Eleições estaduais em Minas Gerais em 1978
As eleições estaduais em Minas Gerais em 1978 ocorreram em duas etapas conforme determinava o Pacote de Abril: em 1º de setembro houve a via indireta na qual a ARENA elegeu o governador Francelino Pereira, o vice-governador João Marques e o senador Murilo Badaró. A fase seguinte aconteceu em 15 de novembro a exemplo dos outros estados brasileiros e nela o MDB elegeu o senador Tancredo Neves enquanto a ARENA conseguiu a maioria das cadeiras dentre os 47 deputados federais e 71 estaduais que foram eleitos e nela os mineiros residentes no Distrito Federal escolheram seus representantes por força da Lei nº 6.091 de 15 de agosto de 1974.[1][2][nota 1] Nascido em Angical do Piauí, o advogado Francelino Pereira residiu em Amarante, Teresina e Fortaleza antes de chegar a Belo Horizonte onde ingressou na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais onde presidiu o Centro Acadêmico Afonso Pena.[3] Eleito vereador em Belo Horizonte pela UDN em 1958, graduou-se um ano depois, prestou consultoria para a prefeitura da capital mineira, assessorou Rondon Pacheco, então secretário de Justiça, e o governador Magalhães Pinto. Eleito deputado federal em 1962, foi porta-voz do político do governo mineiro e com o bipartidarismo imposto pelo Regime Militar de 1964 filiou-se à ARENA e foi reeleito em 1966, 1970 e 1974. Eleito presidente nacional da legenda no dia 21 de setembro de 1975 em substituição a Petrônio Portela,[4] estava no exercício do cargo quando o presidente Ernesto Geisel o escolheu governador de Minas Gerais.[5] Seu companheiro de chapa foi o advogado João Marques. Antes de ingressar na política o mesmo foi serventuário da Justiça e professor no Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé.[6][nota 2] Originário do antigo PSD, é dono de um cartório em Contagem[7] e após o bipartidarismo elegeu-se deputado estadual via ARENA em 1970 e 1974 sendo escolhido vice-governador de Minas Gerais em 1978. Resultado da eleição para governadorO Colégio Eleitoral de Minas Gerais possuía ao todo 1.512 membros dos quais 1.354 compareceram. Houve trinta e quatro abstenções e dois votos nulos na eleição para governador.[5]
Eleito
Biografia dos senadores eleitosMurilo BadaróNatural de Minas Novas, o advogado Murilo Badaró formou-se na Universidade Federal de Minas Gerais em 1955. Filho de Francisco Badaró Júnior, integrou o PSD elegendo-se deputado estadual em 1958 e 1962. Após a outorga do bipartidarismo rumou para a ARENA e foi secretário de Governo a convite do governador Israel Pinheiro.[8] Eleito deputado federal em 1966, 1970 e 1974, conquistou um mandato de senador por via indireta em 1978 do qual afastou-se nos últimos meses do governo João Figueiredo quando foi ministro da Indústria e Comércio.[6][9][nota 3] Tancredo NevesO resultado da eleição direta para senador apontou a vitória de Tancredo Neves. Mineiro de São João del-Rei, graduou-se advogado em 1932 na Universidade Federal de Minas Gerais.[10] Promotor de justiça, elegeu-se vereador em sua cidade natal em 1935, mas teve o mandato extinto por obra do Estado Novo. De volta à política através do PSD, foi eleito deputado estadual em 1947 e deputado federal em 1950.[10] Durante o segundo governo Getúlio Vargas foi ministro da Justiça e nesse cargo presenciou os fatos que levaram ao suicídio do presidente. Encerrado o seu mandato apoiou a candidatura vitoriosa de Juscelino Kubitschek à presidência da República em 1955. Nos anos seguintes dirigiu a Carteira de Redescontos do Banco do Brasil e foi secretário de Fazenda no governo Bias Fortes. Derrotado por Magalhães Pinto na disputa pelo governo de Minas Gerais em 1960, foi, por um curto período, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Mediante um acordo político que assegurou a posse de João Goulart como presidente da República, assumiu o cargo de primeiro-ministro em 8 de setembro de 1961 exercendo-o até 1962 quando foi eleito deputado federal. Consumada a vitória do Regime Militar de 1964 rumou para o MDB reelegendo-se em 1966, 1970 e 1974 e obteve um mandato de senador em 1978.[11][12] Suplente efetivadoAlfredo CamposNatural de Abaeté, o pecuarista Alfredo Campos formou-se advogado pela Universidade Federal de Minas Gerais em 1967. Membro da UDN, integrou o governo Magalhães Pinto como oficial de gabinete da presidência do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais. Vice-presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, trabalhou na Fundação Mineira de Educação e Cultura. Procurador do MDB junto ao Tribunal Superior Eleitoral a partir de 1975, foi candidato a senador numa sublegenda do partido em 1978 e, ao final da apuração, tornou-se o primeiro suplente de Tancredo Neves, sendo efetivado com a eleição do mesmo para governador de Minas Gerais em 1982.[13][14] Resultado da eleição para senadorMandato biônico de oito anosResultado correspondente à votação obtida no Colégio Eleitoral.
Eleito
Mandato direto de oito anosConforme o Tribunal Superior Eleitoral houve 3.405.374 votos nominais (76,35%), 656.165 votos em branco (14,71%) e 398.606 votos nulos (8,94%), resultando no comparecimento de 4.460.145 eleitores.[1][16][17][18][19][nota 4]
Eleito
Deputados federais eleitosSão relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados. Deputados estaduais eleitosForam escolhidos 71 deputados estaduais para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Notas
Referências
|
Portal di Ensiklopedia Dunia