As cores indicam o meio pelo qual cada presidente chegou ao cargo, com exceção da cor cinza, que indica os que não conseguiram tomar posse. Em azul estão os presidentes eleitos por sufrágio direto; em verde, os que chegaram à presidência pela linha sucessória (por exemplo, quando um vice-presidente assume o cargo de presidente, ou quando um presidente da Câmara dos Deputados assume a presidência caso não haja um vice-presidente); em amarelo, os eleitos por sufrágio indireto, empossados através de movimento revolucionário ou golpe e juntas militares.
↑Deodoro da Fonseca exerceu a presidência entre 15 de novembro de 1889 e 26 de fevereiro de 1891 na qualidade de chefe do Governo Provisório, que não possuía vice-presidente. Com a promulgação, em 24 de fevereiro de 1891, da primeira Constituição republicana, as eleições brasileiras para presidente e vice passariam a ser pelo voto direto. A Constituição determinava ainda que, excepcionalmente naquele primeiro mandato, esses cargos seriam eleitos indiretamente, ou seja, pelo Congresso Nacional, que elegeu, em 25 de fevereiro de 1891, Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto para presidente e vice-presidente, respectivamente. Foram formalmente empossados no dia seguinte.
↑Em 3 de novembro de 1891, sentindo-se ameaçado, Deodoro da Fonseca destituiu o poder legislativo. Vinte dias mais tarde, foi forçado a renunciar durante a Revolta da Armada, sendo substituído por seu vice-presidente, Floriano Peixoto.
↑Manuel Vitorino, vice-presidente, serviu de presidente em exercicío de 10 de novembro de 1896 a 3 de março de 1897, pois o presidente Prudente de Morais estava afastado do cargo por motivo de doença. Na ocasião, a sede presidencial passou a ser o Palácio do Catete.
↑O vice-presidente eleito Silviano Brandão morreu antes de ser empossado no cargo. Houve então uma nova eleição para suprir a vacância, tendo sido eleito Afonso Pena, que assumiu a vice-presidência em 17 de junho de 1903.
↑Afonso Pena morreu em 14 de junho de 1909 e seu mandato foi concluído pelo seu vice, Nilo Peçanha.
↑Nilo Peçanha assumiu a presidência com a morte de Afonso Penna em 14 de julho de 1909.
↑Rodrigues Alves morreu antes de ser empossado para seu segundo mandato. Seu vice Delfim Moreira assumiu interinamente a presidência.
↑Delfim Moreira assumiu interinamente a presidência, em 15 de novembro de 1918, devido à enfermidade de Rodrigues Alves. Continuou como interino, mesmo depois da morte de Alves em 16 de janeiro de 1919, até a realização de nova eleição. A Constituição da época previa que o vice-presidente só assumiria definitivamente, caso o mandato do presidente fosse interrompido depois de dois anos de sua posse, ou seja, a metade de seu mandato.
Delfim foi acometido de arteriosclerose precoce. Muitas decisões ficaram ao cargo de Afrânio de Melo Franco, ministro da Viação e Obras Públicas, em período chamado informalmente de Regência Republicana.
↑Delfim Moreira morreu em 1º de julho de 1920, durante seu mandato como vice de Epitácio Pessoa. Houve uma nova eleição para suprir a vacância, elegendo Bueno de Paiva, que assumiu em 10 de novembro do mesmo ano.
↑Washington Luís, com menos de um mês para o fim de seu mandato, foi deposto pela Revolução de 1930.
↑Júlio Prestes, eleito em 1º de março de 1930, não pôde assumir em virtude do mesmo golpe que depôs Washington Luís. Sua foto não consta na Galeria de Presidentes do Palácio do Planalto, embora presente no site da Biblioteca da Presidência da República.
↑A Segunda e a Terceira República fazem parte do período conhecido como Era Vargas.
↑Getúlio Vargas exerceu de facto a presidência entre 3 de novembro de 1930 e 20 de julho de 1934, na qualidade de Chefe do Governo Provisório. Em 17 de julho de 1934 foi eleito, pela Assembleia Nacional Constituinte, o presidente da República, sendo formalmente empossado três dias depois para mandato que deveria durar até 3 de maio de 1938.[11]
↑José Linhares exerceu a presidência por convocação das Forças Armadas, na qualidade de presidente do Supremo Tribunal Federal, em razão da deposição do titular. O presidente do STF não era incluso na linha sucessória da CF/37, mas assume-se que Linhares ascendeu por sucessão por analogia.
↑Eurico Gaspar Dutra foi eleito em 2 de dezembro de 1945, portanto, enquanto a constituição de 1937, que previa duração de seis anos de mandato e não previa o cargo de vice-presidente, ainda estava em vigor. Com a promulgação da constituição de 1946, além de estabelecer mandatos de cinco anos para o presidente, encurtando em um ano o mandato previsto de Dutra, foi recriado o cargo de vice-presidente. Nereu Ramos, o primeiro vice após a Era Vargas, foi eleito de forma indireta, em 19 de setembro de 1946, pela assembleia constituinte, assumindo o cargo no mesmo dia.
↑Getúlio Vargas cometeu suicídio e foi substituído por seu vice-presidente Café Filho.
↑Café Filho se licenciou alegando motivos de saúde, sendo substituído por Carlos Luz, presidente da Câmara dos Deputados. Tentou retornar ao cargo, mas foi deposto através de impeachment, já no Governo Nereu Ramos.
↑Carlos Luz foi deposto e substituído pelo vice-presidente do Senado, Nereu Ramos.
