Concluída a Licenciatura em Direito em 1917 com altas avaliações, a 26 de Junho de 1920 era contratado para Membro do Júri de Exames de Estado na Faculdade de Direito, e a 13 de Dezembro de 1920 para Professor do 2.º Grupo, de Direito Internacional Privado, e para Serviço de Exames. A 31 de Dezembro de 1923 tomou posse do lugar de Assistente do 4.º Grupo, de Ciências Jurídicas, da mesma Faculdade, e, depois de ter prestado provas públicas, tomou posse, a 1 de Abril de 1924, do lugar de Professor Ordinário do referido 4.º Grupo. Em 1927, foi nomeado Secretário da Faculdade, doutorou-se em Direito em 1919 e, a 2 de Agosto de 1930, assumiu as funções de Director, cargo para que veio a ser expressamente nomeado a 28 de Julho de 1936, exercendo essas funções até 1940, ano em que foi nomeado Ministro da Educação Nacional, a 28 de Agosto. Tornou-se entretanto Professor Catedrático.[4]
A 20 de Julho de 1931, foi destacado em Missão de Estudo para junto da Sociedade das Nações.[5]
A 26 de Abril de 1932, é nomeado Membro da Comissão encarregada de rever e actualizar a legislação portuguesa sobre a propriedade literária e artística.[5]
A 11 de Dezembro de 1934, é, também, incorporado na Comissão encarregada de redigir o programa-base do plano das instalações da Cidade Universitária de Coimbra.[5]
Como Vogal Técnico para a liquidação da dívida portuguesa da Primeira Guerra Mundial, fez parte da Missão enviada expressamente a Londres.[5]
Contrato de conta corrente. Coimbra : Coimbra Editora, 1923.
Supremo Tribunal de Justiça : revista cível no 42739 : recorrente Roberto Rafael Reynolds, recorrida D. Maria Isabel Bastos Reynolds. Lisboa : s.n., 1926.
Minuta de agravo de injusta pronúncia : processo do Banco Angola e Metrópole (com José Beleza dos Santos). Coimbra : Coimbra Editora, 1927.
Minuta de agravo de injusta pronúncia do Dr. Diogo Pacheco de Amorim (com José Beleza dos Santos). Coimbra : Coimbra Editora, 1927.
Ambas as "minutas" acima eram sobre a burla de Alves Reis, ocorridas no fim da I República. Já em ditadura militar Mário de Figueiredo participou da defesa de Diogo Pacheco de Amorim, envolvido nos processos financeiros que haviam permitido a burla. Pacheco de Amorim era Professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra e membro dirigente do Centro Académico de Democracia Cristã (tido como conservador e anti-republicano), tendo para a sua defesa a equipa legal de Mário de Figueiredo contado com o testemunho abonatório do então ex-ministro das finanças António de Oliveira Salazar.[8][9]
Princípios essenciais do Estado Novo Corporativo. Coimbra : Biblioteca Geral da Universidade, 1936.[10].
O contrato de 16 de Agosto de 1898 perante o código da estrada e seu regulamento : Companhia Carris de Ferro de Lisboa : parecer do ilustre professor da Faculdade de Direito de Coimbra, Senhor Doutor Mário de Figueiredo. Lisboa : Minerva Central, 1937.
A concordata e o casamento. Lisboa : União Gráfica, 1940.
Discurso proferido na solene sessão inaugural da Exposição das Publicações dos Congressos de 1940 comemorativos do Duplo Centenário, em 30 de julho de 1942. S.l. : s.n., 1942.
Discurso na sessão inaugural do Congresso Luso-Espanhol do Porto, em 18 de Junho de 1942. S.l. : s.n., 1943.
A liberdade e a democracia. Lisboa : Companhia Nacional Editora, 195-.
Correspondência entre Mário de Figueiredo e Oliveira Salazar. Lisboa : Comissão do Livro Negro sobre o Regime Fascista, 1986.
Prefaciou:
REIS, Mário Simões dos. Arbitragens de Lourenço Marques : (pendências de Portugal com a Inglaterra e com esta e a América do Norte, relativas a primeira à baía e a segunda ao caminho de ferro, em que foram árbitros, respectivamente o Presidente da República Francesa, Marechal de Mach Mahon, Duque de Magenta, e os jurisconsultos Joseph Blaesi, Andreas Heussler e Charles Soldan. Lisboa : [s.n.], 1936.
Na biblioteca da Universidade de Coimbra, há um arquivo com o seu nome, com muitos documentos do seu antigo acervo pessoal, incluindo os seus próprios escritos.[11]
Vida Pessoal
Casado com Maria de Magalhães Mexia de Figueiredo, da família Magalhães Mexia, da Lousã.[11][12]
Portugal, Presidência do Conselho de Ministros, Comissão do Livro Negro sobre o Regime Fascista. Correspondência entre Mário de Figueiredo e Oliveira Salazar. Lisboa, 1986.
ROSAS, Fernando; BRITO, José Maria Brandão de (coord.). Dicionário de História do Estado Novo. Venda Nova, Bertrand Editora, 1996. ISBN972-25-1015-0. Vol I, pp. 358–360.