República Manhuassu
República Manhuassu ou República de Manhuassu foi um estado republicano proclamado em 15 de maio de 1896 no município de Manhuassu, Minas Gerais, e que durou vinte e dois dias.[1][2][3] O coronel Serafim Tibúrcio da Costa liderou um grupo de aproximadamente 800 homens armados na invasão da cidade. O bando decretou a região como um país independente e teve até moeda própria, o boró. A reviravolta ocorreu quando ele tentou se reeleger, mas foi derrotado. Serafim Tibúrcio não se conformou com o resultado e partiu para a capital mineira para falar com o governador Crispim Jaques Bias Fortes, que não deu ouvidos à reclamação do derrotado.[4] Ao retornar, Serafim encontrou a região do Bairro Coqueiro completamente desabitada pelo então Coronel Nicolau da Costa Matos (Ex-chefe do Executivo, o 3º Prefeito), nomeado delegado de polícia pelo novo prefeito, o Vigário Odorico Dolabela. Os moradores do bairro seguiram Serafim Tibúrcio para fora do município, em entendimento que o coronel se mudaria para Caratinga de vez, dando término à sua vida política.[4][5] Início do MovimentoEm 1892, foi eleito prefeito de São Lourenço do Manhuassu, o coronel Serafim Tibúrcio da Costa, além de delegado, o coronel era famoso na cidade por sua atividade de coletor de impostos. De acordo com pesquisa da Secretaria de Comunicação Social de Manhuaçu, durante o período em que morou lá, Serafim também acumulou denúncias de assassinato e outros crimes. Em 1894, tentou a reeleição e foi derrotado pelo padre Odorico Dolabela, que concorreu de modo fraudulento. O coronel Tibúrcio reuniu documentos e recorreu ao governador Crispim Jaques Bias Fortes, porém este não o apoiou na reivindicação.[3][2][5] Revolta e Tomada de ManhuassuApoiado pelo coronel João do Santos Coimbra, o coronel Tibúrcio reuniu um contingente de 800 homens e invadiu Manhuassu em 1896. Então, tomou o controle da região e proclamou a república independente do Brasil a 15 de maio de 1896. Em seguida, o coronel avançou em direção à divisa com o estado do Espírito Santo com a política de distribuição de lotes e abertura de estradas.[5][3] Fim da RepúblicaA autoridade estadual foi informada, mandou uma tropa para combatê-los, mas foi derrotada. Então, pediu ajuda ao presidente da República e as tropas do exército vieram e combateram os revoltosos, derrotados fugiram em direção ao Espírito Santo.[3][2] Referências
Bibliografia
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