Eleições estaduais em Minas Gerais em 1955
As eleições estaduais em Minas Gerais em 1955 aconteceram em 3 de outubro como parte das eleições gerais em nove estados cujos governadores exerciam um mandato de cinco anos.[1][nota 1][nota 2] Descendente de tradicional família política, o advogado José Francisco Bias Fortes nasceu em Barbacena e formou-se na Universidade Federal de Minas Gerais.[2] Vereador em sua cidade natal, integrou o Partido Republicano Mineiro e por esta legenda foi eleito deputado estadual em 1914, 1918 e 1922. Após a eleição de Antônio Carlos Ribeiro de Andrada para o Senado Federal em 1924, surgiu uma vaga na bancada mineira e assim Bias Fortes elegeu-se deputado federal em 1924, mas renunciou para assumir a Secretaria de Segurança a convite de Andrada, que em 1926 se elegeu governador de Minas Gerais. Eleito deputado federal pouco antes da Revolução de 1930, passou a fazer oposição a Getúlio Vargas. Eleito deputado federal em 1933, assinou a Constituição de 1934 e foi reeleito nesse mesmo ano. Nomeado prefeito de Barbacena por conta do Estado Novo, ingressou no PSD com o enfraquecimento do regime e foi eleito deputado federal em 1945 subscrevendo a Constituição de 1946. Derrotado por Milton Campos ao disputar o governo mineiro em 1947, foi ministro da Justiça nos meses finais de Eurico Gaspar Dutra como presidente da República. A seguir tornou-se presidente da Caixa Econômica Federal no segundo mandato de Getúlio Vargas e venceu a eleição para governador de Minas Gerais em 1955.[3] Mineiro de Viçosa, o advogado Artur Bernardes Filho é formado na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Fiscal do governo mineiro junto ao Banco Hipotecário e Agrícola após a vitória da Revolução de 1930, foi secretário-geral da Presidência da República no governo de seu pai, Artur Bernardes.[4][5] Membro do Partido Republicano Mineiro, apoiou a Revolução Constitucionalista de 1932 em oposição a Getúlio Vargas, o que lhe rendeu uma temporada na prisão. Anistiado pela Constituição de 1934, ele e o pai foram eleitos deputados federais no referido ano, mas deixaram a política em virtude do Estado Novo. Novamente preso e deportado, Artur Bernardes Filho pôde voltar ao país depois de algum tempo e foi trabalhar como industrial e também assessor jurídico da Companhia de Seguros Equitativa do Brasil. Seu regresso à política aconteceu em 1943 como subscritor do Manifesto dos Mineiros. Em 1945 ele e o pai foram eleitos deputados federais via PR e sob tal condição assinaram a Constituição de 1946. Eleito e reeleito senador em 1947 e 1950, Bernardes Filho renunciou ao mandato ao ser eleito vice-governador de Minas Gerais em 1955.[6] Por conta da renúncia acima descrita, a vaga de senador em aberto foi entregue ao médico Péricles Pinto da Silva. Nascido em Curvelo, formou-se em 1930 pela Universidade Federal de Minas Gerais com especialização em clínica geral e ginecologia.[7] Em 1935 foi eleito vereador em sua cidade natal, mas teve seu mandato extinto pelo Estado Novo. Filiado ao PR alcançou uma suplência de deputado federal em 1945, chegando a exercer o mandato, e em 1950 elegeu-se suplente de senador e quando o titular renunciou após as eleições de 1955, foi efetivado.[8] Fato lastimoso na eleição mineira foi a morte do senador Lúcio Bittencourt num acidente aéreo em Itaobim[nota 3] em 9 de setembro de 1955 no qual morreram ainda o piloto e dois membros de sua comitiva. Candidato ao governo estadual pelo PTB, seu desaparecimento obrigou a legenda a substituí-lo por Gentil Nascimento e causou a efetivação de Lima Guimarães como senador.[9][10][11] Resultado da eleição para governadorSegundo o Tribunal Superior Eleitoral houve 1.237.149 votos nominais (94,55%), 33.808 votos em branco (2,58%) e 37.481 votos nulos (2,87%) resultando no comparecimento de 1.308.438 eleitores.[1][nota 4]
Eleito
Resultado da eleição para vice-governadorSegundo o Tribunal Superior Eleitoral houve 1.220.991 votos nominais (93,32%), 43.480 votos em branco (3,32%) e 43.967 votos nulos (3,36%) resultando no comparecimento de 1.308.438 eleitores.[1][nota 4]
Eleito
Notas
Referências
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