Colonização portuguesa de África
A colonização portuguesa de África foi o resultado dos descobrimentos e começou com a ocupação das Ilhas Canárias ainda no princípio do século XIV[1]. A primeira ocupação dos portugueses na África foi a conquista de Ceuta em 1415[2][3]. Mas a verdadeira "descoberta" de África iniciou-se um pouco mais tarde, mas ainda no século XV. Em 1460, Diogo Gomes descobre Cabo Verde[2] e segue-se a ocupação das ilhas ainda no século XV, povoamento este que se prolongou até ao século XIX. Durante a segunda metade do século XV os portugueses foram estabelecendo feitorias nos portos do litoral oeste africano. No virar do século, Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança, abrindo as portas para a colonização da costa oriental da África pelos europeus[2][3]. A partir de meados do século XVI (1558), os ingleses, os franceses e os holandeses duelaram com os portugueses pelas melhores zonas costeiras para o comércio de escravos. Os portugueses continuaram com Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Angola, Guiné Equatorial e Moçambique. A colonização portuguesa de África, em particular dos territórios do interior verifica-se essencialmente no século XIX, após a assinatura do Tratado de Berlim em 1885. Entre outros territórios Portugal reivindicou, apresentando para tal o mapa cor-de-rosa, a região onde hoje se localizam Angola e Moçambique e os territórios entre estes ligando os Oceanos Atlântico e Oceano Indico. No entanto, as reinvindicações portuguesas chocavam com os interesses ingleses de ligar Cairo (Egito) a Cabo (África do Sul) através de linhas ferroviárias[4][5]. Esta situação culminou no Ultimato Britânico de 1890, com Portugal abdicando desta ligação no Tratado Anglo-Português de 1891.[5] A abdicação levaria ao aumento da contestação contra a Monarquia, que já se apresentava enfraquecida socialmente.[4]
Referências
Bibliografia
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