Vadeca
Vadeca foi uma editora discográfica portuguesa fundada no Porto, com ligações à família Valentim de Carvalho. Era propriedade da J.C. Donas Lda, fundada em 1941, que também detinha o selo Discos Roda desde 1969[1].[2][3] HistóriaA meio da década de quarenta a Valentim de Carvalho renegociou o seu contrato com a multinacional EMI, passando a ser o único distribuidor nacional, com liberdade para selecionar e gravar no mercado português. Como consequência ocorreu a abertura de um estabelecimento comercial no Porto – a Vadeca – como resultado da falta de concorrência direta, passando pouco depois a editar discos.[4] A Discos Roda aparece em 1969. Julio Iglesias, Mocedades e Shocking Blue são alguns dos lançamentos da editora. Julio Iglesias chegou mesmo a gravar alguns dos temas em Português. Representava em Portugal editoras internacionais como a R&B Records, a Alhambra ou a brasileira RGE. Um dos nomes em maior destaque foi Roberto Leal. Linucha, Artur Garcia, Carlos Zel e Fátima Caldeira são alguns exemplos de artistas nacionais. As lojas de discos Vadeca eram cinco em 1978. Sendo três no Porto (Rua 31 de Janeiro, Av. Boavista e Shopping Brasília) e outras em Lisboa (Drugstore Alvalade) e Coimbra (Rua Ferreira Borges). [5] Também foi representante da editora Virgin tendo lançado por exemplo Mike Oldfiel, OMD, Tangerine Dream ou a compilação "Machines" de 1980. [6]), Alguns dos artistas portugueses mais importantes da editora Vadeca foram Manuela Bravo (vitória no Festival da Canção com "Sobe Sobe Balão Sobe"), Adelaide Ferreira ("Baby Suicida" e "Trânsito"), Street Kids, Go Graal Blues Band (discografia entre 1983 e 1984), IODO, Frodo, Roxigénio, NZZN, TNT, Brigada Victor Jara ("Marcha Dos Foliões" de 1982 e a compilação "10 Anos (A Cantar Portugal)" de 1985), entre outros.[2] Um dos diretores da editora era Ilídio Viana que por pouco assinava com os UHF antes de estes irem para a Valentim de Carvalho. O selo português Roda Rock apareceu com o boom do rock português embora os lançamentos mais importantes dessa altura sejam na Vadeca.[7] Após o encerramento da editora, em 1986, a J.C. Donas e a marca Vadeca continuaram a existir mas virando-se apenas para a atividade de prestação de serviços na área da limpeza, ambiente e Jardins.[3] Apesar da habitual confusão [8] a atividade da Vadeca era distinta da editora Valentim de Carvalho e consequentemente da Emi-Valentim de carvalho ou mais tarde das Edições Valentim de Carvalho (Popular, Norte Sul, etc). Referências
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