Arquipélago dos Bijagós
O arquipélago dos Bijagós são um conjunto de ilhas costeiras e estuarinas da Guiné-Bissau, constituído por 88 ilhas, ilhéus e ilhotas, situadas ao largo da costa atlântica africana, com uma área total emersa de 2 624 km2 e uma população estimada de 32 400 habitantes (2009). O território corresponde a um antigo delta transformado em arquipélago pela subida pós-glaciar do nível médio do mar.[1] É ainda o único arquipélago deltaico da costa ocidental africana e o maior complexo de vasas de Africa.[1] Referências
Os Bijagós são uma área protegida, classificada, em 1996, pela UNESCO como reserva da biosfera. A reserva alberga uma diversificada fauna na qual se contam, entre outras espécies macacos, hipopótamos, crocodilos, aves pernaltas, tartarugas marinhas e lontras.[1] Características geraisO arquipélago tem uma área total de 2.624 km²[2] e uma população orçada em cerca de 30.000 habitantes (2006). Apenas 20 das ilhas têm populações significativas, já que a maioria ou são desabitadas ou têm populações muito reduzidas. A população fala maioritariamente o Bijagó e professa religiões animistas: são profundamente crentes e dedicam cerca de cem dias por ano a rituais religiosos. Geograficamente organizam-se em 8 grupos de ilhas, somando 88 ilhas pertencentes ao arquipélago, onde salientam-se:
HistóriaNa era pré-colonial o arquipélago constituía um importante ponto de passagem das rotas comerciais na costa ocidental Africana. Em 1930-1931 o antropólogo e fotógrafo Austríaco Hugo Bernatzik viveu no arquipélago onde documentou a vida do povo Bidyogo. A ilha de Orango tem uma sociedade matriarcal onde as mulheres escolhem os maridos ao cozinhar-lhes um prato (tradicionalmente peixe) que, sendo aceite e comido pelo pretendido, se torna o selo da união. PopulaçãoOs bijagós não são verdadeiramente originários destas ilhas, que lhes serviram de refúgio antes da conquista de Malinké. Terão chegado a estas ilhas depois de terem sido derrotados por outros povos do continente e construído as suas aldeias no centro das ilhas, em plena floresta, para melhor se defenderem. Organização socialCada aldeia que agrupa em média 100 a 200 pessoas, pode ser considerada uma entidade política, económica e religiosa.[4] Divisão Administrativa/IlhasA maior parte das ilhas do arquipélago pertence administrativamente a Região de Bolama, sendo que as únicas exceções são o ilhéu (ou ilha) Mancebo, que faz parte da região de Quinara, e a ilha das Areias, parte da região do Biombo.
Economia![]() O bijagó autóctone é tradicionalmente ligado às actividades agrícolas, pois a economia do arquipélago repousa essencialmente na agricultura. Quanto à pesca, essa constitui uma actividade complementar e de subsistência. As mulheres dedicam-se igualmente à apanha do marisco e bivalves, principal fonte de proteína animal da população bijagó.[10] O turismo no arquipelago é incipiente, recebendo cerca de 30 mil turistas por ano(2017).[11] Possui algumas instalações de ecoturismo.[12] ClimaCom um clima tropical, as ilhas têm duas estações bem definidas: a das chuvas, entre maio e outubro, e a seca, de novembro a abril. A temperatura é sempre elevada, sendo os meses de dezembro e janeiro os mais frescos.[12] A ilha de Orango tem muitos tipos de clima, desde o mais seco nas zonas de pouco pasto, savana, até uma muito húmido, quando se entra no meio da vegetação. BiodiversidadePela importância da sua biodiversidade todo o arquipélago está classificado como Reserva Ecológica da Biosfera pela UNESCO.[13] Esta reserva ecológica é o abrigo de um sem-número de aves, nomeadamente, abutres, beija-flor de barriga verde, garajau, garça gigante, pelicanos, flamingos e tantos outros. Também podemos encontrar manatins africanos.[12] tartarugas marinhas, lontras-do-cabo, tubarões e na ilha de Orango, hipopótamos (únicos do mundo no meio marinho).[1] Parques Nacionais/Áreas ProtegidasParques NacionaisExistem dois Parques Nacionais: O Parque Nacional de Orango e o Parque Nacional Marinho João Vieira e Poilão. Áreas ProtegidasExiste uma Área Protegida: Área Marinha Protegida Comunitária das Ilhas Formosa, Nago e Tchedia (Urok).[10] GeologiaAs ilhas dos Bijagós são antigo delta transformado em arquipélago depois da subida do nível do mar.[4] É ainda o único arquipélago deltaico da costa ocidental africana e o maior complexo de vasas de Africa.[4] Referências
Ligações externas
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