Seu destaque na televisão veio em 1996, quando deu sua vida a Luana em O Rei do Gado, uma ativista de um grupo sem-terra que acaba se apaixonando pelo homem no qual ela invadiu sua propriedade; personagem que rendeu o Prêmio Contigo! de TV, na categoria de Melhor Atriz. Oito anos mais tarde, Patrícia foi indicada como Melhor Atriz pelo seu trabalho em Cabocla, interpretando Emerenciana. No entanto, seu maior destaque pela profissão só ocorreria em 2008 como Flora em A Favorita, o que lhe garantiu o Prêmio Quem, Troféu APCA, Melhores do Ano, Troféu Imprensa e Prêmio Contigo! de TV.
Em virtude da profissão de seu pai, Nuno, oficial da Marinha, Patricia saiu de Brasília e morou em diversos lugares do Brasil, como Vitória e Santos, até se fixar no Rio de Janeiro, aos 14 anos.[1]
Patricia sempre quis ser atriz, então trabalhava enquanto fazia o ensino médio para pagar as aulas de teatro. Aos 16 anos fez sua primeira foto como modelo. Chegou a cursar a faculdade de jornalismo, mas desistiu para investir na carreira de atriz. Começou no teatro amador, fez Tablado, depois entrou para o grupo de teatro Asdrúbal Trouxe o Trombone. Em 1983 fez seu primeiro filme, Para Viver um Grande Amor, onde atuou com Djavan. Foi sua atuação nesse filme que a fez ser escalada para o elenco de Roque Santeiro, em 1985.[2]
Por volta dos anos de 1983-1984 havia rumores de um caso extraconjugal, em que Djavan teria se envolvido com a atriz Glória Pires; este fato foi desmentido pelo próprio cantor em uma entrevista a revista Playboy, tendo afirmado para a revista "(Glória Pires) Tinha esse encantamento por mim...Mas não chegamos a namorar, não." Na mesma publicação, Djavan afirmou que a sua relação extraconjugal envolveu a atriz Patricia Pillar, com a qual se relacionou por onze meses, tendo-se iniciado nas gravações do filme Para Viver um Grande Amor, onde contracenaram; Djavan separou-se de Aparecida, sua mulher, mas não manteve mais contato com Patrícia.[3][4]
Televisão
1985–1999: Início da carreira e premiada em O Rei do Gado
Em 1988, interpretou Bianca em Vida Nova.[9] Nos dois primeiros anos da década de 1990, foi Alaíde em Rainha da Sucata e, logo em seguida, esteve no papel principal de Salomé.[10][11] Em 1992, viveu Cinara na minissérie As Noivas de Copacabana, além de ter participado de dois episódios do programa Você Decide, intitulados "Verdades e Mentiras" e "O Sonho Dourado".[12][13][14] No ano seguinte, foi a Eliana da telenovela Renascer, enquanto que, entre 1994 e 1995, fez participação especial como Ester em Pátria Minha e no episódio "O Coronel e o Lobisomem", sendo Esmeraldina, na faixa de programação Caso Especial.[15][16][17]
Em 1996, interpretou Luana na telenovela O Rei do Gado, uma ativista defensora do movimento sem-terra que, ao invadir a terra do fazendeiro (interpretado por Antônio Fagundes), acabou se apaixonando por ele.[5][18][19] Sua personagem em destaque lhe garantiu o Prêmio Contigo! de TV de 1997 como Melhor Atriz, além de ter sido indicada na mesma categoria no Troféu Imprensa daquele mesmo ano.[20] Posteriormente, encerraria o milênio na série Mulher, dando sua vida a Cristina.[21]
Em 2005, fez uma participação especial na série A Diarista, como Marta, no episódio "Aquele do Parto".[27] Além disso, também esteve em Damas e Cavalheiros, um quadro do programa Fantástico, no episódio "Remoendo lembranças", na qual viveu uma mulher que discutia o relacionamento amoroso sobre um homem dentro de um bar.[28] No especial Os Amadores, deu sua vida a Lena, esposa de Marcos (Cássio Gabus Mendes).[29] No ano seguinte, na telenovela Sinhá Moça, também escrito por Benedito Ruy Barbosa, interpretou a Dona Cândida, mãe da protagonista da obra.[30] Em 2007, apresentou o programa musical Som Brasil.[31]