↑Nereu Ramos, como vice-presidente do Senado, assumiu a Presidência da República, com a deposição do presidente Carlos Luz e a ausência de vice-presidente. Nereu assumiu o cargo até a posse de Juscelino Kubitschek, que havia vencido as eleições de outubro de 1955, mas sofria um pedido de impugnação movido pela União Democrática Nacional (UDN). O pedido não foi bem sucedido, com a vigência de estado de sítio, garantindo a posse de Juscelino.
↑Jânio Quadros renunciou ao mandato em 25 de agosto de 1961.
↑Ranieri Mazzilli assumiu interinamente na qualidade de presidente da Câmara dos Deputados por somente treze dias. Não houve solenidade de posse. O poder de fato era excedido pela junta militar brasileira de 1961, formada por: Odílio Denys, ministro do Exército; Gabriel Grün Moss, ministro da Aeronáutica; e Sílvio de Azevedo Heck, ministro da Marinha.
↑Ranieri Mazzilli assumiu novamente a presidência, na qualidade de presidente da Câmara dos Deputados. O caráter transitório do segundo mandato presidencial de Ranieri Mazzilli dispensou a cerimônia e o assentamento da sua posse no Livro de Posse. Embora fosse o presidente formal, o poder de fato era exercido pelo Comando Supremo da Revolução, formado por: Artur da Costa e Silva, ministro do Exército; Augusto Rademaker Grünewald, ministro da Marinha; e Francisco de Assis Correia de Melo, ministro da Aeronáutica. Seu segundo mandato foi concluso conforme o determinado no AI-1.
↑Castelo Branco foi o primeiro presidente eleito no período da ditadura militar, iniciado com o golpe de 1964, tendo sido eleito em 9 de abril de 1964, por votação no Congresso Nacional, assumindo o cargo em 15 de abril, conforme o determinado no Ato Institucional n.º 1, assinado pelo Comando Supremo da Revolução. Em 27 de outubro de 1965, com a promulgação do Ato Institucional n.º 2, Castelo extinguiu o registro dos treze partidos que ainda existiam, passando o país a adotar o sistema bipartidário, com um partido de oposição (MDB) e outro do governo (ARENA), ao qual Castelo Branco se filiou a partir da oficialização do registro, em 4 de abril de 1966. Até a sua filiação o presidente governava sem partido. Seu mandato, que deveria durar até 31 de janeiro de 1966, foi prorrogado para 15 de março do ano seguinte, sendo cancelada a eleição direta prevista a 3 de outubro de 1965.
↑Costa e Silva foi eleito indiretamente em 3 de outubro de 1966, data prevista no art. 26 do AI-2. Seu mandato seria de quatro anos (art. 76, §3º da CF/67). Foi afastado do cargo em 31 de agosto de 1969 por problemas de saúde. As Forças Armadas impediram a posse constitucional do vice-presidente, Pedro Aleixo, constituindo uma junta militar.
↑Emílio Garrastazu Médici foi eleito indiretamente em 25 de outubro de 1969, data prevista no Ato Institucional n.º 16. As datas de início e fim do mandato também foram determinadas por este documento.
↑Ernesto Geisel foi eleito em 15 de janeiro de 1974, conforme o art. 75 da CF/67 alterado pela Emc 1, de 1969. O fim do mandato foi determinado pela Emc8 a CF de 1967, de 14 de abril de 1977.
↑João Figueiredo se elegeu pelo partido ARENA, que foi extinto em 20 de dezembro de 1979, com o fim do bipartidarismo no Brasil. Figueiredo permaneceu sem partido até 31 de janeiro do ano seguinte, quando, como parte das reformas políticas em seu governo, foi fundado o PDS, ao qual se filiou na mesma data. Figueiredo foi eleito em 15 de outubro de 1978, conforme disposição da Emc8 a CF de 1967, de 14 de abril de 1977, que também determinou o fim do mandato.
↑Tancredo Neves não pôde tomar posse como Presidente em 15 de março de 1985 por motivo de saúde e morreu pouco mais de um mês depois. Neste período que antecedeu a morte de Tancredo, seu vice José Sarney ocupou interinamente o cargo. Vide Biografia de José Sarney. Tancredo deve figurar na galeria dos Presidentes da República, por força da Lei Federal nº 7.465, de 21 de abril de 1986. Foi eleito em 15 de janeiro de 1985, conforme a disposição da Emc22 a CF de 1967, de 29 de junho de 1982.
↑Fernando Collor foi afastado pela Câmara dos Deputados em 2 de outubro de 1992, com a instauração de seu processo de impeachment, e renunciou ao mandato em 29 de dezembro do mesmo ano. A eleição de 1989 ocorreu em 15 de novembro, conforme o art. 4º, § 1º do ADCT da Constituição de 1988.
↑Itamar Franco assumiu interinamente na qualidade de vice-presidente, até a data de renúncia de Fernando Collor, em 29 de dezembro de 1992, quando tomou posse oficialmente. Itamar havia sido eleito vice-Presidente pelo PRN, mas ainda durante o exercício da vice-Presidência se filiara ao PMDB.
↑Dilma Rousseff foi afastada temporariamente pelo Senado Federal em 12 de maio de 2016, e definitivamente em 31 de agosto de 2016, com a votação final de seu impeachment.
↑Michel Temer assumiu interinamente em 12 de maio de 2016, com a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff e, em caráter definitivo, em 31 de agosto de 2016.
↑Jair Bolsonaro, eleito pelo Partido Social Liberal (PSL), optou por deixar a legenda ainda em seu primeiro ano de mandato por divergências com o presidente do partido, Luciano Bivar. Permaneceu sem partido até novembro de 2021, quando se filiou ao
Partido Liberal (PL).