Sete Sábios![]() Os Sete Mestres Sábios (também chamados Sete Sábios ou Sete Reis Magos) é um compêndio de histórias com origem no sânscrito, persa ou hebreu. ![]() História e enredoO Sultão envia o filho, o jovem Príncipe, a ser educado longe da corte nas sete artes liberais por Sete Mestres Sábios. De volta à corte, a madrasta, a imperatriz, tenta seduzir o Príncipe. Afim de protegê-lo, Sindibad, o grande-mestre dos Sete Sábios impõe-lhe uma semana de silêncio. Entretanto, a imperatriz tenta convencer o marido a sentenciar o Príncipe à morte, acusando-o de sete histórias que ela relata ao imperador em vão; cada relato seu é refutado pelos Sete Mestres Sábios liderados por Sindibad. Finalmente, o príncipe cumpre o voto de silêncio, a verdade é exposta e a malvada imperatriz é executada.[1] Este quadro narrativo serviu como forma permeável de transmissão de contos para públicos diferentes. OrigensO ciclo de histórias, que figura em muitas línguas europeias, é de origem oriental. [1] Uma coleção análoga existe em sânscrito, atribuída ao filósofo indiano Syntipas no primeiro século AC, embora o original indiano seja desconhecido. Outras origens sugeridas são o persa (visto que os primeiros textos sobreviventes são em persa) e hebraico (uma cultura com contos semelhantes, como o de José na Bíblia). História posteriorContam-se centenas de textos europeus sobreviventes.[2] Normalmente contêm quinze contos, um de cada sábio, sete da madrasta e um do príncipe; embora a estrutura seja preservada, apenas quatro dos contos europeus mais comuns têm correspondente na versão oriental.[3] Passando do Oriente através do árabe, persa, siríaco e grego, a obra foi conhecida como O Livro de Sindibd e traduzida do grego para o latim no século XII por Jean de Hauteseille (João de Alta-Silva), um monge da abadia de Haute-Seille perto de Toul, com o título de Dolopathos (ed. Hermann Österley, Estrasburgo, 1873). Este compêndio foi traduzido para o francês cerca de 1210 por um trovador chamado Herbers, intitulado Li romans de Dolopathos. Outra versão francesa, Li Romans des sept sages, veio dum original diferente, em latim.[1] Os livros com capítulos em alemão, inglês, francês e espanhol do compêndio, resultam por sua vez doutro original ainda, também em latim. Três romances métricos provavelmente baseados no francês ou occitano e datando do século XIV, existem em inglês. O mais importante deles é The Sevyn Sages, de John Rolland de Dalkeith, editado para o Bannatyne Club (Edimburgo, 1837).[1] Legado literárioEsta coleção posteriormente forneceu contos que circularam nas tradições orais e escritas. Giovanni Boccaccio usou muitos deles na sua famosa obra, o Decamerão. O romance em latim obteve grande difusão no século XV, e Wynkyn de Worde imprimiu uma versão em inglês cerca de 1515. Ver:
EstóriasA coleção de lendas poderá ter dado origem ao tipo de contos de Aarne-Thompson-Uther ATU 671, "As Três Línguas".[4] A lenda narra um humilde rapaz do Povo, que entende a linguagem dos animais, os quais contam entre si que o rapaz há-de vir a ser o Senhor daquela terra no futuro. Os pais ao ouvir tal afronta, expulsam-no de casa. Após uma série de aventuras, o rapaz torna-se rei ou papa e decide voltar à família. Os pais servem-no com água e toalha e ele finalmente revela-lhes a sua identidade.[5] Ver também
Referências
Bibliografia
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