Thelephorales

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Sarcodon imbricatus
Sarcodon imbricatus
Classificação científica
Reino: Fungi
Filo: Basidiomycota
Classe: Agaricomycetes
Ordem: Thelephorales
Corner ex Oberw. (1976)
Famílias

Thelephorales é uma ordem de fungos da classe Agaricomycetes. Esta ordem inclui fungos corticioides e fungos hidnoides, bem como algumas espécies de poliporos e clavarioides. Todos os fungos de Thelephorales são ectomicorrízicos. Nenhum deles possui grande importância económica, embora Sarcodon imbricatus seja comestível e comercializado, enquanto que outras espécies podem ser usadas para produzir corantes artesanais.

Taxonomia

História

Ainda que Thelephorales tenha sido referida de passagem por E.J.H. Corner em 1968,[1] esta ordem não seria publicada formalmente até 1976, quando o micologista alemão Franz Oberwinkler a descreveu pela primeira vez como incluindo as famílias Thelephoraceae e Bankeraceae. Tal como foi originalmente concebida, as espécies desta ordem tinham basidiocarpos com formas diversas, mas partilhavam várias características comuns, sobretudo semelhanças na forma dos basidiósporos (na sua maioria espinados e lobados) e semelhanças na cor dos basidiocarpos, relacionada com a presença de derivados de ácido telefórico, e frequentemente acompanhados de reacções azuis a esverdeadas com álcalis.[2]

Situação actual

Pesquisas moleculares, baseadas na análise cladística de sequências de ADN, apoia o fundamento morfológico de Thelephorales, indicando que esta ordem forma um agrupamento distinto dentro de Agaricomycetes, próximo de Polyporales.[3][4][5]

Distribuição e habitat

Todos os fungos desta ordem são ectomicorrízicos, formando associações mutuamente benéficas com raízes de árvores vivas.[3] A distribuição de Thelephorales é cosmopolita. De acordo com uma estimativa de 2008, esta ordem contém 18 géneros e mais de 250 espécies.[6]

Relevância económica

Sarcodon imbricatus é uma espécie comestível, recolectada para venda em mercados locais em alguns países e recolectada de forma comercial na China para exportação como produto seco.[7] Polyozellus multiplex é também comestível e recolectado para venda na América do Norte.[8] Várias espécies de Thelephorales são usadas actualmente para obter corantes artesanais para , incluindo Hydnellum caeruleum na América do Norte,[9] Sarcodon squamosus na Escandinávia,[10] e Thelephora palmata na Escócia.[11]

Referências

  1. Corner EJH. (1968). «A monograph of Thelephora». Beihefte zur Nova Hedwigia. 27: 1–110 
  2. Stalpers JA. (1993). «The Aphyllophoraceous fungi I. Keys to the species of the Thelephorales». Studies in Mycology. 35: 1–168  http://www.cbs.knaw.nl/publications/1035/content/txt_035.htm
  3. a b Hibbett DS. (2006). «A phylogenetic overview of the Agaricomycotina». Mycologia. 98: 917–925. doi:10.3852/mycologia.98.6.917  http://www1.univap.br/drauzio/index_arquivos/Myco09.pdf Arquivado em 6 de julho de 2011, no Wayback Machine.
  4. Hibbett DS, et al. (2007). «A higher level phylogenetic classification of the Fungi». Mycological Research. 111 (5): 509–547. PMID 17572334. doi:10.1016/j.mycres.2007.03.004 
  5. Matheny PB, et al. (2007). «Contributions of rpb2 and tef1 to the phylogeny of mushrooms and allies (Basidiomycota, Fungi)». Molecular Phylogenetics and Evolution. 43: 430–451. doi:10.1016/j.ympev.2006.08.024 
  6. Kirk PM, Cannon PF, Minter DW, Stalpers JA (2008). Dictionary of the Fungi 10th ed. Wallingford: CABI. pp. 12–13. ISBN 0-85199-826-7 
  7. «Cópia arquivada». Consultado em 31 de janeiro de 2017. Arquivado do original em 7 de julho de 2011 
  8. Berch SM, Cocksedge W (2003). Commercially important wild mushrooms and fungi of British Columbia: what the buyers are buying. Technical Report 006 (PDF). Victoria, British Columbia: British Columbia Ministry of Forests Science Program. pp. 1, 5. ISBN 0-7726-4932-4 
  9. Tom Volk's Fungus of the Month for August 2003 http://botit.botany.wisc.edu/toms_fungi/aug2003.html
  10. Johannesson H, Ryman S, Lundmark H, Danell E (1999). «Sarcodon imbricatus and S. squamosus — two confused species». Mycological Research. 103: 1447–1452. doi:10.1017/S0953756299008709  http://www-mykopat.slu.se/Newwebsite/mycorrhiza/kantarellfiler/texter/sarcodon.pdf Arquivado em 4 de agosto de 2007, no Wayback Machine.
  11. «Cópia arquivada». Consultado em 31 de janeiro de 2017. Arquivado do original em 11 de março de 2012