Estação World Trade Center
World Trade Center é uma estação terminal do sistema PATH, dentro do complexo do World Trade Center no distrito financeiro de Manhattan, na cidade de Nova Iorque. É servido pelo serviço Newark–World Trade Center em todos os horários, bem como pelo serviço Hoboken–World Trade Center nos dias de semana, sendo o terminal oriental de ambos. A estação do World Trade Center é próxima do local do Hudson Terminal, da Hudson and Manhattan Railroad (H&M), que foi inaugurado em 1909. A Autoridade Portuária de Nova Iorque e Nova Jérsei comprou o falido sistema da H&M em 1961, rebatizou-o como PATH e remodelou o Hudson Terminal como parte do World Trade Center. A estação do World Trade Center foi inaugurada em 6 de julho de 1971, substituindo o Hudson Terminal, que foi fechado e demolido como parte da construção do complexo. Após os ataques de 11 de setembro de 2001, uma estação temporária da PATH foi inaugurada em 2003, enquanto o complexo estava sendo reconstruído. A construção da estação permanente começou em 2008. A estrutura principal da estação, o Oculus, foi inaugurada em 3 de março de 2016, e o terminal foi renomeado para World Trade Center Transportation Hub (em português: Centro de Transportes do World Trade Center), ou apenas "World Trade Center". A estação tem cinco linhas férreas e quatro plataformas no meio de um retorno. Os trens de Nova Jérsei usam o retorno para dar meia volta e retornar. As plataformas estão localizadas quatro andares abaixo do nível da rua. O piso acima das plataformas é ocupado pelo mezanino de venda de passagens. A estação WTC Cortlandt do metrô de Nova Iorque fica ao lado e acima desse mezanino. A estação de 4 bilhões de dólares apelidada de Oculus, foi projetada pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava, consistindo de estruturas que se encontram acima do nível da rua. O interior da estação contém dois andares subterrâneos, que abrigam parte do centro comercial Westfield World Trade Center. O centro de transporte conecta os vários meios de transporte em Lower Manhattan, do Fulton Center no leste, ao Terminal de balsas Battery Park City ao oeste, e inclui conexões para várias estações do metrô de Nova Iorque. É o quinto centro de transporte mais movimentado da região metropolitana de Nova Iorque. A nova estação recebeu críticas mistas: embora tenha sido elogiada por seu design arquitetônico, também foi criticada por seu alto custo e longos atrasos. Leiaute da estação
A estação tem cinco linhas férreas servidas por três plataformas centrais e uma plataforma lateral, todas quatro andares abaixo do solo.[3]:S.10[2] A plataforma A, adjacente às linhas 1 e 2, foi inaugurada em 25 de fevereiro de 2014.[4][5][6] A plataforma B entre as linhas 2 e 3 foi inaugurada em 7 de maio de 2015.[7] As outras duas plataformas foram inauguradas em 8 de setembro de 2016.[8] Acima da estação, existem três níveis de mezanino. Os dois níveis superiores contêm lojas do Westfield World Trade Center. O primeiro nível do mezanino abaixo do solo também contém a estação Cortlandt Street–Greenwich Street do serviço 1 e uma entrada direta para a plataforma norte. Uma conexão com a plataforma sul da estação Cortlandt Street– Church Street, com acesso para os serviços N, R e W, está localizado ao leste do mezanino, depois das lojas do centro comercial. O segundo nível do mezanino contém as entradas para a estação, bem como mais conexões para o metrô. O terceiro nível do mezanino, localizado diretamente acima da plataforma, contém as bilheterias e o acesso às plataformas.[3]:S.10 Antes da reconstrução, a estação tinha uma entrada temporária na Church Street, que abriu juntamente com o resto da estação temporária em novembro de 2003.[9] Ao longo da reconstrução do local do World Trade Center, as entradas e o tamanho da estação temporária mudaram. Em 2007, a entrada da Church Street foi realocada para o sul, e a entrada antiga foi fechada e demolida.[10] Em abril de 2008, a terceira e última entrada temporária para a estação estava localizada na Vesey Street, de frente para a Greenwich Street e ao lado do 7 World Trade Center. A entrada temporária era um prédio de um andar.[11] Em 3 de março de 2016, a nova estação permanente da PATH foi inaugurado e a entrada temporária foi fechada.[12][13] O acesso temporário foi demolido no final do mesmo ano para dar lugar ao Centro de Artes Cênicas.[14] Uma conexão com o Brookfield Place foi inaugurada em 27 de outubro de 2013, uma passagem conhecido como saguão Oeste.[15][16] Em 16 de agosto de 2016, a entrada do Westfield World Trade Center foi aberta.[17][18] Para possibilitar reparos nos túneis de Downtown Hudson, o serviço na rota Newark–World Trade Center entre a estação Exchange Place e o World Trade Center foi suspenso durante quase todos os fins de semana entre 2019 e 2020, exceto nos feriados.[19]
