A Guiné-Bissau é um pequeno país tropical que se situa a baixa altitude: o seu ponto mais alto sobe apenas a 300 metros. O interior é composto por savanas e a linha costeira é basicamente uma planície pantanosa. A sua estação das chuvas semelhante a uma monção alterna com períodos em que ventos quentes e secos sopram do [Saara]. O arquipélago de Bijagós espalha-se pelo mar.
Geologia
Podem distinguir-se na Guiné-Bissau as seguintes formações:
a) Soco primitivo (xistos);
b) Séries intermédias (grés e quartzitos);
c) Cobertura sedimentar primária (xistos argilosos, fossilíferos e grés siliciosos);
d) Erupções doleríticas;
e) Séries de cobertura terciárias (margas fossilíferas, areias siliciosas);
f) Formações quaternárias (dunas consolidadas, depósitos vasosos, aluviões fuviais e areias dunares).[1]
Relevo
O relevo é monótono, podendo a Guiné considerar-se uma grande peneplanície, baixas, cujas maiores altitudes só raramente atingem os 300 m, nas Colinas de Boé[2], uma extensão dos contrafortes do Futa Jalom ocidental.[1]
Hidrografia
A Guiné apresenta um facies hidrográfico bastante complexo, constituído por rias e rios, nos quais se pode distinguir duas zonas:
a) Zona litoral, sujeita à influência das marés, na qual se encontram as seguintes rias: Sucujaque, Cacheu, Calequisse, Mansoa, Bissau, Grande de Buba, Tombali, Ganjola, Cumbijã e Cacine;
b) Zona interior, com cursos de água doce e de regime irregular, na qual se encontram as bacias hidrográficas dos rios: Farim, Geba e Corubal. Existem ainda inúmeras lagoas.[1]
Quanto a hidrografia do país, o engenheiro e revolucionário Amílcar Cabral explica para o seu povo a diferença entre rios e rias e comenta que:
Na Guiné, terra cortada por braços de mar, que nós chamamos rios, mas que no fundo não
são rios: Farim só é rio para lá de Candjambari; o Geba só é rio de Bambadinca para cima, e por
vezes mesmo para lá de Bambadinca há água salgada; Mansoa só é rio depois de Mansoa para
cima, já a caminho de Sara, perto de Caroalo; Buba, esse não é rio de lado nenhum, porque até
chegarmos a terra seca, é só água salgada; Cumbidjâ, Tombali, são todos braços de mar, a não
ser na parte superior com um bocadinho de água doce na época das chuvas, sobretudo o rio de
Bedanda que vem a Baiana buscar água doce. O único rio de facto, a sério, na nossa terra, é o
O clima é tipicamente tropical, podendo considerar-se duas regiões: uma, de clima subguineense, menos quente e mais pluvioso, e outra, de clima sudanês, mais quente e menos pluvioso.[1]
A estação das chuvas vai desde Junho a Outubro e a estação seca de Novembro a Maio. A precipitação mensal média na estação das chuvas é 298.2 mm, enquanto no resto do ano não há praticamente precipitação. Na estação seca registam-se as temperaturas mais elevadas e reduzidas do ano, nomeadamente em Maio (29 ◦C) e Dezembro-Janeiro (25 ◦C), respetivamente.
Vegetação
A vegetação natural é constituída pelos seguintes agrupamentos fisionómicos:
a) Floresta hidrófila, com predomínio de espécies sempre verdes, principalmente leguminosas (galerias florestais, povoamentos edáficos das aluviões litorais);
b) Floresta tropófila aberta, com predomínio de espécies de folha caduca, agrupando algumas sempre verdes;
c) Savanas secundárias dos terrenos elevados com árvores e arbustos, as quais ocupam a maior parte da Guiné;
d) Savanas climaces das terras baixas, sem árvores nem arbustos, constituindo o povoamento (geralmente herboso) das depressões mal drenadas;
e) Povoamentos aquáticos, com os mangais e a flora dos pântanos , rios e lagoas.[1]
Áreas Protegidas
As áreas protegidas da Guiné-Bissau representam 26,3% do território nacional[4] e incluem várias tipologias de conservação[5]. A maioria das áreas protegidas são geridas pelo Instituto para a Biodiversidade e Áreas Protegidas (IBAP). Os 6 parques nacionais são: