Francisco de SantiagoFrancisco de Santiago (nascido com o nome Francisco (de) Veiga) (Lisboa, ca. 1578 – Sevilha, 13 de outubro de 1646) foi um importante compositor português que trabalhou em Espanha durante o período do Renascimento tardio e Barroco inicial. BiografiaFrancisco Veiga nasceu em Lisboa por volta de 1578.[1] Aprendeu a arte da Música na mesma cidade, hipoteticamente com Manuel Cardoso.[2] Aproveitando a facilidade de circulação durante a União Ibérica, deslocou-se ao reino de Castela em busca de trabalho como mestre de capela. Inicialmente conseguiu esse posto na catedral de Plasencia, Espanha, em 16 de fevereiro de 1596 mas por desentendimentos vários devido à sua grande inexperiência profissional, foi despedido poucos meses depois.[2] Por essa altura dirigiu-se a Madrid, onde se tornou religioso da Ordem dos Carmelitas Calçados, adotando o nome Francisco de Santiago.[1] Na comunidade madrilena do Convento del Carmen Calzado [es] desempenhou igualmente funções como mestre de capela, ainda que de forma francamente residual.[2] Na Catedral de Sevilha que encontrou o seu cimeiro e derradeiro cargo, sucedendo a Alonso Lobo [es], oficialmente desde 15 de abril de 1617.[2] Segundo Diogo Barbosa Machado foi “um dos mais célebres professores de música que floresceram na sua idade”[1] e, de facto, a sua produção musical circulou intensamente na Península Ibérica e colónias americanas, destacando-o como um dos mais importantes compositores do Barroco inicial. Embora o seu local trabalho fosse Castela, passou temporadas em Portugal, especificamente no Paço Ducal de Vila Viçosa. Foi, aliás, um dos compositores preferidos de D. João IV, ainda na condição de duque de Bragança, desenvolvendo-se entre eles uma relação de amizade e mecenato.[1] No seu círculo de relações encontrava-se provavelmente também o famoso pintor Diego Velásquez e compositor Manuel Correia.[2] Foi mestre de capela da Catedral de Sevilha até 1643. Morreu na mesma cidade a 13 de outubro de 1646.[1][2] ObrasA Biblioteca Real de Música reunia antes da sua destruição pelo sismo de Lisboa de 1755 uma enorme quantidade de obras da sua autoria (601 obras no total com 538 vilancicos, mas também missas, salmos, responsórios e motetes) e ainda um destacado retrato seu de corpo inteiro.[1][3] Algumas obras subsistem em arquivos em variados arquivos em Espanha, Portugal, México e Bolívia:[2] Vilancicos
Obras em latim
✱ - Existia um exemplar também na Biblioteca Real de Música, segundo o Index.[5] Gravações
Ver tambémReferências
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