Renato Raffaele Martino
Renato Raffaele Martino (Salerno, 23 de novembro de 1932 – Roma, 28 de outubro de 2024) foi um cardeal italiano, presidente emérito do Pontifício Conselho Justiça e Paz. Vida inicialEstudou na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (filosofia e teologia), na Pontifícia Universidade Lateranense (direito civil e canônico), no Pontifício Instituto da Universidade Lateranense de Roma, onde obteve o doutorado em direito canônico, no Atelier da Sagrada Rota Romana (pós-graduação) e na Pontifícia Academia Eclesiástica (diplomacia). Além do italiano nativo, ele fala inglês, francês, espanhol e português.[1] PresbiteratoFoi ordenado sacerdote em 27 de junho de 1957, por Dom Demetrio Moscato, arcebispo de Salerno.[1][2] Ingressou no serviço diplomático da Santa Sé em 1 de julho de 1962. Foi agregado na nunciatura apostólica na Nicarágua. Nomeado Camarlengo Privado Supernumerário, título que logo mudou para Capelão de Sua Santidade, em 8 de julho de 1963. Foi em seguida nomeado secretário na nunciatura apostólica nas Filipinas e, posteriormente, secretário e depois auditor na nunciatura apostólica no Líbano.[1] Na Secretaria de Estado do Vaticano desempenhou como auditor de nunciatura, segunda classe, entre 1970 e 1975. A partir desse de 1975 até 1980, foi conselheiro na nunciatura apostólica no Brasil.[1] EpiscopadoFoi nomeado pró-núncio apostólico na Tailândia e delegado apostólico em Laos em 14 de setembro de 1980, sendo consagrado como arcebispo-titular de Segermes em 14 de dezembro, na Basílica dos Santos Doze Apóstolos em Roma, por Agostino Casaroli, Cardeal Secretário de Estado, coadjuvado por Duraisamy Simon Lourdusamy, secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos, e por Gaetano Pollio, arcebispo de Salerno e bispo de Campagna.[1][2] Em 1981, com o estabelecimento da nunciatura apostólica de Singapura, tornou-se pró-núncio apostólico ali e, em 1983, com a criação da delegacia apostólica da Malásia e Brunei, foi nomeado para ser seu delegado.[2] Em 1986, recebeu o encargo de Observador Permanente da Santa Sé na Organização das Nações Unidas em Nova Iorque.[1][2] Retornando da ONU, foi nomeado pelo Papa João Paulo II como presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, a 1 de outubro de 2002. CardinalatoEm 21 de setembro de 2003, foi anunciada a sua criação como cardeal pelo Papa João Paulo II, no Consistório de 21 de outubro, em que recebeu o barrete vermelho e o título de cardeal-diácono de São Francisco de Paula no Monti.[1][2] No dia 11 de março de 2006, o Papa Bento XVI, o nomeou também presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes,[3] cargo que exerceu até 28 de fevereiro de 2009.[4] No dia 24 de outubro de 2009, o Papa Bento XVI aceitou seu pedido de renúncia por limite de idade da presidência do Pontifício Conselho Justiça e Paz.[5] Ele não optou pela ordem dos cardeais-padres no consistório de 12 de junho de 2014 e, assim, foi confirmado pelo Papa Francisco como cardeal protodiácono do Colégio dos Cardeais.[1][2] Faixa de GazaO cardeal provocou a reação do governo de Israel ao acusar este país de transformar a Faixa de Gaza num verdadeiro campo de concentração pela forma com que reagiu ao ataque de mísseis do Hamas, em janeiro de 2009.[6] Conclaves
MorteRenato Martino faleceu em Roma aos 28 de outubro de 2024, após enfrentar um longo período de enfermidade.[7] Referências
Ligações externas
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