Rainúncio I Farnésio
Rainúncio I Farnésio (em italiano: Ranuccio I Farnese; Parma, 28 de março de 1569 - Parma, 5 de março de 1622) reinou como Duque de Parma e Placência e Duque de Castro de 1592 até à sua morte. BiografiaUm convicto crente na monarquia absoluta, Rainúncio, em 1594, centralizou a administração do Ducado de Parma e Placência, retirando à nobreza várias prerrogativas. Ele é recordado pela denominada Grande Justiça de 1612, durante a qual existiram execuções de muitos nobres placentinos suspeitos de conspirarem contra o duque. Dado que um dos conspiradores, Gianfrancesco Sanvitale, implicou falsamente alguns monarcas italianos, nomeadamente o seu cunhado Vicente I Gonzaga, Duque de Mântua, e César d'Este, Duque de Módena, cujos nomes apareceram na lista de conspiradores durante as formalidades judiciais, a reputação de Rainúncio I entre os monarcas italianos foi irreparavelmente afectada uma vez que era evidente que tinha sido dado crédito às confissões obviamente falsas de Gianfrancesco. Consequentemente, quando no início dos anos 20 de do século XVII, Rainúncio procurava uma noiva para para o seu filho mais novo e legítimo herdeiro, Eduardo, nenhuma família reinante em Itália disponibilizou uma princesa. Contudo, Rainúncio conseguiu negociar o noivado com Margarida de Médici, filha de Cosme II de Médici, Grão-duque da Toscana. Casado com Margarida Aldobrandini, sobrinha do papa Clemente VIII, Rainúncio, era filho da infanta portuguesa D. Maria de Guimarães, também conhecida por Maria de Portugal, e, como tal, foi considerado candidato ao trono português quando o seu tio-avô, o cardeal-rei D. Henrique morreu sem filhos. O trono, contudo, depois de um breve reinado de D. António, passou para Filipe II de Espanha, cujas tropas ocuparam prontamente o país. Primeiros temposA morte do seu tio-avô, o cardeal-rei Henrique I de Portugal, provocou a crise de sucessão naquele país quando Rainúncio tinha apenas 11 anos de idade. Como filho da já falecida filha mais velha do infante Duarte, Duque de Guimarães, único varão do rei D. Manuel I com descendência legítima, Rainúncio era, de acordo com os costumes feudais, o primeiro herdeiro do trono de Portugal. Contudo, o seu pai era um aliado e até súbdito do rei de Espanha, outro pretendente, pelo que os direitos de Rainúncio não foram devidamente defendidos. Em vez disso, a tia de Rainúncio (irmã mais nova de sua mãe), Catarina, Duquesa consorte de Bragança, ambiciosamente reivindicou o trono, embora falhando nas suas pretensões. Durante o governo de Rainúncio I, o ducado anexou os territórios de Colorno, Sala Baganza, e Montechiarugolo. Ele liderou uma renovação cultural da cidade de Parma, apoiando as artes e construindo o Teatro Farnese com 4 500 lugares. Diversas melhorias e monumentos foram construídos em Parma por ordem de Rainúncio I, incluindo a revitalização da Universidade de Parma e a expansão final das muralhas da cidade. O Palazzo della Pilotta, onde os Farnésio instalaram a sua corte foi finalizado em 1620. Rainúncio I é também recordado pela sua crueldade, pela execução pública de cem residentes de Parma suspeitos de conspirarem contra ele. Sucedeu-lhe o seu filho Eduardo I, inicialmente sob a regência do cardeal Eduardo Farnésio, irmão mais novo de Rainúncio. DescendênciaEm 7 de maio de 1600, na igreja de San Sisto Vecchio, em Roma, Ranuccio casou com Donna Margarita Aldobrandini, filha de Don Giovanni Francesco Aldobrandini, Príncipe de Carpineto e de sua mulher, a herdeira Donna Olimpia Aldobrandini, princesa Campinelli, de quem teve nove filhos:
Ascendência
Ver tambémReferências
Bibliografia
Ligações externas
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