Rosângela Mendes
Rosângela Mendes Alves (Matipó, 4 de março de 1955),[1] mais conhecida simplesmente como Rosângela Mendes, é uma professora e política brasileira. Filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), foi vereadora (de 1998 a 2004) e primeira prefeita mulher do município de Coronel Fabriciano, tendo exercido o cargo do Poder Executivo entre 2013 e 2016. Origem e formaçãoRosângela Mendes Alves nasceu em Caputira, na época distrito do município brasileiro de Matipó,[2] no interior de Minas Gerais.[1] Aos nove anos de idade se mudou para Coronel Fabriciano, onde estudou, casou-se em 1974 com seu esposo Erly, com quem teve três filhos, e trabalhou como professora. Quando jovem participou de grupos estudantis e encontros. Nos anos seguintes atuou como voluntária em projetos sociais e centros de recuperação de viciados em álcool e drogas.[3] Vida pública e políticaRosângela integrou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT) na década de 1980.[3] Em 1997, foi indicada como Secretária de Educação, Cultura, Esportes e Lazer de Coronel Fabriciano na gestão de Chico Simões.[4] Contraiu o cargo de vereadora em 1998, sendo reeleita nas eleições de 2000 com 839 votos para a legislatura 2001–2004.[5] A política tentou se reeleger ao cargo Legislativo nas eleições municipais de 2004, tendo conseguido 666 votos, mas foi eleita apenas como suplente.[6] Em janeiro de 2005, tomou posse como Secretária de Governo e Comunicação Social, sob novo mandato de Chico Simões.[4][7] Nas eleições municipais de 2012, Rosângela Mendes foi eleita prefeita de Coronel Fabriciano com 52,05% dos votos válidos, à frente do candidato José Célio de Alvarenga (PCdoB), que obteve 47,95% dos votos e ficou em segundo lugar. Com isso, a política exerceu a gestão 2013–2016 como sendo a primeira mulher a ocupar o cargo do Poder Executivo municipal,[7] ao lado de Bruno Torres como vice-prefeito.[8] Sua eleição também deu continuidade a mais quatro de um total de 12 anos consecutivos do Partido dos Trabalhadores à frente da prefeitura, sucedendo a Chico Simões, que foi eleito em 2004 e reeleito em 2008 e portanto exerceu a chefia do Executivo de 2005 a 2012.[9] Nas eleições desse ano o PT conseguiu eleger prefeitos nos quatro municípios da Região Metropolitana do Vale do Aço, antigo reduto eleitoral do partido.[10] Enquanto era prefeita também foi presidente da Associação de Municípios pelo Desenvolvimento Integrado (AMDI), envolvendo algumas cidades do Vale do Aço e colar metropolitano.[11] Tentou a reeleição nas eleições municipais de 2016, mas ficou na segunda colocação com 29,09% dos votos válidos. Dessa forma, foi sucedida por Marcos Vinícius (PSDB), que venceu a votação com 46,63% dos votos. Na terceira colocação ficou José Célio (PCdoB), que disputava seu terceiro pleito consecutivo como candidato a prefeito em Coronel Fabriciano, obtendo 22,15% dos votos.[9] A derrota do PT ocorreu nos quatro principais municípios da Região Metropolitana do Vale do Aço, que tinham prefeitos petistas tentando a reeleição.[10] Posteriormente Rosângela exerceu função na Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do Aço (ARMVA).[12] Candidatou-se a vereadora em 2020, filiada ao PT, porém não foi eleita, com 956 votos.[13] Prefeitura de Coronel FabricianoDurante a gestão da prefeita foi iniciada a construção da Avenida Maanaim, desafogando o trânsito do interior do perímetro urbano e reduzindo um trajeto de 8 km para 1,7 km.[17] Entre 2014 e 2015 ocorreu a construção de um Centro de Artes e Esportes Unificados (CEUs) no bairro Melo Viana.[18][19] Em março de 2015, sancionou o dia 3 de março como "Dia Municipal da Esposa do Pastor", projeto de lei de autoria da vereadora Andreia Botelho que causou polêmica e questionamentos quanto a sua necessidade. Sobre as críticas, a prefeita afirmou que a medida "não é inconstitucional" e a prefeitura alegou que houve análise da procuradoria-geral, que por sua vez "não detectou nenhum vício de formalidade".[20][21] A gestão de Rosângela Mendes também investiu na passagem da tocha dos Jogos Olímpicos de 2016 em Coronel Fabriciano, o que ocorreu em 12 de maio daquele ano.[22] Já em junho de 2016, poucos meses antes de tentar sua reeleição, anunciou um pacote de obras prevendo intervenções e pavimentação em diversas ruas da cidade, além de reformas em escolas municipais.[23] Em seu mandato, Rosângela Mendes prosseguiu com o chamado "Parque Linear", iniciado no governo de Chico Simões.[24] Essa obra previu inicialmente intervenções em todo o leito urbano do ribeirão Caladão, que corta a cidade, abrangendo mais de 9 km.[16] Houve obras em redes de drenagem como parte da "primeira etapa", ainda em 2011,[25] enquanto que um trecho de 1 km do ribeirão recebeu contenção, espaços de lazer, pista de caminhada e a praça do Parque Linear em suas margens, como parte da "segunda etapa".[14][15][26] Tal fase, correspondente à extensão da Avenida Julita Pires Bretas, foi executada entre abril de 2012[14] e junho de 2016.[15] A finalização das obras foi a principal contestação em âmbito municipal dos protestos de junho de 2013, que reuniram 3 mil pessoas em uma manifestação que percorreu as principais ruas da cidade no dia 20 daquele mês.[27] Além da delonga, as enchentes que continuaram a ocorrer[28][29] e os custos elevados geraram repulsa.[30][31] A morosidade na execução e desconfianças quanto à qualidade e gastos levaram à formação de uma CPI exclusiva para a construção em 2016.[32][33][34] A prefeita negou irregularidades.[33] Ver tambémReferências
Ligações externas
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