Hudson TerminalO Hudson Terminal foi construído pela Hudson and Manhattan Railroad e inaugurado em 19 de julho de 1909.[20] O terminal incluía dois prédios de escritórios de 22 andares localizados acima da estação, nos dois quarteirões entre as ruas Greenwich, Cortlandt, Church e Fulton.[21] O Hudson Terminal foi projetado com rampas para permitir que o tráfego de pedestres da estação fluísse com rapidez e facilidade.[22] A estação era servida por dois túneis de linha férrea única conectados por um retorno. O retorno incluía cinco linhas férreas e 3 plataformas (2 centrais e uma lateral) e era similar ao arranjo da primeira e segunda estações do World Trade Center.[23]: 59–60 Em 1914, o movimento no Hudson Terminal atingiu 30 535 500 passageiros por ano.[22] Esse número quase dobrou em 1922, com 59 221 354 passageiros.[24] Os números da Hudson and Manhattan Railroad diminuíram drasticamente de um apogeu em 113 milhões de passageiros em 1927, para apenas 26 milhões em 1958, após a abertura de novos túneis e pontes para automóveis trespassando o rio Hudson.[23]:56 A H&M faliu em 1954.[25] O estado de Nova Jérsei queria que a Autoridade Portuária de Nova Iorque e Nova Jérsei assumisse a companhia, mas a PANYNJ há muito tempo já a via como um desperdício de dinheiro.[26] A Autoridade Portuária acabou por assumir a H&M como parte do acordo de construção do World Trade Center.[26] A PANYNJ havia inicialmente proposto a construção do complexo nas margens do rio East, no lado oposto de Lower Manhattan de onde o Hudson Terminal estava.[27][28] Como uma agência interestadual, a Autoridade Portuária precisava da aprovação para seus projetos dos governos estaduais de Nova Jérsei e Nova Iorque, mas o governo de NJ era contrário por entender que o complexo iria beneficiar majoritariamente Nova Iorque.[26] No final de 1961, o diretor executivo da Autoridade Portuária, Austin J. Tobin, propôs transferir o local do projeto para o Hudson Terminal e assumir o controle da H&M em troca do acordo com Nova Jérsei.[29] Em 22 de janeiro de 1962, os dois estados chegaram a um acordo para permitir que a Autoridade Portuária assumisse o sistema ferroviário e construísse o World Trade Center no local do antigo Hudson Terminal, que na época era considerado obsoleto.[30] Antigas estações da PATHEstação originalFotos do muro de contenção do WTC original (1969) A construção do World Trade Center começou em 1966. O local estava em um aterro, com o leito rochoso localizado a 65 m abaixo da superfície.[31] Para impedir que as águas do rio Hudson, um novo método foi utilizado: a construção de um muro de contenção subterrâneo. Durante a escavação do local e a construção das torres, os túneis de Downtown Hudson permaneceram em operação como túneis elevados.[32] A construção da nova estação custou 35 milhões de dólares. Na época, tinha um movimento de 85 mil passageiros por dia.[33] O Hudson Terminal foi fechado em 2 de julho de 1971, iniciando um período de três dias de manutenção que permitiu a transferência do serviço para a nova estação da PATH.[34] O novo terminal foi inaugurado em 6 de julho de 1971, ao oeste da estação original.[35] Retornos maiores nas plataforma da estação permitiam a entrada de trens com 10 vagões; a estação anterior, com seus retornos apertados, só permitia a passagem de trens com até 6 vagões.[32] Quando a estação foi inaugurada, havia nove escadas rolantes de alta velocidade entre o nível das plataforma se o nível do mezanino.[33] A estação WTC da PATH era servida pelos serviços Newark–World Trade Center e Hoboken–World Trade Center. O terminal era conectado às torres gêmeas por meio de um saguão subterrâneo e um centro comercial. Também havia conexões subterrâneas para o metrô de Nova Iorque (serviços A, C e E na estação World Trade Center, e os serviços N, R e W na estação Cortlandt Street–Church Street). Em 2001, o movimento na estação era de aproximadamente 25 mil passageiros diariamente.[36] Enquanto a construção do World Trade Center estava em vias de ser concluída, um corredor temporário foi construído para levar os passageiros da estação à uma entrada temporária na Church Street.[33] A estação foi levemente danificada durante o atentado ao World Trade Center em 1993; uma seção do teto da estação desabou e prendeu dezenas de pessoas.