Faixa de Gaza
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Faixa de Gaza (em árabe: قطاع غزة Qiṭāʿ Ġazzah, IPA: [qɪˈtˤɑːʕ ˈɣazza]) é um território palestino[2][3][4][5] composto por uma estreita faixa de terra localizada na costa oriental do Mar Mediterrâneo, no Oriente Médio, que faz fronteira com o Egito no sudoeste (11 km) e com Israel no leste e no norte (51 km). O território tem 41 quilômetros de comprimento e apenas de 6 a 12 quilômetros de largura, com uma área total de 365 quilômetros quadrados.[6] A população da Faixa de Gaza é de cerca de 2,4 milhões de pessoas.[1][7] Apesar da maior parte da população ter nascido na Faixa de Gaza, uma grande porcentagem se identifica como refugiados palestinos,[8] que fugiram para Gaza durante o êxodo palestino que ocorreu após a Guerra árabe-israelense de 1948. A população é predominantemente muçulmana sunita. Com uma taxa de crescimento anual de cerca de 3,2%, a Faixa de Gaza tem a sétima maior taxa de crescimento demográfico do mundo,[7] além de ser um dos territórios mais densamente povoados do planeta. A área sofre uma escassez crônica de água e praticamente não tem indústrias.[9] A infraestrutura é precária, e quase nada foi refeito após os bombardeios israelenses de 2008-2009.[10] A designação Faixa de Gaza deriva do nome da sua principal cidade, Gaza, cuja existência remonta à Antiguidade. A Faixa de Gaza adquiriu suas fronteiras atuais com o fim dos combates da guerra de 1948, confirmado pelo Acordo de Armistício entre Israel e Egito em 24 de fevereiro de 1949.[11] O Artigo V do Acordo declarou que a linha de demarcação não era para se tornar uma fronteira internacional. Primeiramente, a Faixa de Gaza foi oficialmente administrada por um governo completamente palestino estabelecido pela Liga Árabe em setembro de 1948. A partir da dissolução desse governo em 1959, a Faixa de Gaza tornou-se uma área diretamente administrada por um governador militar egípcio até 1967. Israel anexou e ocupou a Faixa de Gaza durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Em conformidade com os Acordos de Oslo, assinados em 1993, a Autoridade Palestina se tornou o órgão administrativo que governa os centros populacionais palestinos. Israel manteve o controle do espaço aéreo, das águas territoriais e das fronteiras, além da fronteira com o Egito. Em 2005, o governo israelense retirou-se do território ocupado.[12] Desde julho de 2007, depois das eleições parlamentares palestinas de 2006 e da Batalha de Gaza, o Hamas tem controlado de facto a administração da área. Após a desocupação militar e a retirada dos assentamentos de colonos judeus do território palestino, Israel bombardeou a Faixa de Gaza em 2008, 2012, 2014, 2021 e 2023 em retaliação a ataques de mísseis lançados por militantes do Hamas. Os ataques israelenses resultaram em milhares de mortos palestinos, sobretudo entre a população civil, além de produzirem graves danos à infraestrutura local, enquanto os mísseis do Hamas foram, em sua maioria, interceptados pelo eficiente sistema de defesa antiaéreo israelense. HistóriaA cidade de Gaza foi fundada aproximadamente no século V a.C. por piratas do Mediterrâneo que se denominavam Filisteus e chamaram a região de Filisteia. Após diversas invasões(tribos israelitas, babilónicos, persas e assírios), caiu nas mãos dos macedônios, cujo processo de imperialização possibilitaram-na o contato com a cultura grega (helenismo). Quando os romanos invadiram Israel, também submeteram a cidade de Gaza e região. Por muito tempo ficou em poder dos bizantinos e árabes. Durante centenas de anos, o Império Otomano dominou Gaza, até que o território - junto com o restante da Palestina - passou para o controle dos britânicos, com o final da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Mandato britânico e plano de partilhaO Mandato Britânico da Palestina foi uma entidade geopolítica sob administração do Reino Unido que foi criada com a Partilha do Império Otomano após o final da Primeira Guerra Mundial. A administração civil britânica na Palestina operou de 1920 a 1948.[13] Em 29 de novembro de 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a sua Resolução 181, que previa uma plano para a partilha da Palestina, que consistia na partição da banda ocidental do território em dois Estados - um judeu e outro árabe -, ficando as áreas de Jerusalém e Belém sob controle internacional. Os Estados árabes rejeitaram a proposta.[14] Governo palestinoDurante a Primeira Guerra Árabe-Israelense, que conduziu à criação do Estado de Israel, Gaza absorveu um quarto das centenas de milhares dos refugiados palestinos expulsos das áreas que hoje fazem parte de Israel.[9][15] Em 22 de setembro de 1948, no final da guerra, o Governo de Toda a Palestina foi proclamado pela Liga Árabe na cidade de Gaza ocupada pelo Egito. Foi concebido em parte como uma tentativa da Liga Árabe de limitar a influência da Transjordânia na Palestina. O governo palestino foi rapidamente reconhecido por seis dos então sete membros da Liga Árabe: Egito, Síria, Líbano, Iraque, Arábia Saudita e Iêmen, mas não pela Transjordânia e por nenhum outro membro da comunidade internacional.