Em 2011, deu vida à personagem Juliana em Passione; no mesmo ano, também participou da minissérie Divã como Suzana.[36][37] No ano seguinte, fez uma participação especial na série As Brasileiras, como Suzana, pelo episódio "A Viúva do Maranhão", além de também ter interpretado a vilã Constância, na novela Lado a Lado.[38][39][40] Em 2014 participou da minissérie Amores Roubados.[41] No mesmo ano pode ser vista novamente interpretando Ângela, a assassina da novela O Rebu.[42][43][44]
Em 2016, Patricia foi cotada para a novela Velho Chico, porém recusou o papel, alegando que desejaria férias após a minissérie Ligações Perigosas.[45] Em 2018, na supersérie Onde Nascem os Fortes, interpretou a engenheira química, Cássia, uma mulher de muitos segredos e que sempre escondeu dos filhos o real motivo de nunca ter voltado a Sertão.[46]
Cinema
Seu primeiro trabalho no cinema foi em 1983, no filme Para Viver um Grande Amor, interpretando Marina.[47] Seis anos mais tarde, voltou às telonas em Festa.[48] No entanto, só viria a se destacar em 1992, no filme A Maldição do Sanpaku, no qual viveu Cris, personagem que lhe garantiu premiações na categoria de Melhor Atriz no Festival de Brasília, Festival de Cinema de Natal e Troféu APCA.[49]
Em 2007, foi a sereia Iara de Pequenas Histórias.[60] No ano seguinte, Patrícia dirigiu o documentário Waldick, sempre no Meu Coração, que contou a história do cantor Waldick Soriano.[61] Em 2012, narrou Margaret Mee e a Flor da Lua.[62] Três anos mais tarde, voltou às telonas interpretando Clotilde em O Duelo, e depois de dois anos, foi a mãe de Maria em Unicórnio.[63][64]
Teatro
No teatro, sua primeira casa, Patricia trabalhou com o diretor Hamilton Vaz Pereira em sua fase pós-Asdrúbal Trouxe o Trombone. Ele a dirigiu em Tem Pra Gente (1983), Amizade de Rua (1985), Estúdio Nagazaki (1986) e O Máximo (1989). Nos palcos, também esteve ao lado de Raul Cortez em Lobo De Rayban (1998) e foi dirigida por Aderbal Freire Filho em A Prova (2004).[65]
Vida pessoal
Patrícia casou-se com o músico Zé Renato em 1985. A relação chegou ao fim dez anos depois, embora nunca tivessem morado juntos.[66]
Em 1999, a atriz casou-se com o político Ciro Gomes,[67] relacionamento que terminou em 2011.[68]
Em 2018, Patrícia declarou seu voto e apoio ao ex-marido e amigo Ciro Gomes, nas eleições à presidência da República. A atriz é prima das cantoras Luiza Possi e Preta Gil.[71]
Doença
Em dezembro de 2001, Patrícia descobriu que tinha um nódulo no seio. Foi constatado que era um tumor maligno, porém como foi diagnosticado em estágio inicial ele pôde ser totalmente removido. A atriz tornou público seu drama e apareceu de cabeça raspada em vários eventos, como forma de incentivar as mulheres a fazer o autoexame de mama e a enfrentar o câncer. A partir de então integrou a campanha "O câncer de mama no alvo da moda", do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, que conta com o apoio de diversos artistas.[72] Em 2002, a atriz passou por um processo de quimioterapia, devido a retirada do tumor na mama.[73]
Participou também da campanha Bem-Querer Mulher, pelo fim da violência contra a mulher.[74]
↑Segundo a ortografia oficial, o prenome da atriz deveria ser grafado Patrícia, com acento agudo no primeiro i, pois é uma paroxítona terminada em ditongo.
Referências
↑«Biografia». Patricia Pillar. Consultado em 17 de agosto de 2020