Maria do Carmo Alves
Maria do Carmo do Nascimento Alves (Cedro de São João, 23 de agosto de 1941 – Aracaju, 31 de agosto de 2024) foi uma advogada e política brasileira, filiada ao Progressistas[1] (PP). Era viúva do ex-prefeito de Aracaju e ex-governador de Sergipe João Alves Filho, tendo sido primeira-dama da capital por suas vezes entre 1975 e 1979 e 2013 e 2017, e primeira-dama do estado entre 1983 e 1987, 1991 e 1995 e 2003 e 2007. Foi senadora por Sergipe durante três mandatos consecutivos de 1999 a 2023. Em 2022 decidiu não disputar uma nova candidatura, deixando o Senado após 24 anos. BiografiaAdvogada formada pela Universidade Federal de Sergipe, casou-se com João Alves Filho, que se tornaria governador de Sergipe. Tiveram três filhos: Ana Maria, João Alves Neto e Maria Cristina. Administrou os negócios da família (do ramo imobiliário). Em 1996, filiada ao Partido da Frente Liberal (PFL), obteve o terceiro lugar na disputa pela prefeitura de Aracaju, em sua primeira disputa eleitoral. Na eleição seguinte, 1998, elegeu-se senadora da República por Sergipe. Reelegeu-se nas eleições em 2006, seguindo um processo de irregularidade eleitoral que até hoje em tramita no Supremo Tribunal Federal. Licenciou-se do mandato por motivo de saúde em março de 2008, assumindo seu primeiro-suplente, Virginio de Carvalho. Retornou no início de 2009, e após João Alves Filho se eleger prefeito de Aracaju, resolveu licenciar-se para assumir a pasta municipal de assistência social. Conforme seu marido, o político João Alves Filho assumia cargos no executivo como Governador e Prefeito da cidade de Aracaju, Maria do Carmo revezava funções atuando no senado e nas Secretarias de Assistência Social junto a comunidades carentes, realizando periódicas distribuições de alimentos e cestas-básicas em comunidades carentes, bem como a viabilização de exames preventivos de câncer cervical em mulheres. Deste modo, o portfólio eleitoral dela sempre é a ajuda pontual a famílias carentes. Em 2014, foi eleita para o seu terceiro mandato como senadora, derrotando o deputado Rogério Carvalho (PT). Desta forma, entrou para a história da política brasileira como a primeira e única mulher a ser eleita para três mandatos no Senado Federal. Anteriormente, somente Marluce Pinto (PSDB-RR), Marina Silva (REDE-AC), Lúcia Vânia (PSB-GO), Kátia Abreu (à época PMDB-TO) e a própria Maria do Carmo haviam exercido dois mandatos na câmara alta do legislativo brasileiro. Em novembro de 2015, licenciou-se do mandato de Senadora da República, para assumir a Secretaria de Família e Assistência Social de Aracaju. Em seu lugar o primeiro suplente, Ricardo Franco (DEM), assume a cadeira no Senado. [2] Em 6 de maio de 2016, deixou a secretaria, para votar a favor da abertura do processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff, e se licenciou. Voltou em definitivo ao exercício de senadora, em agosto de 2016. [3] Deixa o cargo novamente para reassumir a pasta em Aracaju. Tornou-se conhecida pela criação do PLS 116/2017 que prevê a demissão de servidor público por insuficiência de desempenho, o que gerou comentários negativos, por parte da mídia, em relação à sua atuação no Senado Federal do Brasil. Maria do Carmo foi classificada pela Veja como "a senadora desconhecidíssima",[4] além de não ter participado de 60% das votações de janeiro a outubro de 2017.[5] Em outubro de 2017 votou a favor da manutenção do mandato do senador Aécio Neves derrubando decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal no processo onde ele é acusado de corrupção e obstrução da justiça por solicitar dois milhões de reais ao empresário Joesley Batista.[6][7]
MorteNa noite [8] de sábado, [9] dia 31 de agosto de 2024 na cidade de Aracaju Maria do Carmo faleceu aos 83 anos, ela estava internada para tratamento de um câncer [10] no pâncreas com metástases hepáticas no Hospital São Lucas.[11],o corpo foi sepultado dia 01 de setembro no Cemitério Colina da Saudade em Aracaju. [12] Notas
Referências
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