[37][38] Em uma semana, a Autoridade Portuária conseguiu retomar os serviços da PATH para o World Trade Center.[39] A estação foi fechada em 11 de setembro de 2001, depois que o voo 11 da American Airlines atingiu a Torre Norte do World Trade Center às 8h46 da manhã. Minutos depois, três trens entraram na estação. Um havia chegado de Newark e outros dois de Hoboken. O primeiro trem de Hoboken voltou sem parar, não deixando passageiros ou abrindo nenhuma porta. O segundo trem de Hoboken chegou na linha 3 às 8h52 da manhã e teve de ser evacuado, incluindo os funcionários; o trem nunca saiu do complexo do World Trade Center e foi encontrado durante o processo de remoção de escombros.[40][41] Dois vagões levemente danificados desse trem foram posteriormente enviados para museus.[42] Um trem de Newark entrou no terminal às 8h55 da manhã e parou apenas para pegar passageiros. Depois que o voo 175 da United Airlines atingiu a Torre Sul às 9h03 da manhã, funcionários ordenaram o fechamento das estações Exchange Place e World Trade Center; a primeira foi fechada devido a graves danos causados por causa da água. Um quarto trem foi enviado para a estação às 9h10 da manhã para resgatar uma dúzia de funcionários da PATH e um morador de rua, deixando a estação vazia. A estação foi posteriormente destruída durante o colapso do World Trade Center.[40] Estação temporáriaCom a estação destruída, o serviço para Lower Manhattan foi suspenso por mais de dois anos. Exchange Place, a próxima estação da rota Newark–World Trade Center, também teve de ser fechada porque não poderia funcionar como um terminal. Em vez disso, dois serviços (Newark–33rd Street, vermelho no mapa oficial; e Hoboken–33rd Street, azul no mapa) e um serviço local de Nova Jérsei (Hoboken–Journal Square, verde no mapa) foram postos em operação.[43] Foi necessário limpar a estação Exchange Place após os ataques. Além disso, os túneis de Downtown Hudson foram inundados, o que destruiu a infraestrutura ferroviária.[44] Modificações nos trilhos também foram necessárias, uma vez que a estação Exchange Place não funcionava como uma estação terminal.[43] Os túneis de Uptown Hudson da PATH, os serviços de balsas e da NJ Transit através do rio Hudson, não conseguiram lidar com o a demanda dos passageiros pelo transporte, e foi considerado necessário reconstruir o terminal do World Trade Center.[3]: S.3 Após a reconfiguração da estação Exchange Place, ela foi reaberta aos trens da PATH em 29 de junho de 2003. A configuração era temporária: os passageiros da estação Exchange Place seriam transferidos para balsas com destino a Lower Manhattan até que a estação do World Trade Center pudesse ser reaberta no final daquele ano.[45] Os serviços da PATH para Lower Manhattan foram restaurados quando a estação temporária foi inaugurada em 23 de novembro de 2003.[9] O trem inaugural foi o mesmo que havia sido utilizado para a evacuação do terminal.[46] A estação temporária foi projetada pelo arquiteto-chefe da Autoridade Portuária, Robert I. Davidson,[47] e foi construída a um custo de 323 milhões de dólares.[9] Também se localizava no mesmo lugar que a estação original.[3]: S.4 A entrada da estação era caracterizada por um dossel na Church Street e um mural com mosaicos intitulado Relâmpago Iridescente, de Giulio Candussio[47] da Scuola Mosaicisti del Friuli em Spilimbergo, Itália. A estação também foi decorada com painéis opacos com citações inspiradoras que exaltavam a grandeza e resiliência de Nova Iorque. Esses painéis envolviam parcialmente o local do World Trade Center.[48] Algumas partes da estação, incluindo o corredor e a sinalização no nordeste do terminal, foram apenas levemente danificadas durante o colapso do World Trade Center. Essas partes foram retidas na estação temporária e acabaram por permanecer na nova estação.[49][50] Após sua reabertura e a retomada dos serviços Newark–World Trade Center e Hoboken–World Trade Center, a estação rapidamente recuperou sua posição como a estação mais movimentada no sistema PATH.[51] No entanto, tinha várias limitações. A estação temporária tinha plataformas longas o suficiente apenas para 8 vagões, enquanto que a estação original tinha plataformas para 10 vagões. A estrutura da estação também não era forte o suficiente para suportar estruturas acima dela, e partes da estação estavam fora da parede de contenção.[3]: S.4 A estação temporária tinha apenas uma entrada, na Church Street, e os passageiros com deficiência precisavam usar quatro elevadores para ir do nível da rua às plataformas.