Ciência e tecnologia na ItáliaA Itália tem uma longa presença na ciência e tecnologia, do Renascimento à época Romana. Através dos séculos, a Itália tem avançado na comunidade científica, e produziu grandes invenções e descobertas na biologia, física, química, matemática, astronomia e outras ciências. Atualmente a Itália é o sexto maior produtor de artigos científicos do mundo, a frente do Japão e atrás da Alemanha; gerando mais de 155 mil documentos no ano de 2019[2] e com mais de 2 milhões de documentos gerados entre 1996 e 2020.[3] HistóriaEngenharia romanaNo primeiro século d.c. Roma tinha se tornada a maior e mais avançada cidade do mundo. Os antigos Romanos criaram novas tecnologias para melhorar os sistemas de saneamento, estradas e edifícios da cidade. Eles desenvolveram um sistema de aquedutos que canalizava água doce para a cidade e construíram esgotos que eliminavam os resíduos da cidade. Os romanos mais ricos viviam em grandes casas com jardins. A maioria da população, no entanto, vivia em apartamentos de edifícios feitos de pedra, concreto ou de pedra calcária. Os Romanos desenvolveram novas técnicas e usara materiais, tais como o solo vulcânico de Pozzuoli, uma aldeia perto de Nápoles, para fazer do seu cimento mais duro e mais forte. Este concreto, permitiu-lhes construir grandes edifícios de apartamentos chamados de insulae. Ciência na RenascençaA itália teve uma "idade de ouro" científica durante o Renascimento. Leonardo da Vinci foi treinado para ser um pintor, mas seus interesses e realizações espalharam-se em uma surpreendente variedade de campos que são agora considerados especialidades científicas. Ele concebeu ideias muito à frente de seu tempo. Notavelmente, ele inventou os conceitos para o helicóptero, veículos armados de combate, o uso de energia solar concentrada, a calculadora, uma teoria rudimentar das placas tectônicas, o casco duplo, e muitos outros, usando a inspiração de ideias chinesas.[6] Além disso, ele avançou grandemente nos campos de conhecimento em anatomia, astronomia, engenharia civil, óptica e hidrodinâmica. O cientista Galileu Galilei é considerado o primeiro cientista moderno.[7] Sua obra constitui uma quebra significativa daquelas de Aristóteles, filósofos e cientistas medievais (que foram então referidos como "filósofos naturais"). As realizações de Galileu incluem melhorias no telescópio, várias observações astronômicas, e a formulação inicial para a primeira e segunda leis do movimento. Galileu foi suprimido pela Igreja Católica, mas foi um dos fundadores da ciência moderna.[8] Início da era modernaDentre os destaques, tem-se o astrônomo Giovanni Domenico Cassini, que fez muitas descobertas importantes sobre o Sistema Solar; o físico Alessandro Volta, que inventou a bateria elétrica, fornecendo, assim, pela primeira vez, uma constante fonte de corrente elétrica; os matemáticos Giuseppe Peano, Lagrange, Fibonacci, e Gerolamo Cardano, cujo Ars Magna é geralmente reconhecido como o primeiro tratamento moderno de matemática, e fez avanços fundamentais para o campo; Marcello Malpighi, um médico e fundador da anatomia microscópica; o biólogo Lazzaro Spallanzani, que realizou pesquisas importantes nas funções corporais, reprodução animal e teoria celular; o médico, patologista, cientista e laureado pelo Prêmio Nobel Camillo Golgi, cujas muitas realizações incluem a descoberta do aparelho de Golgi, e o seu papel em preparar o caminho para a aceitação da doutrina do Neurônio; Giulio Natta, prêmio Nobel pela polimerização de plásticos. FísicaGuglielmo Marconi recebeu o Prêmio Nobel de Física, em reconhecimento ao seu trabalho para o desenvolvimento da telegrafia sem fio.[9] Dentre outras figuras notáveis incluem o físico Enrico Fermi, que descobriu as estatísticas de Fermi–Dirac, descreveu o decaimento beta, estabeleceu as propriedades de nêutrons lentos, e construiu o primeiro reator nuclear. Fermi desempenhou um papel importante na construção da primeira bomba atômica.[10] Um de seus assistentes, Bruno Pontecorvo, era também um agente Soviética, que desertou para a União Soviética, em 1950, onde ele continuou a sua pesquisa.[11] InstituiçõesPrincipais universidades
Instituições internacionaisPersonalidades de destaqueEntre os cientistas se destacam Galileo Galilei, o fundador da ciência moderna e[14] e Leonardo da Vinci, um dos grandes gênios da humanidade;[15] pintor, escultor, engenheiro, arquiteto, anatomista, musicista e inventor,[16] representa no Renascimento Italiano, o espírito universalista que o leva a maiores formas de expressão nos diversos campos da arte e do conhecimento.