União de Centro Democrático Nota: Para o partido argentino, veja União do Centro Democrático.
A Unión de Centro Democrático ("União de Centro Democrático"), UCD, foi uma coligação política e posteriormente um partido político espanhol de centro, cujo líder foi Adolfo Suárez. FundaçãoFormou-se como coligação em Maio de 1977, durante a transição posterior à ditadura franquista. A UCD reuniu os seguintes partidos, com os seus respectivos líderes:
A coligação era liderada por Adolfo Suárez. Os seus principais componentes declaravam-se democrata-cristãos, liberais, socialdemocratas ou independentes, sendo estes últimos frequentemente elementos procedentes do regime franquista. Posteriormente, a 4 de Agosto de 1977, transformou-se num partido político. Os anos de governo (1977-1982)UCD governou Espanha de 1977 até 1982. Nas Eleições Gerais de 15 de Junho de 1977 obteve 6 310 391 votos (34,4%) e 166 cadeiras. Pôde governar devido ao apóio parlamentar e ao consenso estabelecido tanto com AP como com o PSOE e o PCE. Foi um dos principais partidos impulsionadores da Constituição de 1978, tendo entre as suas filas 3 dos 7 redatores constitucionais. Em Março de 1979 voltou a ganhar as eleições com maioria simples, obtendo 6 268 593 votos (34,8%) e 168 deputados. Legislatura ConstituinteA Legislatura Constituinte da Espanha começa a 19 de Junho de 1977, após o triunfo por maioria simples da UCD nas eleições gerais. O novo governo, presidido por Adolfo Suárez González, viria a culminar o processo de Transição Espanhola desenvolvido no país após a morte de Francisco Franco ao propiciar a redação da Constituição espanhola de 1978. As novas Cortes inauguraram-se a 22 de Julho. I Legislatura da EspanhaA I Legislatura da Espanha (ou II, se incluirmos a Constituinte), começa a 1 de Março de 1979, após o triunfo por maioria simples da UCD nas eleições gerais. O novo governo seria presidido por Adolfo Suárez até a sua demissão (29 de Janeiro de 1981), sendo o seu substituto Leopoldo Calvo-Sotelo após a frustrada tentativa de golpe de Estado do 23 de Fevereiro desse ano. Pela sua vez, o PSOE ficaria como o principal partido da oposição e nas municipais, PSOE e PCE ganhariam a maioria dos municípios das grandes cidades. DissoluçãoA razão fundamental do seu desaparecimento foram os conflitos internos, que causaram a renúncia à Presidência do Governo de Suárez em Janeiro de 1981, substituindo-o até o fim da legislatura Leopoldo Calvo-Sotelo. Pela sua vez, terminou sendo um partido com escassa popularidade e ampla recusa, devido ao aumento do desemprego, a grave inflação e a geral crise económica que vivia o país. Nas Eleições Gerais de 1982, nas quais venceu por maioria absoluta o PSOE, apresentou como candidato a Landelino Lavilla, e somente obteve 1 425 093 votos (6,7%) e 11 cadeiras. Após a sua renúncia, Adolfo Suárez formou o Centro Democrático e Social (CDS), que competiu com UCD nas eleições de 1982 e do qual seria presidente até 1991. Pela sua vez, Francisco Fernández Ordóñez integrou-se junto ao seu grupo socialdemocrata no PSOE. Pelo outro lado, o Partido Democrata Popular ou o Partido Liberal coligar-se-iam com Aliança Popular, acabando por se integrar neste partido e ocupando o espaço do centro-direita. Por conseguinte, a UCD foi dissolvida a 18 de Fevereiro de 1983. A base eleitoral da UCD nutriu simetricamente nas eleições de 1982 as duas principais formações da esquerda e a direita, o Partido Socialista e Aliança Popular, a qual, após ter-se refundado em 1990 com o nome de Partido Popular, passaria a capitalizar uma porção ainda maior do eleitorado centrista. O CDS também se dissolveu em 2005. Resultados EleitoraisEleições legislativas
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