[3]:S.5 A estação também abrigou um estande da StoryCorps, que foi inaugurado em 2005. Por meio deste programa, visitantes podiam ouvir histórias relacionadas aos ataques.[52] O estande foi fechado na primavera de 2007 para dar lugar à reconstrução do World Trade Center.[53] Em junho de 2007, para a estação temporária foi fechada e demolida como parte da reconstrução do terminal. Um conjunto de novas escadas e uma estrutura em forma de tenda foi colocada para oferecer cobertura.[10] A estrutura, projetada pela Voorsanger Architects e instalada a um custo de 275 mil dólares, foi projetada para ser de "grande qualidade", de acordo com o arquiteto Bartholomew Voorsanger.[54] Essa entrada na Church Street foi fechada em abril de 2008, quando foi realocada mais uma vez. Em 1 de abril de 2008, a terceira entrada temporária para a estação da PATH foi aberta para os passageiros. A entrada estava localizada na Vesey Street, ao lado do 7 World Trade Center.[11] Essa entrada demolida com a inauguração da estação permanente, projetada por Santiago Calatrava, uma vez que ficava no local do futuro Centro de Artes Cênicas.[55] World Trade Center Transportation HubO World Trade Center Transportation Hub (em português: Centro de Transportes do World Trade Center[56]) é o nome formal dado pela Autoridade Portuária de Nova Iorque e Nova Jérsei para a nova estação da PATH e para o complexo comercial e de transporte que foi aberto em 3 de março de 2016.[12][13] A renomeação aconteceu na ocasião de sua reabertura.[57][58] Foi projetada pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava e é composta por uma estação metroviária, com um grande mezanino sob o Memorial Nacional do 11 de setembro.[59] Esse mezanino é conectado a uma estrutura em superfície chamada Oculus—localizada entre o 2 World Trade Center e o 3 World Trade Center— bem como a saguões públicos abaixo os vários edifícios do complexo do World Trade Center.[58] Além disso, a estação foi projetada para conectar a PATH ao sistema do metrô de Nova Iorque e para facilitar a transferência entre os vários meios de transporte em Lower Manhattan, do Fulton Center ao terminal de balsas Battery Park City. Ademais, para substituir o espaço comercial perdido, partes significativas da estação são dedicadas ao novo Westfield World Trade Center, com 33 900 m2 de lojas.[60] ContextoApós os ataques de 11 de setembro, as autoridades propuseram um plano de 7 bilhões de dólares para transformar o transporte público em Lower Manhattan. O plano incluía um novo terminal da PATH, o Fulton Center, a renovação da estação Ferry/Whitehall Street, e a reconstrução da West Side Highway.[3]:S.5[61] Outros empreendimentos para revitalizar a economia de Lower Manhattan também foram propostos, e a construção de um novo terminal da PATH foi visto como algo essencial para atingir esse objetivo.[3]:S.5 Em agosto de 2002, o governo dos EUA garantiu 4,5 bilhões de dólares para a construção de um terminal conectando as estações do metrô e da PATH no complexo do World Trade Center.[62] Quatro locais foram considerados,[3]: S.8 e foi decidido que o terminal seria construído quatro andares no subterrâneo, ao lado da parede de contenção do complexo.[3]:S.11 Uma grande estação não fazia parte do plano para o World Trade Center de Daniel Libeskind, que incluía apenas uma estação menor, ao longo das linhas da estação subterrânea original que existia abaixo do complexo. O projeto de Libeskind propôs que o local da atual estação fosse deixado como uma praça aberta, em um arranjo em que os raios do sol durante o equinócio de outono iriam irradiar luz sobre o local das Torres Gêmeas.[63][64][65] A praça teria incluído uma cunha cujas linhas mostrariam os raios do sol às 8:28 e 10:28 da manhã no 11 de setembro de cada ano. Essas horas se referem, respectivamente, aos momentos em que o voo 11 da American Airlines atingiu a Torre Norte e quando ela colapsou.[66][65] ArquiteturaNo início de 2004, a Autoridade Portuária, a proprietária do terreno, modificou o plano de Libeskind para incluir uma grande estação ferroviária, para rivalizar com a Penn Station e o Grand Central Terminal.[67] Calatrava foi contratado como arquiteto para esse novo projeto de 2 bilhões de dólares, e apresentou seu design em janeiro de 2004.[65][66] O projeto de Calatrava era composto por uma estrutura na superfície (agora o Oculus) com vigas encurvadas para fora, como asas. Essas asas se estenderiam sobre todo o saguão, que iria da Church Street, no leste, até a estação da PATH sob a Greenwich Street, no oeste. A estação em si estaria localizada em seu próprio quarteirão, limitado no sentido horário ao norte pelas ruas Fulton, Church, Dey e Greenwich.