Seu primeiro contato com o teatro foi no Colégio Santa Marcelina, onde participou do grupo teatral. Formou-se em Letras (francês e português) pela Universidade Federal Fluminense, onde também fez Teatro, no Grupo Laboratório, juntamente com Tonico Pereira e José Carlos Gondim, e cursou a pós-graduação em Teatro pela Escola de Comunicação e Artes da USP.
Em 1973, convidada por Tonico Pereira, passou a integrar o Grupo Chegança, de Luis Mendonça, do qual faziam parte, entre outros, Ilva Niño, Sônia de Paula, Tony Ferreira, Adélia Sampaio, Tânia Alves e Elba Ramalho. Neste grupo, participou dos espetáculos "As Incelenças", "Viva o Cordão Encarnado" e o musical "Lampião no inferno", onde trabalhou com o lendário Madame Satã. Lampião no inferno teve sua estreia e temporada suspensas pela Censura, sendo levado para São Paulo. Logo depois participou de "Porandubas Populares", sob a direção de Mario Masetti e , a seguir, foi aprovada no teste para a estreia nacional de "Lição de Anatomia", de Carlos Mathus. Nesta época começou a trabalhar como atriz de publicidade, e participou de inúmeros comerciais. No mesmo ano, também foi integrante do elenco da primeira montagem de "Calabar", obra de autoria composta por Chico Buarque e Ruy Guerra.[6]
No final dos anos 1970, em viagem de estudos à Europa, fez cursos de especialização em Paris e Madri, além de ter protagonizado seu primeiro curta-metragem, "Sílvia", de Helena Rocha (1978).
Em 2010, a editora Imprensa Oficial de São Paulo publicou, pela série Perfil da coleção Aplauso,[7] uma biografia de Imara Reis por Thiago Sogayar Bechara, intitulada "Van Filosofia".[8]
Carreira na televisão
Iniciou sua trajetória em 1979 na telenovela Dinheiro Vivo, da Rede Tupi, interpretando Marilu; além de atuar, dois anos mais tarde, com o mesmo nome em Os Adolescentes, na Rede Bandeirantes, obra no qual trabalhou com a atriz Norma Bengell.[9][10] Em 1982, deu vida a Norma em Ninho da Serpente e, cinco anos depois, foi para Rede Globo encarnar na pele de Vera, na segunda fase de Mandala.[11][12] Concluiu a década como Katy na obra francesa Les Cavaliers aux yeux verts.[13]
No início da década de 1990, retornou ao Brasil para viver a advogada Carmem na minissérie Meu Marido e como Santa na telenovela Salomé.[14][15] Dois anos mais tarde, foi Diana em Contos de Verão.[16] Em 1995, interpretou Eleonora na obra A Idade da Loba e, nos dois anos seguintes, esteve no episódio "Vida Perdidas" do programa Você Decide e atuou como Guilhermina Caldas Penteado em Os Ossos do Barão.[17][18][19] Concluiu o decênio participando outra vez do Você Decide, desta vez no episódio "O Flagrante", e encarnou na pele de Helena em Chiquititas.[18][20]
Em 2001, participou da telenovela O Direito de Nascer como Mercedes.[21] Posteriormente, foi narradora da obra É a Vovozinha!, na TV Brasil.[22]
No ano seguinte, deu vida a Neuza em Jardim de Alah, eleita 'Melhor Atriz Coadjuvante' pela terceira vez no Festival de Gramado, além de protagonizar uma mulher abandonada pelo amante em Três Moedas na Fonte.[33][34] Posteriormente, atuou em Jorge, um Brasileiro e Romance, onde ganhou o prêmio de 'Melhor Atriz' pelo Festival de Brasília.[35][36] Encerrou o decênio como Peidolina em O Grande Mentecapto, eleita duas vezes como 'Melhor Atriz Coadjuvante' no Festival do Rio e pela Cinesesc.[37]
No início da década de 1990, fez participação especial em Manobra Radical e foi protagonista do curta-metragem Mano a Mano, sendo eleita 'Melhor Atriz' pela segunda vez no Festival de Brasília.[38][39] Em 1993 a 1996, atuou nos curtas A Voz do Morto, A Resignação e Piccola crônica.[40][41][42] Posteriormente, esteve nos longas O Guarani como Dona Laureana e A Hora Mágica como Angelita.[43][44] No primeiro ano do Século XXI, interpretou Flor em Minha Vida em Suas Mãos, conquistando pela terceira vez o Festival de Brasília, desta vez na categoria de 'Melhor Atriz Coadjuvante'.[45][46]
↑Principais dados biográficos retirados de: "Dicionário de astros e estrelas do cinema brasileiro", de Antônio Leão da Silva Neto, ed. Imprensa Oficial, São Paulo, 2010, p. 401-402
↑"Festival de Brasília, 40 anos", de Maria do Rosário Caetano, 2007, pp. 164, 183 e 245.