonial existente no estado de São Paulo. No Circuito dos Alambiques é possível conhecer o processo de fabricação da cachaça artesanal. A cidade promove festas populares que atraem um grande número de turistas, como o carnaval da cidade, que é muito conhecido e atrai pessoas de várias regiões, e a Festa do Cururuquara. Anualmente, é promovido pela Secretaria de Cultura e Turismo do município o espetáculo teatral do Drama da Paixão de Cristo reconhecido nacionalmente. A peça é encenada às margens do Rio Tietê, nas proximidades da Barragem Edgard de Sousa por atores da própria cidade. Além disso, a cidade recebe uma das maiores manifestações religiosas do Estado de São Paulo, a festa de Corpus Christi. Podendo ser considerada um dos principais atrativos turísticos e mais tradicionais eventos culturais do município, a festa, realizada desde os anos 1960, é caracterizada pela confecção de tapetes de pó de serra colorido, pó de café, casca de ovos, etc.
Samba BumboO samba de bumbo é um samba típico do estado de São Paulo, sendo de grande relevância na cidade. Devido à sua importância histórica, social e cultural, é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do estado de São Paulo e Patrimônio Cultural do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).[23] Bens tombados
FeriadosO calendário do município prevê os seguinte feriados:[25][26]
A Páscoa é uma festa religiosa móvel que costuma acontecer entre 22 de março e 25 de abril. Ver tambémReferências
Bibliografia
Trabalhos acadêmicos
Ligações externas |
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