Volta a Burgos Nota: Para a versão feminina, veja Volta a Burgos Féminas.
Volta a Burgos
A Volta a Burgos é uma competição ciclista por etapas de uma duração inferior a uma semana que se disputa na província de Burgos (Espanha), em mês de agosto. Foi criada em 1946, tendo uma segunda edição no ano seguinte, no entanto seria necessário esperar pela década de 1980 pela realização da terceira edição, retomada graças à iniciativa de Gregorio Moreno,[1] que viria a ser o seu diretor de corrida durante 17 anos. Entre 1981 e 1986 disputou-se como corrida amadora, e depois como corrida completamente profissional desde 1987. Após alguns anos classificada entre as melhores voltas (com a máxima classificação dentro das corridas de uma semana), a partir da criação dos Circuitos Continentais UCI em 2005 foi introduzida no UCI Europe Tour, logo abaixo do UCI Pro Tour, apesar de manter a sua qualificação de 2.hc. Relativamente ao percurso da corrida, normalmente o vencedor da geral costuma-se decidir na etapa que tem a subida final nas Lagoas de Neila (subida de categoria especial). Também se costuma realizar um contrarrelógio, bem como uma etapa de média montanha. Entre os finais de etapa costumam-se encontrar as cidades de Burgos, Medina de Pomar, Miranda de Ebro ou Roa. Atualmente está organizada pela Diputación Provincial de Burgos e o ciclista mais galardoado é o vasco Marino Lejarreta, com quatro títulos. Em 2015 impulsionou-se uma corrida amadora feminina para diferentes categorias com o nome de Challange Volta a Burgos Féminas e com a primeira etapa em linha pontuável para a Copa da Espanha de Ciclismo feminina (Troféu Muniadona, criado em 2014)[2][3] a qual se convidou na Volta a Burgos Féminas que passou a fazer parte do calendário internacional feminino da UCI no ano 2019. HistóriaA Volta a Burgos fundou-se no ano 1946, ainda que não teve continuidade já que só se disputou dois anos consecutivos. Já na década dos anos oitenta a prova ciclista fixou os seus alicerces e desde 1981 se realiza cada ano. Até 1986 estava considerada como um Open de Ciclismo (prova aberta) no entanto ao ano seguinte, em 1987, atingiu a faixa de Profissional Internacional. O grande dominador desta época foi Marino Lejarreta, que conseguiu se impor durante três anos seguidos (1986, 1987 e 1988) e de novo dois anos mais tarde em 1990.[4] Este ciclista biscaiano segue sendo o mais laureado. Durante a década dos anos noventa e princípios do novo século, a Volta a Burgos viveu os seus anos dourados com grandes estrelas do ciclismo entre os seus participantes. Pedro Delgado, Alex Zülle, Abraham Olano (que ganhou duas Voltas consecutivas em 1998 e 1999) ou Tony Rominger são alguns dos corredores que se adjudicaram a ronda burgalesa nesta década. Outros participantes como Miguel Indurain ou Lance Armstrong não chegaram a ganhar a prova, mas a sua presença foi sem dúvida um sinal da importância da corrida. Nestes anos a Volta a Burgos estava considerada como uma das melhores voltas com a máxima catalogação dentro das carreiras de uma semana. Com a criação em 2005 dos Circuitos Continentais UCI, as voltas ciclistas foram diferenciadas segundo faixas. A Volta a Burgos ficou englobada na UCI Europe Tour, um grau abaixo das UCI Pro Tour (máxima categoria); apesar de, depois de uma reestruturação das categorias, subir a sua qualificação de 2.1 a 2.hc (a maioria de antigas .HC ascenderam ao Pro Tour). Esta descida de categoria foi um duro golpe para a carreira, e muitos patrocinadores, televisões e equipas renunciaram a sua presença. Em 2009, a Diputación Provincial de Burgos (a organizadora) não assegurou a realização da ronda por falta de apoios económicos, ainda que finalmente saiu adiante.[5] No entanto, com o passar dos anos, inclusive tem conseguido se impor em categoria e prestígio à Volta a Portugal que se disputa em similares datas e apesar de também ascender à categoria 2.hc teve que descer à 2.1 devido a problemas económicos.[6] PercorridoO percurso da Volta a Burgos tem ido variando com os anos. Em 1999 ascendeu-se pela primeira vez ao alto de San Juan do Monte, um porto curto de terceira categoria cujas últimas rampas superam os 9% em media e com máximas de 14%. Desde então quase cada ano uma etapa tem acabado em dito porto próximo a Miranda de Ebro.[7][8] Em 2008, a organização tomou a decisão de variar o tradicional final da Volta a Burgos na capital burgalesa. Desde aquela edição são as Lagoas de Neila, e seu porto de categoria especial com rampas de 15%,[9] quem acolhe a última etapa, excepto em 2014 que acabou com uma contrarrelógio em Aranda de Duero. Em 2011 renovou-se de novo no percurso adjudicando todos os finais de etapa, excepto um, em alto. Aos já tradicionais ascensões a San Juan do Monte e às Lagoas de Neila, se uniram a ascensão ao castelo de Burgos e à cidade romana de Clunia.[10] Maillots de líderPara facilitar o reconhecimento dos líderes das diferentes classificações, este costuma vestir um maillot com uma cor determinada, como sucede com os líderes da geral na Volta a Espanha (maillot vermelho), no Tour de France (maillot amarelo) e no Giro d'Italia (maglia rosa).
PalmarésClassificações e outros dadosPalmarés por países
EstatísticasMais vitórias gerais
Ver tambémReferências
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