[66] Um teto de vidro se estenderia por todo o comprimento da estação.[66] O telhado foi originalmente projetado para ser aberto mecanicamente para aumentar a incidência da luz e a ventilação no espaço fechado. Em concordância com o conceito de Libeskind, o Oculus foi projetado para maximizar o efeito do equinócio de outono, com a abertura do teto de vidro no dia 11 de setembro de cada ano.[68] No próprio aniversário dos ataques, o teto de vidro seria aberto por 102 minutos em memória da duração entre o momento em que a primeira torre foi atingida e o colapso da segunda torre.[69] Se necessário, o teto de vidro também pode ser aberto manualmente para fornecer ventilação.[66] Conforme o plano de reconstrução, o novo terminal seria reconstruído em várias etapas. A primeira fase incluiria a construção de uma entrada temporária ao norte, que ficaria aberta entre 2005 e 2006. A segunda fase envolveria a construção de um saguão lest-oeste sob a West Side Highway, conectando-se ao World Financial Center (agora Brookfield Place). A terceira fase incluiria a estruturação linhas férreas e plataformas temporárias, bem como a construção da Plataforma D, a primeira plataforma permanente. A quarta fase consistiria no alongamento das outras três plataformas, ampliação do mezanino e finalização da estrutura, enquanto a quinta fase contemplaria a construção da estação propriamente dita. De acordo com esse plano, a estação seria concluída em 2009 ou 2010.[3]:S.14–S.15 O projeto da estação foi aclamado pela crítica.[70] Em 2004, Herbert Muschamp, crítico de arquitetura do The New York Times, comparou o projeto ao terraço e fonte Bethesda, no Central Park. Ele parabenizou a Autoridade Portuária por escolher Calatrava e afirmou que a nova estação impactaria o futuro da cidade. Muschamp continuou, dizendo que a visão do arquiteto "iria satisfazer aqueles que acreditam que a reconstrução do Ground Zero deve ascender a uma dimensão espiritual".[71] Outro crítico do New York Times, Michael Kimmelman, escreveu que o novo terminal da PATH seria apropriado para o World Trade Center, já que seria "uma importante contribuição cultural" para o panorama arquitetônico de Nova Iorque.[72] Um comitê do Conselho Comunitário de Manhattan 1 elogiou o projeto da estação, chamando-o de "lindo" em 2005.[73] Calatrava descreveu o projeto original como uma representação de "um pássaro sendo solto da mão de uma criança".[74] No entanto, o design original de Calatrava foi modificado devido a exigências de segurança. O New York Times observou em 2005 que "o pássaro agora tem um bico" e que, devido aos novos recursos de segurança, a estação "agora parece mais um estegossauro do que um pássaro".[75] O projeto foi modificado ainda em 2008, com teto não mais podendo ser aberto, em razão de problemas com o espaço e com o orçamento.[76] Um repórter da Curbed NY escreveu em 2015: "O mezanino da plataforma ... é impressionante e mostra a estrutura da estação",[77] entretanto, outras análises ridicularizaram o novo projeto da estação como sendo mais estético que utilitário. Em 2014, Benjamin Kabak, um blogueiro escrevendo para o The Atlantic's CityLab, criticou a priorização da estética sobre a função, citando falhas de design em razão das escolhas arquitetônicas, desviando a estação de seu uso prático. Ele afirmou que as escadas não tinham capacidade para o número de passageiros durante o horário de pico e que vazamentos poderiam tornar o piso de mármore escorregadio. Kabak também afirmou que "o terminal da PATH está se tornando um exemplo de design distante de seu uso real".[78] Steve Cuozzo, do New York Post, enquanto ainda estava sendo construída, chamou a estação de "uma monstruosidade" e "um hediondo desperdício de dinheiro público".[79] Michael Kimmelman, crítico de arquitetura do The New York Times, chamou a estrutura de "um estegossauro brega".[80] Em 2015, quando a estação estava quase pronta, a revista New York se referiu ao terminal como um "grande desperdício de tempo e dinheiro" e, embora não dando um julgamento final, notou a aparência "jurássica" do terminal.[67] Quando a estação foi inaugurada em 2016, o conselho editorial do New York Post chamou o terminal de a "estação suburbana mais absurdamente cara do mundo — e possivelmente a mais feia", considerando o estação um "elefante branco" e uma "monstruosidade", comparando o Oculus com um "inseto branco gigante".