Wilson Grey
Wilson Grey, nome artístico de Wilson Chaves (Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 1923 – Rio de Janeiro, 3 de outubro de 1993), foi um ator brasileiro de cinema, teatro e televisão. Considerado um dos melhores atores do cinema nacional e o artista que mais fez filmes no Brasil, Grey participou de 150 a 250 longas-metragens. BiografiaPrimeiros anosTeve a vontade de ser ator desde cedo. Não obteve graduação na área, tendo diversas profissões antes de ingressar na carreira artística, como anotador do jogo do bicho e até entregador de refeição de prostitutas.[1][carece de fonte melhor] Em 1942, Grey entrou para o Teatro do Estudante, de Paschoal Carlos Magno, após ter várias ocupações, algumas delas à margem da lei. Fazia trabalhos administrativos no teatro durante o dia, e à noite figurava no elenco de Hamlet, em um pequeno papel de soldado, sem fala.[2] CarreiraCinemaGrey começou sua carreira cinematográfica em 1948, com Hóspedes da Noite, de Ugo Lombardi, e não parou mais.[3] Participou de vários filmes produzidos pela Atlântida, na época áurea das chanchadas, invariavelmente no papel de vilão, ao lado de José Lewgoy. Seu tipo franzino e sua voz bem característica faziam dele um ator perfeito para interpretar o malandro carioca, personagem recorrente do cinema brasileiro das décadas de 1940 e 1950.[4][2] Após a estreia, atuou em dois filmes, em 1952, Amei Um Bicheiro e Carnaval Atlântica. E seguiu atuando em muitos filmes por ano, num período que o cinema era mais simples e fazer um grande número de gravações anuais era possível. Em 1953, fez mais dois longas, A Dupla do Barulho e Balança Mas Não Cai. Em 1954, dobrou o número, com quatro filmes, entre eles O Petróleo é Nosso.. Em 1955, fez mais cinco, incluindo Chico Viola Não Morreu. Seguiu com vários filmes por ano, chegando a sete em 1958, recorde que seria batido em 1970, quando fez oito filmes, repetindo os sete de 1958 em 1971. Bateria mais uma vez o recorde em 1975, quando fez nada mais que doze filmes em um ano. Entre os anos 1950 e 1970, manteve a média de dois filmes por ano, com anos que passava de quatro ou cinco filmes.[2] Fontes afirmam que contracenou em entre 150 e 250 filmes.[5][6] Também considerava que seu recorde era mundial, mas a imprensa norte-americana especializada sempre o atribuía a um ator da Índia.[2] De acordo com a Folha de S.Paulo, "Este rol mostra a importância que o próprio Grey hasteava, dizendo ser o "recordista mundial em participações em filmes". Podia ser verdade, mas o fato é que sempre foi o ator coadjuvante, o pano-de-fundo da trama, lembrado pelo público, sim, mas sempre atrás de Oscarito e Anselmo Duarte, por exemplo."[7] Entretanto, em 1982, Wilson Grey faz seu primeiro papel principal, o professor Expedito Vitus em O Segredo da Múmia, com o qual ganhou o Candango de Melhor Ator, no Festival de Brasília.[8][9] Além das "chanchadas", Grey participou de filmes marcantes do cinema brasileiro, como Memórias do Cárcere[10] e o O Beijo da Mulher Aranha. Ainda estava na ativa, às vésperas de completar setenta anos, quando morreu.[carece de fontes] Em 1996, foi lançado postumamente seu último filme, O Lado Certo da Vida Errada.[11] Grey afirmou em entrevistas que seu papel em Vai Trabalhar, Vagabundo era "vagamente autobiográfico".[carece de fontes] TelevisãoApesar da longa carreira cinematográfica, Wilson Grey fez poucos papeis na televisão. Como destaque, foi um crupiê na minissérie A, E, I, O... Urca, da Rede Globo[12] e atuou também no programa Os Trapalhões e na novela Guerra dos Sexos.[13] Vida pessoalEra casado com Maria Vieira de Sá Chaves, com quem teve dois filhos: Gildete e Giovânio. Sofreu uma isquemia cardíaca em 1989, e dois AVC's em 1990. Faleceu em 1993, vítima de infarto, no Rio de Janeiro. Foi sepultado no Cemitério de São João Batista, em Botafogo.[carece de fontes] FilmografiaTelevisão
Referências
Ligações externas
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