Capitão Derrite
Guilherme Muraro Derrite (Sorocaba, 10 de outubro de 1984), mais conhecido como Capitão Derrite, é um policial militar e político brasileiro, filiado ao Partido Liberal (PL).[2] É deputado federal por São Paulo desde 2019 e atual Secretário de Segurança Pública de São Paulo no governo Tarcísio de Freitas. TrajetóriaNas eleições de 2018, foi eleito deputado federal por São Paulo, sendo reeleito em 2022.[3][4] Ele é conhecido por sua passagem pela Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA), da qual foi afastado por excesso de letalidade.[5][6] É oficial da reserva da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP), comandou pelotão da ROTA, de 2013 a 2015 e contribuiu para a formação de mais de mil policiais militares no Curso de Formação de Soldados da PMESP. Prestou concurso interno e passou a servir no Corpo de Bombeiros, onde atuou como porta-voz durante o incêndio e desabamento do prédio no Largo do Paissandu, em 2018. Em outubro de 2018, foi eleito deputado federal por São Paulo. Desde o início da Legislatura, compôs as comissões mais relevantes da casa, como a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e a Comissão de Constituição e Justiça. Em seu primeiro mandato, aprovou projetos de lei como o PLP 150, que deu origem à Lei Complementar 191, para a retomada da contagem de tempo de serviço dos profissionais da segurança pública e saúde. Aprovou também o PL 6579/13, de sua relatoria, que acaba com as saídas temporárias de presos no Brasil, entre outros três projetos que foi coautor. Desenvolveu o plano de governo durante a campanha do atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e atualmente é Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Desempenho Eleitoral
Carreira política no estado de São PauloÉ o atual secretário da Pasta da Segurança Pública do Estado de São Paulo na gestão de Tarcísio de Freitas,[8] empossado em 1.º de janeiro de 2023.[9] Sua gestão foi duramente criticada pelo aumento exponencial de 98% nos índices de violência policial[10] a qual foi atrelada à percepção de impunidade aos agentes policiais que cometeram crimes ou agiram com abuso de poder, mesmo dentro da corporação.[11] A gestão também foi amplamente condenada em razão do caso do jovem Marcelo do Amaral, que teve imagens suas gravadas sendo jogado de uma ponte por um Policial Militar [12], bem como pelas ações extremamente letais empregadas na Baixada Santista no início de 2024[13]. Em 6 de dezembro de 2024, os deputados estaduais da oposição da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo protocolaram um pedido de impeachment contra Guilherme Derrite. O pedido foi feito após o aumento de casos de violência policial ocorridos no estado.[14] Também em dezembro de 2024, os deputados estaduais Emídio de Souza e Ivan Valente entraram com ações na Justiça de São Paulo para pedir a suspensão da Ouvidoria Setorial criada pela Secretaria da Segurança Pública, sob a gestão de Guilherme Derrite. A ação pede a suspensão da Resolução 66/2024, que criou o novo aparelho, além da intimação para o Ministério Público de São Paulo acompanhar a questão. Para o deputado, a nova ouvidoria viola princípios constitucionais, e representa um “retrocesso administrativo”. Isso porque, uma vez vinculado diretamente à Secretaria de Segurança Pública, o novo aparelho não teria autonomia garantida, como acontece com a já existente Ouvidoria das Polícias. Além da falta de independência, o pedido aponta que a existência de duas ouvidorias irá gerar uma ambiguidade para o cidadão, desestimulando denúncias contra casos de má conduta policial. Segundo o texto, a criação da “ouvidoria paralela” mina o controle social sob a polícia e fragiliza a credibilidade das instituições públicas. A chamada “ouvidoria paralela” vem sendo questionada por entidades de direitos humanos que a veem como uma tentativa de esvaziamento da Ouvidoria das Polícias — órgão cuja função é receber denúncias, sugestões, reclamações, entre outros, envolvendo os agentes de segurança pública, com autonomia administrativa para apuração de violações.[15][16] Notas
Referências
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