[81] Saguão OesteA passagem subterrânea para pedestres de 180 m sob a West Side Highway, conhecida como saguão Oeste e anteriormente como conexão Leste-Oeste, liga o mezanino da estação WTC com o Brookfield Place em Battery Park City, a oeste do World Trade Center.[82] A passagem contêm lojas como parte do Westfield World Trade Center.[83] O saguão foi inaugurado em 23 de outubro de 2013.[84][85] O acesso ao One World Trade Center pelo saguão Oeste foi aberto para os funcionários quando a torre foi inaugurada em 3 de novembro de 2014.[86] Em 29 de maio de 2015, no mesmo dia em que o observatório do edifício foi inaugurado, foi aberta a entrada para o mirante.[87] A construção do saguão custou 225 milhões de dólares e é considerado o mais caro do mundo.[88][89] ConstruçãoA construção do Oculus exigiu a realocação da cruz do World Trade Center em abril de 2006.[90] No entanto, a construção da estação só começou realmente em 8 de julho de 2008, quando as primeiras estruturas pré-frabricadas para a passagem de pedestres abaixo da Fulton Street foram instaladas.[91] O mezanino da estação estava passando por obras e a construção da fundação estava em andamento.[92] Em março de 2011, cerca de 225 das 300 estruturas de aço que compõem a cobertura da estação já estavam instaladas.[93] Mais tarde naquele mês, a instalação de uma treliça, uma das partes mais importantes do terminal, começou com a instalação de uma parte de 45 toneladas, com o peso total chegando a 245 toneladas. A estrutura serve como o telhado do mezanino e também sustenta a parte nordeste do Memorial do 11/9.[94] O contrato de 545 milhões de dólares para a construção do Oculus foi concedido à Skanska no verão de 2010. O projeto incluiu a instalação do aço na subestrutura; a conexão com o Centro de Segurança Veicular; o corredor da Greenwich Street e a sustentação para os túneis do serviço 1 do metrô; e os preparativos para a instalação das treliças.[95] Em junho de 2013, dez peças dos arcos do exterior do Oculus já estavam instaladas. A construção da estação estava prevista para ser concluída no final de 2014 ou no início de 2015, e o acabamento, como a pintura, colocação de catracas e bilheterias, estava prevista para ser terminada no final de 2015, com a inauguração oficial prevista para 17 de dezembro de 2015.[93] Em 23 de outubro de 2013, o saguão Oeste foi inaugurado com acesso ao World Financial Center, agora Brookfield Place. Suas lojas ainda não estavam abertas, e seu segundo andar ainda estava fechado em razão da construção do One World Trade Center.[15][16] Em 25 de fevereiro de 2014, metade da primeira plataforma da nova estação, a Plataforma A, foi aberta ao público, com serviço para Hoboken. A nova plataforma, uma plataforma central, foi modernizada e conta com nova iluminação, alto-falantes, sinalização iluminada, escadas rolantes e elevadores. O lado oeste da plataforma estava interditado na época.[5][16] Em 3 de novembro do mesmo ano, o One World Trade Center foi inaugurado, juntamente com a entrada à estação da PATH no arranha-céu.[86][96] Oito dias depois, o Fulton Center e a passagem Dey Street foram abertos. A conexão da passagem Dey Street com o terminal ficou fechada até a abertura da estação.[97] Em 22 de novembro, a última das 114 vigas foi instalada. No mesmo dia, um guindaste foi desmontado e a pintura da estação continuou.[98][16] Em 7 de maio de 2015, a Plataforma B e a metade restante da Plataforma A foram abertas, e a Plataforma C foi fechada.[7][16] Algumas semanas depois, em 29 de maio, a entrada para o One World Observatory no saguão Oeste foi aberta no mesmo dia que o mirante foi inaugurado.[87] No final de setembro, um novo acesso temporário foi aberto, com acesso das plataformas para o saguão Oeste.[99] Custos e atrasosO terminal tem sido descrito como uma das estações mais caras do mundo,[100] ou a mais cara, em razão de seu enorme custo, que chegou a aproximadamente 4 bilhões de dólares.[13][79][101] Em comparação, a extensão de 3,2 km do serviço Newark–World Trade Center para o Aeroporto Internacional de Newark tem um custo previsto de 1,5 bilhão.[102] O terminal também foi criticado por seus atrasos, já que foi concluído quase 10 anos depois do previsto pelo plano original.[67][103] No entanto, as projeções iniciais de custo já eram bem altas, já que a proposta original tinha um custo estimado de quase 2 bilhões. Esse altíssimo custo para uma única estação é atribuído a seu design arquitetônico extravagante, que foi escolhido pela Autoridade Portuária para convencer o governo de Nova Jérsei a pagar por um projeto que está inteiramente em Nova Iorque.