Léon Denis
Léon Denis (Foug, 1 de janeiro de 1846 - Tours, 12 de Abril de 1927) foi um pensador espírita, médium e um dos principais continuadores do espiritismo após a morte de Allan Kardec, ao lado de Gabriel Delanne e Camille Flammarion.[1] Fez conferências por toda a Europa em congressos internacionais espíritas e espiritualistas, defendendo ativamente a ideia da sobrevivência da alma e suas conseqüências no campo da ética nas relações humanas. É conhecido como sendo o "consolidador do Espiritismo" em toda a Europa, bem como "apóstolo do Espiritismo", dadas as suas qualidades intrínsecas de estudioso do Espiritismo. BiografiaAutodidata, tendo mostrado inclinações literárias e filosóficas, aos 18 anos travou contato com O Livro dos Espíritos e tornou-se adepto da Doutrina Espírita. Desempenhou importante papel na sua divulgação, enfrentando as críticas do positivismo materialista, do ateísmo e a reação do Catolicismo. Foi ainda membro atuante da Maçonaria.[2] Em 1900 participou do II Congresso Espírita Internacional. Participou ainda do Congresso Espírita de Liège (1905) e Bruxelas (1910), ambos na (Bélgica). A partir de 1910 a sua visão começou a diminuir, mas isso não impediu que prosseguisse no trabalho de defesa da existência e sobrevivência da alma. Logo depois da Primeira Guerra Mundial, aprendeu a linguagem Braille. Em 1925 foi aclamado presidente do Congresso Espírita Internacional (Paris), no qual foi formada a Federação Espírita Internacional. Neste congresso quiseram tirar o aspecto religioso do Espiritismo mas Denis se opôs a isso com tenacidade, apesar da acentuada velhice.[1] Denis trabalhava em seu novo livro O Gênio Celta e o Mundo Invisível quando foi acometido pela pneumonia, e com a ajuda de duas secretárias, conseguiu concluir a obra. Morreu às 21 h da noite de 12 de abril de 1927, terça-feira, em sua casa.[3][4] A sua grande produção na literatura espírita, bem como o seu caráter afável e abnegado, valeram-lhe a alcunha de Apóstolo do Espiritismo. Ao longo de sua vida manteve estreita ligação com a Federação Espírita Brasileira, tendo sido aprovada por unanimidade a sua indicação para sócio distinto e Presidente honorário da instituição (1901).[5] As religiões e a verdadeLéon Denis afirmou que "a verdade assemelha-se às gotas de chuva que tremem na extremidade de um ramo; enquanto ali estão suspensas, brilham como diamantes puros no esplendor do dia; quando tocam o chão, misturam-se com todas as impurezas. Tudo o que nos chega do Alto corrompe-se ao contato com a terra; até o íntimo do santuário o homem levou suas paixões; as suas concupiscências, as suas misérias morais. Assim em cada religião o erro, fruto da terra, mistura-se à verdade que é o bem dos céus".[6] Citações
Principais obrasDentre suas obras, destacam-se:
Notas
Bibliografia
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