Farnésio Nota: Se procura para a localidade italiana, veja Farnese (Lácio).
A família Farnésio (em italiano: Farnese), foi uma influente família italiana da aristocracia que ostentou o Ducado de Castro entre 1537 e 1649 e o Ducado de Parma e Placência entre 1545 e 1731. Os seus importantes membros incluíram o papa Paulo III e os duques de Parma e de Placência.[1] O poderio dos Farnésio e a sua ligação com as mais ilustres famílias romanas teve lugar em tempos de Rainúncio Farnésio, o Velho (em italiano: Ranuccio Farnese, il Vechio; 1390-1450), protegido do papa Eugénio IV. Rainúncio casou o seu filho Gabriel Francisco (Gabrielle Francesco) com Isabel Orsini, e o seu filho Pedro Luís, sénior[2] (Pier Luigi, seniore) foi o continuador da estirpe, com Joana Caetani. Desse matrimónio nasceram o papa Paulo III e Júlia Farnésio.[3] Entre os séculos XVI e XVII os Farnésio distinguiram-se pela sua protecção às artes, e a eles se deve a construção do Palácio Farnésio em Roma, da Villa Farnese, em Caprarola, da Igreja de Jesus em Roma e do Palácio della Pilotta em Parma, actualmente a Galeria Nacional de Parma. O último Farnésio soberano de Parma foi António Farnésio (Antonio Farnese) (1679-1731); ao morrer sem sucessão directa, o ducado passou para o filho da sua sobrinha Isabel Farnésio (Elisabeta Farnese) e do monarca espanhol Filipe V, o terceiro filho varão infante Filipe de Bourbon, que fundou a Casa de Bourbon-Parma. Os Farnésio, herdeiros da dinastia de AvizVer artigo principal: Dinastia de Avis
Com a morte do cardeal-rei Henrique I de Portugal, Rainúncio I Farnésio era o único candidato ao trono de Reino de Portugal que descendia por via legítima de um varão de D. Manuel I: D. Maria, filha mais velha do infante D. Duarte, quarto Duque de Guimarães, era mãe de Rainúncio. Mas Rainúncio era ainda criança (em 1580 tinha apenas 11 anos) e seu pai, Alexandre Farnésio de Parma e Placência era governador dos Países Baixos Espanhóis, formalmente um súbdito de Filipe II de Espanha, facto que veio a preterir os Farnésio durante a Crise de sucessão de 1580. Contudo, os Farnésio colocaram no centro do seu brasão, um escudete com as Armas de Portugal, demonstrando o seu direito inalianável ao trono do país (ver brasão à direita), que passou a ser o brasão da família até à morte do último duque Farnésio, António I. Lista dos membros mais importantes da família Farnese
Ver tambémReferências
Ligações externas
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