[70] Originalmente, a reconstrução seria financiada pela Administração Federal de Transporte Público, que contribuiu com aproximadamente 1,9 bilhão para o projeto. Os custos do terminal ainda eram muito altos, entretanto, sua construção tinha de ser concluída em 2009 e dentro do orçamento. Em valores de 2014, o custo da estação foi estimado em 4 bilhões de dólares. O terminal custou o dobro da estimativa original de 2004.[100] O saguão Oeste custou 225 milhões de dólares e ficou conhecido como a "a passagem mais cara do mundo".[88] Apenas a construção, manutenção e gerenciamento custaram um total de 635 milhões; a Autoridade Portuária também concedeu vários subcontratos, a maioria deles custosos.[100] Os honorários da equipe responsável pela reconstrução levaram quase um bilhão de dólares, e a instalação de equipamentos em todo o complexo do World Trade Center custou 400 milhões.[104] Mais de 500 milhões de dólares em redução de custos foram ignorados.[100] O projeto arquitetônico foi custoso, com Calatrava cobrando 80 milhões pelo design,[105][104] com o custo total do planejamento arquitetônico chegando a 405,8 milhões de dólares.[104] O aceleração da construção também contribuiu com o aumento do custo, com 100 milhões usados na construção do Memorial & Museu Nacional do 11 de Setembro e outros 24 milhões foram utilizados para acelerar a entrega de materiais.[104] O preço final da estação se elevou ainda mais devido as decisões de Calatrava.[e] Ele quis importar aço feito sob medida de uma fábrica do norte da Itália, que custaram 474 milhões e têm um design sem colunas; com claraboias no chão em vez de árvores;[f] e com grandes "asas".[100] Mais 335 milhões se somaram ao custo total porque a Autoridade Portuária de Nova Iorque e Nova Jérsei teve que construir ao redor da linha IRT Broadway–Seventh Avenue do metrô de Nova Iorque (do serviço 1), já que a Metropolitan Transportation Authority se recusou a fechar a linha para não atrapalhar os passageiros de Staten Island vindos de balsa. A linha teve então de ser apoiada sobre uma ponte acima da estação, em vez de simples colunas.[100] Em 2012, o furacão Sandy danificou centenas de milhões de dólares em materiais.[100] Em parte, os atrasos e o alto custo foram devidos a mudanças feitas pela Autoridade Portuária ao plano original. O projeto original de Calatrava foi modificado por razões de segurança, por exemplo.[76] O custo exorbitante do terminal também causou muita controvérsia. Um editor do The New York Times escreveu que "Calatrava está acumulando uma quantidade anormal de projetos atormentados com atrasos, processos e estouros de orçamento", se referindo a seus outros projetos pelo mundo que ultrapassaram as estimativas iniciais de custo.[106] Especialmente porque a estação atual tem um movimento de 46 mil passageiros por dia comparado com os 250 mil do Grand Central Terminal, a reconstrução é ás vezes descrita como superfaturada e exagerada.[100] De acordo com um editor da revista Esquire, mesmo sem considerar o custo da estação, operar a PATH já era um desperdício de dinheiro para a Autoridade Portuária.[70][g] No final de 2015, a abertura foi adiada para o início de 2016 devido a um vazamento no teto.[108] Quando o terminal foi aberto em março de 2016, o diretor da Autoridade Portuária, Pat Foye, se recusou a fazer uma cerimônia de inauguração, o que seria, segundo ele, um "excesso" e afirmou que estava "preocupado com o grande custo" do projeto.[109] AberturaEm 3 de março de 2016, o Oculus foi parcialmente aberto ao público, juntamente com novas entradas. Apenas a extremidade oeste do Oculus e o corredor do centro comercial Westfield para o 4 World Trade Center foram abertos.[13][110][111] Dois meses depois, em 26 de maio de 2016, os passageiros da PATH passaram a contar com uma passagem subterrânea direta para o Fulton Center e a estação Cortlandt Street–Church Street.[112] A entrada da estação no local do 2 World Trade Center foi inaugurada em 21 de junho de 2016, e a entrada temporária no 7 World Trade Center foi fechada cinco dias depois.[113][16] Mais uma entrada foi aberta ao público quando o Westfield World Trade Center foi inaugurado em 16 de agosto.[17][18] No dia 8 de setembro de 2016, foram abertos os banheiros na parte sul do mezanino. As duas últimas plataformas da estação, as Plataformas C e D, também foram inauguradas, assim como a passagem permanente do saguão Oeste.