Rubens Borba de Moraes
Rubens Borba de Moraes (Araraquara, 23 de janeiro de 1899 – Bragança Paulista, 2 de setembro de 1986) foi um bibliotecário, bibliógrafo, bibliófilo, historiador, pesquisador brasileiro e separatista paulista, fundador do jornal O Separatista, que defendia a independência do estado de São Paulo em 1932.[1] Foi um dos organizadores da Semana de Arte Moderna, professor, pioneiro da biblioteconomia no país e diretor da biblioteca da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque. Desde 1987, o Conselho Regional de Biblioteconomia da 1ª Região, confere a Medalha Rubens Borba a profissionais de destaque.[2] BiografiaSua família era tradicional em São Paulo, descendente de Borba Gato. Embora nascido no Brasil, cedo foi estudar na Europa. Assim, desde os nove anos estuda em Paris e Genebra, retornando ao país em 1919. Escrevia, nessa época, melhor em francês do que no idioma natal, a ponto de ter vários de seus escritos traduzidos por amigos como Mário de Andrade. [3] Participava com Oswald e Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Tácito e Guilherme de Almeida, Di Cavalcanti e outros, de reuniões em que se engendrava o movimento modernista. Um dos organizadores da Semana de Arte Moderna de 22, dela não participou por estar doente. [3] Fundou na capital paulista um jornal opositor ao Partido Republicano Paulista, chamado “Diário Nacional”, e lutou na Revolução de 1932. [3] Trabalhou inicialmente (1924) como guarda-livros (contador) na Recebedoria de Rendas da cidade de São Paulo, mas em 1935 é colocado à disposição do Departamento de Cultura e de Recreação da prefeitura de São Paulo, onde irá dirigir a Biblioteca Municipal de São Paulo, hoje Biblioteca Mário de Andrade. Funda o curso de biblioteconomia da prefeitura de São Paulo (1936) o qual, três anos depois, é incorporado pela Escola de Sociologia e Política de que foi um dos fundadores. Ajudou a organizar a nova sede da Biblioteca Municipal de São Paulo e depois dirigiu a Biblioteca Nacional, em ambas encontrando oposição, política numa, burocrática na outra. Saindo desta última, foi logo contratado pela Organização das Nações Unidas para dirigir o seu Serviço de Informações e a Biblioteca, em Paris e Nova Iorque – cargo que ocupou até sua aposentadoria.[3] Retorna a São Paulo onde fica algum tempo, até ser convidado para lecionar na Universidade de Brasília. Dali mudou-se para Bragança Paulista, onde veio a falecer, legando o rico acervo de obras raras que colecionara ao longo da vida na Europa e América ao amigo e também bibliófilo, José Mindlin. [3][4] Rubens Borba de Moraes foi membro da Academia Paulista de Letras[5] tendo ocupado a caseira n, 4,. ObrasDentre as publicações de Borba de Moraes destacam-se:
Referências
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