Adriano Castellesi
Adriano Castellesi, também conhecido por Cardeal Adriano, Corneto ou Adriano di Castello (Corneto, 10 de junho de 1453 – Veneza, dezembro de 1521) foi um cardeal e escritor italiano. BiografiaCastellesi nasceu em Corneto, atual Tarquinia na região do Lácio. Foi enviado pelo Papa Inocêncio VIII para conciliar Jaime III da Escócia com seus súditos. Enquanto na Inglaterra, em 1503, foi nomeado por Henrique VII para a sé de Hereford, e no ano seguinte para a diocese mais lucrativa de Bath e Wells, mas ele nunca residiu em qualquer uma delas.[1][2][3] Retornando a Roma, tornou-se secretário de Alexandre VI e foi feito por ele cardeal (31 de maio de 1503).[4] Um homem de reputação duvidosa,[5] confidente e protegido de Alexandre, pagou ao papa uma grande quantia em dinheiro para a sua promoção.[6] Castellesi serviu de facto como cardeal protetor da Inglaterra, apesar de não ter sido nomeado. Comprou uma vigna em Borgo perto do Vaticano, e nela ergueu um palácio suntuoso, segundo os projetos de Bramante (hoje é conhecido como Palazzo Torlonia), e foi ali, no verão de 1503, que entreteve o papa e César Bórgia em um banquete que durou até o anoitecer, apesar da insalubre temporada do ano, quando a malária em sua forma mais maligna era abundante. Dos três, o cardeal Adriano foi o primeiro a ficar doente, o papa sucumbiu uma semana depois.[7] A história do envenenamento do papa deve ser relegado ao reino da ficção.[8] Logo após a eleição do Papa Leão X, o cardeal foi implicado na conspiração do Cardeal Petrucci contra o papa, e confessou sua culpa, mas o perdão foi oferecido apenas na condição do pagamento de 25 000 ducados.[9] Adriano fugiu de Roma e foi posteriormente deposto do cardinalato. Já em 1504 deu de presente o seu palácio a Henrique VII, para servir de residência para o embaixador inglês para a Santa Sé. Quando Henrique VIII ocupou o trono da Inglaterra, por não simpatizar com Adriano, doou o palácio para o Cardeal Campeggio. Adriano primeiro fugiu para Veneza.[10] Nada de sua história posterior é conhecida com certeza. Diz-se que foi assassinado por um funcionário, quando em seu caminho para o conclave, que elegeu o Papa Adriano VI.[11] Obras selecionadasComo escritor, foi um dos primeiros a devolver ao latim a sua pureza original. Entre suas obras estão:
Notas
Referências
Leituras adicionais
|
Portal di Ensiklopedia Dunia