[8][16] Em 19 de dezembro, a passagem subterrânea direta com a estação World Trade Center do metrô de Nova Iorque, no nordeste do complexo, foi reaberta.[114][49] Após o aniversário de 17 anos dos ataques de 11 de setembro em 2018, a selagem de borracha do teto de vidro do Oculus quebrou.[115] Como resultado, durante o 18º aniversário em 2019, o teto não pode ser aberto como planejado.[69][116] Incidentes notáveisEm 13 de outubro de 2016, ocorreu o primeiro nascimento dentro do Oculus.[117] Uma mulher estava caminhando pela estação com seu marido quando ela entrou em trabalho de parto, e acabou dando à luz no chão.[118] Outra mulher havia tido um parto anteriormente dentro da antiga estação da PATH em agosto de 2015.[119] Poucos meses depois, em 11 de fevereiro de 2017, ocorreu a primeira morte dentro da estação.[120] Uma mulher de Nova Jérsei, Jenny Santos, caiu de uma escada rolante. Inicialmente foi noticiado que ela estava tentando pegar o chapéu de sua irmã que havia caído, mas perdeu o equilíbrio e caiu;[121] mais tarde foi revelado que ela "estava brincando de voar" enquanto estava se apoiando no corrimão da escada rolante.[122] Após sua morte, foram levantadas dúvidas acerca da segurança dos corrimões de 1,02 m de altura.[122] Conexões de transporte públicoO terminal foi projetado para conectar o sistema da PATH ao metrô de Nova Iorque. O serviço 1, que passa pela estação, teve sua linha reconstruída no local para passar por cima do mezanino da PATH.[123] A estação WTC Cortlandt, que foi reconstruída, foi aberta em setembro de 2018 e tem acesso direto ao terminal.[124] Também há uma passagem direta ao complexo de estações Chambers Street–World Trade Center/Park Place/Cortlandt Street.[123] A estação Cortlandt Street–Church Street, dos serviços N, R e W, também tem acesso ao terminal. Além disso, a passagem Dey Street conecta a estação com o Fulton Center, fornecendo acesso aos serviços 2, 3, 4, 5, A, C, E, J, N, R, W e Z. Uma outra passagem, conhecida como saguão Oeste, conecta a estação com o Brookfield Place e o terminal de balsas Battery Park City.[125] Entre setembro de 2003 e abril de 2004, a Lower Manhattan Development Corporation, a Metropolitan Transportation Authority, a Autoridade Portuária e a New York City Economic Development Corporation conduziram um estudo de viabilidade do Projeto Ferroviário Lower Manhattan–Jamaica/JFK. O novo serviço usaria a linha Atlantic da Long Island Rail Road até o centro do Brooklyn e partir daí um túnel para Lower Manhattan, encurtando o tempo de viagem até o Aeroporto Internacional John F. Kennedy.[126][127] O projeto foi descartado em 2008 antes que um relatório de impacto ambiental pudesse ser feito.[128] Desde setembro de 2018[update], os serviços incluem:[129]
O complexo de estações Fulton Street (onde o Fulton Center foi inaugurado em novembro de 2014) fica a dois quarteirões de distância do terminal e é totalmente acessível à deficientes.[123] O complexo tem acesso aos seguintes serviços:[123]
Na extremidade nordeste da estação está a saída para a estação World Trade Center do metrô de Nova Iorque. As portas e a rampa de acessibilidade originais, bem como o corredor para o primeiro World Trade Center, sobreviveram aos ataques de 11 de setembro.[49] A estação em si não foi danificada, mas foi coberta por poeira e posteriormente fechada.[50] O corredor foi aberto para fornecer uma conexão acessível entre a estação temporária da PATH e a estação do metrô, mas foi novamente fechada quando a estação temporária fechou para a reconstrução.[50] A passagem foi então coberta com madeira compensada a fim de preservá-la.[114] A conexão renovada, que liga o Oculus à estação do metrô e com o Westfield World Trade Center, foi aberta em 19 de dezembro de 2016.[49][50] O corredor recentemente aberto manteve a mesma aparência de antes dos ataques, com exceção de uma porta pintada com as palavras "MATF 1 / 9 13" (uma mensagem da equipe que vasculhou o Ground Zero em 13 de setembro de 2001). Há uma placa acima que explica a mensagem.[114] A PATH foi obrigada a manter a aparência original do corredor como uma das condições para receber financiamento para construir o Oculus e outras estações, de acordo com a Lei de Preservação Histórica Nacional. A passagem só passou a ser acessível novamente em 2017, já que haviam 26 degraus entre o mezanino e o Oculus.[114] A rota M55 de ônibus circula ao norte pela Church Street e pela 6ª Avenida para Midtown, e ao sul para South Ferry pela Broadway.[130] Notas
Referências
Ligações externas
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