Eleição municipal de Belo Horizonte em 1996
A eleição municipal de Belo Horizonte em 1996 ocorreu entre os dias 3 de outubro e 15 de novembro do mesmo ano, para a eleição de um prefeito, um vice-prefeito e mais 37 vereadores. O prefeito titular era Patrus Ananias (PT), que terminara seu mandato em 1 de janeiro do ano seguinte. A eleição em 1996 teve 3 principais candidatos: os situacionistas Virgílio Guimarães (PT), que era vereador da cidade, e o vice de Patrus, o doutor Célio de Castro (PSB), que disputavam a sucessão da administração petista na cidade, e o candidato do governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), e da presidência da república, o vereador e secretário da Casa Civil do governo Azeredo, Amílcar Martins (PSDB). Candidatos
Resultado da eleiçãoO candidato petista Virgílio Guimarães liderava as primeiras pesquisas ainda antes do começo da campanha, porém o candidato tucano Amílcar Martins tomou a dianteira em um cenário político favorável ao PSDB e com uma campanha eficiente no rádio e TV, chegando a liderar as pesquisas no começo da campanha eleitoral. Enquanto isso, o vice-prefeito Célio de Castro, que até então estava em colocações baixas nas pesquisas, demostrou constante crescimento durante a campanha, chegando a disputar o segundo lugar como o PT, enquanto Amílcar, que liderava as pesquisas, não demonstrava mais tanto crescimento e se fixou nos 20-28% dos votos nas pesquisas, em meio a denúncias de suspeitas de abuso econômico e de participação direta do governo estadual em sua campanha. Ao final da campanha do primeiro turno, o Doutor Célio, com uma campanha simples comparada as do PT e PSDB, deu uma disparada final e liderou as pesquisas nessa reta final, uma vez que não era rejeitado ao contrário desses 2 partidos antes citados, e mesmo em meio aos ataques da campanha do PSDB e até mesmo do próprio PT, alegando que a sua campanha era milionária e que estava sendo financiada pelo ex-governador Newton Cardoso (PMDB), a essa altura muito impopular, Célio conseguiu vencer o primeiro turno com uma diferença de quase 15% dos votos para o segundo colocado, Amílcar Martins, que ficou com uma pequena vantagem do terceiro colocado, Virgílio Guimarães, porém não alcançou mais de 50% dos votos, assim sendo, Célio e Amílcar foram disputar o segundo turno.
Segundo turno Com as pesquisas iniciais do segundo turno dando extrema vantagem para Célio, com o Doutor estando com quase 70% das intenções de voto e Amílcar com apenas 20%, a campanha do tucano, tentando reverter a situação desfavorável, fez mudanças na equipe da campanha e uma reunião com figuras importantes do PSDB em Belo Horizonte, como Marcello Alencar, José Aníbal e Arthur Virgílio, o que não ajudou a frear a dianteira do Doutor Célio. No fim da disputa eleitoral, a campanha tucana explorou uma entrevista que Célio havia dado em um canal pela TV á cabo, onde expuseram trechos da entrevista formando a narrativa de que ele era a favor da descriminação do aborto e das drogas, porém a campanha de Célio replicou dizendo que a entrevista foi deturpada e, com a entrevista sendo reexibida, as pesquisas, com Célio na dianteira, mostrou um alinhamento da população com a réplica da campanha do candidato pelo PSB e mais descontentamento com o candidato tucano. Com a apuração do segundo turno encerrada, Célio venceu Amílcar com uma diferença de exatamente 53% dos votos (ou 560 mil votos), com Amílcar ficando com 30 mil votos a menos no segundo turno do que no primeiro.[2]
Eleito(a)
ReferênciasEleições em BH: em 1996, ‘Doutor BH’ enfrentou Amilcar Martins |
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