Leonor de Almeida
Leonor da Conceição Pinto de Almeida (Porto, 25 de abril de 1909 - Lisboa, maio de 1983) foi uma poeta portuguesa que também exerceu as profissões de enfermeira e esteticista. Durante a sua actividade enquanto escritora foi considerada pela crítica literária como "uma das melhores poetas portuguesas" e incluída em antologias de poesia dos anos 1940-1950.[1][2] BiografiaLeonor de Almeida nasceu no Porto, na freguesia de Santo Ildefonso, às 2h da manhã de 25 de abril de 1909, apesar de durante a sua vida registar diferentes datas de nascimento. Casou em 1930 com Júlio Magno, médico e ensaísta e filho de David José Gonçalves Magno, com quem teve um filho, e de quem se divorciou em 1936, tendo estado também casada com Alexandre Pinheiro Torres entre 1951 e 1961, de quem se divorciou litigiosamente. Por ambos os seus maridos serem de esquerda, chegou a ser perseguida pela PIDE.[2][3][4] Foi admitida na Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto em 27 de março de 1950, e foi também uma das primeiras associadas da Associação Portuguesa de Escritores. Publicou a sua poesia entre 1947 e 1960; João Gaspar Simões, Jacinto do Prado Coelho, Artur Portela e E. M. de Melo e Castro todos a reconheceram como uma figura de relevo na poesia da época. A obra de Leonor de Almeida enquadra-se no campo da poesia erótica; foi incluída na Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa de Maria Alberta Menéres e E. M. de Melo e Castro em 1959, na Antologia de Mulheres Poetas Portuguesas de António Salvado em 1962, e na Antologia da Poesia Portuguesa Erótica e Satírica de Natália Correia em 1965, e contribuiu para várias revistas literárias da época, como Serpente. A crítica Duas Mulheres Poetas de João Gaspar Simões, compara o seu trabalho como o da poeta Sophia de Mello Breyner Andresen.[1][2][3][4][5][6]
Leonor de Almeida frequentou o curso de Enfermeiras-Visitadoras de Higiene na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, e foi enfermeira ao longo de décadas. Nos anos 60, após formações em cosmética feitas em Paris, abriu um Instituto de Beleza no Lumiar, em Lisboa, onde usava o nome D. Márcia. Viveu em Londres, Paris, e Copenhaga.[2] Em maio de 1983 foi encontrada na casa onde residia, já sem vida. Está sepultada no Cemitério de Benfica.[1] ObrasPoesia
Traduções
Edições póstumas
Homenagens
Referências
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