[15] Ciências matemáticas, físicas e naturaisMatemáticaNo curso da Idade Média e do Renascimento, Leonardo Fibonacci introduz os algarismos indo-arábicos, Niccolò Tartaglia resolve a equação cúbica e Girolamo Cardano e Paolo Ruffini contribuem para o desenvolvimento da álgebra. A partir do século XVIII, diversos matemáticos italianos contribuem com a nova disciplina da análise matemática: entre os quais Giuseppe Luigi Lagrange, fundador da mecânica analítica, Giuseppe Peano, notável pelo Teorema da existência de Peano e os axiomas de Peano, que ainda constituem um dos capítulos fundamentais da lógica e dos fundamentos da matemática, Jacopo Riccati, Ulisse Dini, Vito Volterra, Guido Fubini, Renato Caccioppoli, Eugenio Beltrami, Giuseppe Bruno, Ennio De Giorgi e Enrico Bombieri; a Bruno de Finetti é atribuída a reformulação dos fundamentos da probabilidade e estatística. Nos séculos XIX e XX se desenvolveram a escola italiana de geometria algébrica e geometria diferencial (os trabalhos de Luigi Bianchi, Tullio Levi-Civita e Gregorio Ricci-Curbastro forneceram a Albert Einstein os instrumentos matemáticos para a formulação da Teoria da relatividade geral). FísicaNo campo da física, o já citado Galileo, suportador do Sistema heliocêntrico e da Revolução copernicana,[14] que introduziu o método científico e a invariância de Galileu, destacam-se Alessandro Volta, Luigi Galvani, Augusto Righi e Eugenio Beltrami pelas descobertas e aplicações relativas da eletricidade, enquanto que a Galileo Ferraris devemos a descoberta do campo magnético rotativo, fenômeno de base do motor elétrico. Nos anos 1900s se ressaltam as figuras de Guglielmo Marconi, inventor do rádio, Enrico Fermi (e os rapazes da Via Panisperna) pelas contribuições na física nuclear, Emilio Segrè, descobridor do antipróton, Bruno Rossi pela pesquisa dos raios cósmicos, Carlo Rubbia no âmbito da física subnuclear e Riccardo Giacconi pela descoberta de fontes cósmicas de raios-x, todos laureados pelo prêmio Nobel de física. O estudioso Nicola Cabibbo contribui com a teoria sobre a interação fraca no campo da física de partículas, para o qual a Itália dispõe do Laboratório Nacional do Gran Sasso, o laboratório subterrâneo mais extenso do mundo.[17] Federico Faggin por sua vez contribuiu de maneira essencial para os microprocessadores. QuímicaContribuições importantes são dadas por cientistas como Stanislao Cannizzaro, inventor da reação de Cannizzaro, no âmbito da química orgânica, Ascanio Sobrero, inventor da nitroglicerina, Giacomo Fauser e Luigi Casale, idealizadores de um processo de síntese do amoníaco difuso em todo o mundo e de Amedeo Avogadro, aquele que introduziu o conceito de mol e o número de Avogadro, No Âmbito da química industrial, se distingue Giulio Natta, prêmio Nobel pela química pelos seus estudos de polímeros.[18] MedicinaA tradição médica italiana tem origens medievais, com a Escola Médica Salernitana, a primeira e mais importante instituição do mundo medieval.[19] Gabriele Falloppio descobriu as estruturas das trompas de Falópio; Marcello Malpighi formula a teoria de funcionamento dos pulmões e a estrutura dos corpúsculos renais; Giovanni Battista Morgagni é considerado o fundador da anatomia patológica contemporânea; a teoria da transmissão da malária pelos mosquitos é feita primeiramente pelo médico Giovanni Maria Lancisi e Lazzaro Spallanzani, que refuta a teoria da geração espontânea; no século XX, existem médicos de destaque como Camillo Golgi (descobridor do complexo de Golgi), Daniel Bovet, Salvador Luria, Renato Dulbecco, Rita Levi-Montalcini (com trabalhos sobre os fatores de crescimento) e Mario Capecchi, todos laureados pelo prêmio Nobel de medicina. Ciências humanasEconomiaNo âmbito econômico dos anos 1700s e 1800s, se destacam as figuras de Pietro Verri, fundador do jornal Il Caffè, de Gian Rinaldo Carli, de Quintino Sella, Ministro das finanças de três governos e presidente da Academia Nacional dos Linces e de Vilfredo Pareto. No século XX, destacam-se Francesco Saverio Nitti, respeitado economista e político notório por seus estudos sobre a Questão Meridional. Luigi Einaudi, intelectual e economista, além de ser o segundo presidente da república italiana; Piero Sraffa, que no livro Produção de mercadorias por meio de mercadorias critica o marginalismo; Franco Modigliani, vencedor do prêmio Nobel pela economia em 1985; Paolo Sylos Labini, Federico Caffè e Tommaso Padoa-Schioppa, que já foi Ministro da economia italiano e dirigente do Fundo Monetário Internacional. GeografiaO interesse pela exploração geográfica, que nos anos 1200s levou Marco Polo a China seguindo a Rota da Seda, atinge o ápice nos séculos XV e XVI, período das grandes navegações, nas quais o italiano Cristóvão Colombo realiza a primeira viagem dos europeus as Américas, época de Giovanni Caboto, que chega ao atual Canadá pela Nova Escócia, de Américo Vespucci, que explora o Novo Mundo e que em sua homenagem o continente é batizado com seu nome. Giovanni da Verrazzano explora a costa atlântica norte-americana. No século XX, Umberto Nobile, a bordo do dirigível Norge, é a primeira pessoa a sobrevoar o pólo norte. Laureados com Nobel
Ver tambémReferências
Leitura complementar
Ligações externas
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