Paulo Okamotto
Paulo Tarciso Okamotto (Mauá, São Paulo, 28 de fevereiro de 1956) é um empresário, ex-metalúrgico e ex-sindicalista brasileiro.[1][2] É o atual presidente da Fundação Perseu Abramo. De ascendência paterna japonesa,[3][4] foi presidente do SEBRAE entre 2003 e 2010, durante o Governo Lula (2003-2010). É amigo pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.[2] BiografiaNascido no município de Mauá, desde os seis anos de idade já trabalhava.[5] Foi através da sua mãe, que trabalhava na cozinha da Volkswagen que ingressou como aprendiz no Senai.[2][6] Fez um curso na área metalúrgica e começou a trabalhar na Brastemp, onde se iniciou na atividade sindical e conheceu Lula, então Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.[5][6][1] Em 1981 trabalhava como fresador de ferramentaria na Inbrac, em Diadema.[2] Integrou a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em 1981, no primeiro mandato de Jair Meneguelli, como diretor de finanças. Cumpriu mais dois mandatos como segundo secretário e diretor do departamento jurídico. Em 1989 trabalhou com tesoureiro da campanha presidencial do então candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na primeira eleição presidencial direta no Brasil depois de 29 anos.[2] Foi presidente do diretório estadual do PT de São Paulo. Em 1990, mais uma vez junto com Lula, Paulo Vannuchi, Clara Ant, companheiros do sindicato, intelectuais e lideranças da sociedade civil, participou da criação do Instituto Cidadania, do qual seria responsável pela gestão administrativa e, em 2001, presidente.[2][6] Em 2003, assume a diretoria de administração e finanças do Sebrae.[6][2] Em 2005, é eleito presidente da entidade, cargo que ocuparia até 2010.[6][2] Em 2011, foi um dos fundadores do Instituto Lula e desde então é o presidente do instituto até hoje.[7] No dia 4 de março de 2016, em São Paulo, Okamotto foi levado por agentes da Polícia Federal (PF), mediante mandado de condução coercitiva, a fim de prestar depoimento na sede da PF, durante a 24ª fase (denominada Aletheia) da chamada Operação Lava Jato, que investiga casos de corrupção na Petrobras.[8][9] Entretanto foi absolvido da acusação que foi feita contra si de lavagem de dinheiro relacionada ao pagamento das despesas de armazenamento do acervo presidencial do Presidente Lula.[10] Em fevereiro de 2023, assumiu a presidência da Fundação Perseu Abramo.[6] ControvérsiasMensalãoEm 2005, já como presidente da SEBRAE, foi acusado nas CPIs dos Bingos e a do Mensalão por pagar dívida de R$ 30 mil do então presidente Lula, sem declarar a origem da quantia, levando suspeita de origem ilícita. Em fevereiro de 2006, a CPI dos Bingos aprovou a quebra de seu sigilo bancário para apurar a origem do pagamento,[11] mas contrariando a CPI e a expectativa em geral, Okamotto conseguiu por ordem judicial para impedir a quebra. Até hoje, o caso continua sem solução. Ameaças contra Marcos ValérioEm 2012, durante o julgamento do mensalão, Marcos Valério afirmou que lhes enviavam o "faz-tudo de Lula", Paulo Okamoto: "a função dele é me acalmar"[12]. Em 2013, foi arquivada investigação contra Paulo Okamoto, por ameaça de morte feita contra Marcos Valério em 2005.[13] Amizade com o ex-presidente LulaDesde 2005, a mídia brasileira costumeiramente se refere a Paulo Okamotto como amigo muito próximo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2011, quando Lula teve diagnosticado um tumor na laringe, Paulo Okamotto disse à mídia que o presidente estava reclamando de rouquidão.[14] Em 2012, Paulo Okamoto e Clara Ant foram citados como representantes do Instituto Lula pelo jornal "Poder Online".[15] Em 2014, a revista Veja o descreve como "uma espécie de anjo da guarda e faz tudo do ex-presidente, o responsável por manter a vida de Lula em ordem e longe dos holofotes da imprensa".[16] Referências
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