Século XV

O século XV foi o século do calendário juliano que decorreu de 1 de janeiro de 1401 até 31 de dezembro de 1500.

Na Europa, o século XV foi visto como a ponte entre o final da Idade Média e o início do Renascimento e da Idade Moderna. Muitos desenvolvimentos tecnológicos, sociais e culturais levou a Grande Divergência que levou algumas nações europeias dominassem o mundo nos séculos vindouros. Em termos religiosos, o papado romano foi dividido em dois durante várias décadas (Grande Cisma do Ocidente), uma crise que só terminou com o Concílio de Constança. A divisão da Igreja Católica e o surgimento do movimento hussita são factores que mais tarde levariam à Reforma Protestante no século seguinte.

Constantinopla, a atual Istambul, então capital do Império Bizantino, é conquistada pelos muçulmanos otomanos, marcando o fim do influente Império Bizantino, um evento que a maior parte dos historiadores marcam como o final da Idade Média e o começo da Idade Moderna.[1] Este evento forçou as potencias comerciais europeias a procurar uma nova rota comercial para o Extremo Oriente, o que deu mais ímpeto ao que já começava a surgir como a Era dos Descobrimentos, que levaria ao descobrimento e mapeamento de todo o globo pelas potências europeias. Explorações realizadas pelos portugueses e pelos espanhóis levou à descoberta do continente americano e de uma rota, através do Cabo da Boa Esperança, até à Índia, isto na última década do século. Estas duas descobertas levaram aos impérios coloniais portugueses e espanhóis.

A queda de Constantinopla levou à migração de intelectuais gregos e muitos textos para Itália, enquanto Johannes Gutenberg inventava um mecanismo de cópia de textos, o que levou à prensa móvel. Estes dois eventos desempenharam importantes catalisadores para o desenvolvimento do Renascimento.[2][3]

Na Península Ibérica, a reconquista levou à queda do Reino Nacérida em 1492, terminando assim uma ocupação muçulmana na península que já durava há séculos.

A Guerra dos Cem Anos terminou com uma vitória decisiva dos franceses contra a Inglaterra. Problemas financeiros na Inglaterra depois desta conflito resultaram na Guerra das Duas Rosas, uma série de conflitos dinásticos pelo trono de Inglaterra. Os conflitos terminaram com a derrota de Ricardo III da Inglaterra por Henrique VII na Batalha de Basworth Field, estabelecendo a dinastia Tudor no poder.

Na Ásia, o Império Timúrida entrou em colapso e a dinastia Lodi (de origem afegã) foi fundada sob o Sultanato de Déli. A China, sob o Imperador Yongle, que mandou construir a Cidade Proibida e mandou o navegador Zheng He explorar o mundo além-mar, o território da Dinastia Ming alcançou a sua extensão máxima.

Em África a expansão do Islamismo leva à destruição dos reinos cristãos da Núbia, sendo que no final do século apenas restava Alódia (que também colapsaria em 1504). O vasto Império do Mali estava à beira do colapso, sob pressão do emergente Império Songai.

No continente americano, tanto o Império Inca como o Império Asteca alcançaram o seu pico de influência e desenvolvimento.

Invenções, descobertas e introduções

Anos

1401 | 1402 | 1403 | 1404 | 1405 | 1406 | 1407 | 1408 | 1409 | 1410
1411 | 1412 | 1413 | 1414 | 1415 | 1416 | 1417 | 1418 | 1419 | 1420
1421 | 1422 | 1423 | 1424 | 1425 | 1426 | 1427 | 1428 | 1429 | 1430
1431 | 1432 | 1433 | 1434 | 1435 | 1436 | 1437 | 1438 | 1439 | 1440
1441 | 1442 | 1443 | 1444 | 1445 | 1446 | 1447 | 1448 | 1449 | 1450
1451 | 1452 | 1453 | 1454 | 1455 | 1456 | 1457 | 1458 | 1459 | 1460
1461 | 1462 | 1463 | 1464 | 1465 | 1466 | 1467 | 1468 | 1469 | 1470
1471 | 1472 | 1473 | 1474 | 1475 | 1476 | 1477 | 1478 | 1479 | 1480
1481 | 1482 | 1483 | 1484 | 1485 | 1486 | 1487 | 1488 | 1489 | 1490
1491 | 1492 | 1493 | 1494 | 1495 | 1496 | 1497 | 1498 | 1499 | 1500

Referências

  1. Crowley, Roger (2006). Constantinople: The Last Great Siege, 1453. [S.l.]: Faber. ISBN 0-571-22185-8  (reviewed by Foster, Charles (22 de setembro de 2006). «The Conquestof Constantinople and the end of empire». Contemporary Review. Cópia arquivada em 22 de agosto de 2009. It is the end of the Middle Ages 
  2. Encyclopædia Britannica, Renaissance, 2008, O.Ed.
  3. McLuhan 1962; Eisenstein 1980; Febvre & Martin 1997; Man 2002