Tartaruga-aligator
A tartaruga-aligátor[3] (nome científico: Macrochelys temminckii) é uma espécie de tartaruga de água doce (também chamadas de cágados) da família Chelydridae. É uma das duas espécies do género Macrochelys, a outra é a Macrochelys suwanniensis[4][5], e pertence à mesma família da Tartaruga-mordedora.[6] A tartaruga-aligátor habita os rios, lagos e pântanos do sul dos Estados Unidos da América.[7] O nome "tartaruga-aligátor" fica-se a dever de sua potente mordida, já que o aligátor-do-mississipi possui uma das mordidas mais fortes do planeta e habita o mesmo ambiente.[8][9] AspectoÉ o maior cágado do mundo, podendo alcançar 80 centímetros de comprimento, podendo ultrapassar os 100 quilos.[10] Caracteriza-se pela carapaça escura e achatada, de placas, exornada com três cristas espinhosas, de consideráveis dimensões, posicionadas longitudinalmente.[11] As placas da carapaça, à guisa do que acontece com as dos aligátores, crescem ao longo da vida da tartaruga.[12] A isto acresce que esta tartaruga se reveste de algas, amiúde, por molde a camuflar-se.[12] Mantendo-se imóvel no fundo de um lago ou pântano, a tartaruga-aligátor espera pacientemente até que uma presa se aproxime para a abocanhar com as suas poderosas mandíbulas.[10] Hábitos e alimentaçãoApesar de maior do que sua parente, a tartaruga-mordedora, a tartaruga-aligator é menos agressiva.[13] Este animal possui um apêndice curioso preso à língua, que lembra uma minhoca ou outro verme, e que lhe serve de engodo para apanhar peixes e outros animais.[10] Imóvel e camuflada por entre as algas no leito dos lagos e dos rios, a tartaruga-aligátor permanece com a boca aberta debaixo de água e agita a língua, que lhe serve de engodo, de maneira a atrair as presas directamente para dentro da boca.[14] Segue uma dieta omnívora, que consiste mormente de peixe, pese embora inclua praticamente tudo aquilo que consigam apanhar, desde carcaças de animais mortos, a invertebrados aquáticos, anfíbios, pequenos répteis e até tartarugas de menor envergadura.[13]É uma espécie tendencialmente noctívaga, pelo que costuma caçar mais ativamente à noite.[13] Tem uma esperança de vida que ronda os 20 a 30 anos, sendo certo que já foram documentadas ocorrências de indivíduos com até 70 anos ou mais.[15] ReproduçãoDesovam de 8 a 52 ovos (com uma média de 25 ovos) com cerca de 37 a 45 mm de comprimento, 37 a 40 mm de largura e com 24 a 36 gramas de peso, que demoram cerca de 82 a 140 dias para eclodirem e em média apenas 78% dos ovos apenas eclodem (a temperatura influencia no tempo e desenvolvimento dos ovos, um aumento leve na temperatura de incubação diminuí o tempo de incubação). A incubação dos ovos pode ser feita naturalmente nas margens de lagos ao ar livre ou em sistemas artificiais de incubação (obtendo assim maior eficiência) com uma mistura de vermiculita e água, em proporções iguais, para a deposição dos ovos, mantendo assim níveis de humidade na ordem dos 90%, sendo que o recipiente deverá permanecer fechado e com temperatura constante variando apenas entre os 25 e os 30 °C, os ovos apodrecidos e inférteis devem ser retirados. Temperaturas próximas de 29 e 30 °C nascem maior percentual de fêmeas e temperaturas próximas de 25 e 26°C nascem maior percentual de machos. As tartaruguinhas nascem com 39 a 42 mm de comprimento de carapaça, com 34 a 38 mm de largura de carapaça, com 57 a 61 mm de comprimento de cauda e 18 a 22 gramas de peso. Quando ainda são pequenas, os seus como principais predadores são as aves, alguns peixes de maiores dimensões, mamíferos e crocodilos.[11] Atingem a maturidade sexual entre 11 e 13 anos de idade. [9] TaxonomiaO nome científico Macrochelys temminckii resulta da combinação do nome Macrochelys aglutinação dos étimos gregos «makros», que significa «grande» e «khelus» que significa «tartaruga».[16] Quanto ao epíteto específico, temminckii, trata-se de uma remissão a Coenraad Jacob Temminck, aristocrata e zoólogo holandês.[16] Referências
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