[16] Após o fim das hostilidades, o Acordo de Armistício Israel-Egito de 24 de fevereiro de 1949 estabeleceu a linha de separação entre as forças egípcias e israelenses e estabeleceu o que se tornou a atual fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel. Ambos os lados declararam que a fronteira não era uma fronteira internacional. A fronteira sul com o Egito continuou a ser a fronteira internacional traçada em 1906 entre o Império Otomano e o Império Britânico.[17] Ocupação egípciaApós a dissolução do Governo de Toda a Palestina em 1959, Egito continuou a ocupar a Faixa de Gaza até 1967 sob a desculpa do pan-arabismo. O governo egípcio nunca anexou a Faixa de Gaza formalmente, mas a tratou como um território controlado e administrou-a por meio de um governador militar.[18] O afluxo de mais de 200 mil refugiados do antigo Mandato Britânico em Gaza, cerca de um quarto daqueles que fugiram ou foram expulsos de suas casas durante e após a Guerra Árabe-Israelense de 1948,[19] resultou em uma diminuição dramática no padrão de vida. Como o governo egípcio restringiu o movimento de ida e volta para a Faixa de Gaza, seus habitantes não podiam procurar um emprego lucrativo em outro lugar.[20] Ocupação israelenseEm junho de 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, as Forças de Defesa de Israel capturaram a Faixa de Gaza. Após esta vitória militar, Israel criou o primeiro bloco de assentamento, Gush Katif, no canto sudoeste perto de Rafah e da fronteira egípcia em um local onde um pequeno kibutz existiu anteriormente por 18 meses entre 1946-48.[21] No total, entre 1967 e 2005, Israel estabeleceu 21 assentamentos em Gaza, abrangendo 20% do território total. A taxa de crescimento econômico de 1967 a 1982 foi em média de cerca de 9,7% ao ano, em boa parte devido à expansão da renda das oportunidades de trabalho dentro de Israel. O setor agrícola de Gaza foi adversamente afetado quando um terço da Faixa foi apropriado por Israel, a competição pelos escassos recursos hídricos se acirrou e o lucrativo cultivo de frutas cítricas diminuiu com o advento das políticas israelenses, como proibições de plantar novas árvores e impostos que geravam quebra para os produtores israelenses, fatores que militaram contra o crescimento.[22] As exportações diretas de Gaza desses produtos para os mercados ocidentais, em oposição aos mercados árabes, foram proibidas, exceto por meio de veículos de marketing israelenses, a fim de auxiliar as exportações de cítricos israelenses para os mesmos mercados.[22] O resultado geral foi que um grande número de agricultores palestinos foi forçado a deixar o setor agrícola. Israel colocou cotas em todos os produtos exportados de Gaza, enquanto aboliu as restrições ao fluxo de produtos israelenses para a Faixa.[22] Acordos de Oslo de 1993Após uma série de acordos assinados entre maio de 1994 e setembro de 1999, Israel se comprometeu a transferir para a Autoridade Nacional Palestina a responsabilidade pela segurança e pelos civis das áreas povoadas por palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, o que não ocorreu. Os territórios povoados por palestinos foram "cercados" pelas colônias judias e os governos israelenses, tanto trabalhistas quanto likudistas, só fizeram aumentar o número dessas colônias, inviabilizando de fato a possibilidade de constituição de um Estado palestino. Isto levou ao fracasso nas negociações para determinar um status definitivo para os territórios palestinos, e o início da Segunda Intifada, em setembro de 2000, fez com que as forças israelenses reocupassem a maioria das áreas controladas pelos palestinos.[15] Retirada israelense em 2005Em 2005, o então primeiro-ministro Ariel Sharon executou um plano de retirada de todos os 8 mil colonos israelenses da Faixa de Gaza, bem como as tropas que os protegiam. O plano também previa que Israel continuaria a controlar o espaço aéreo de Gaza, seu mar territorial e todos as passagens de fronteira.[23][24] Em setembro, a retirada israelense foi concluída.[15] A situação na Faixa de Gaza começou a se deteriorar depois que o Hamas venceu as eleições legislativas palestinas, obtendo 76 das 132 cadeiras do Parlamento Palestino, em janeiro de 2006.[25] No entanto, as profundas divergências políticas entre o presidente Mahmoud Abbas da Autoridade Nacional Palestina, pertencente ao Fatah, e o primeiro-ministro, Ismail Haniyeh, do Hamas, resultaram em violentos confrontos entre militantes das duas facções rivais na Faixa de Gaza, em 2006 e no início de 2007, com um grande número de mortos e feridos.[15][26] Conflito Gaza-Israel em 2006Em junho de 2006, as Forças de Defesa de Israel lançaram sua primeira grande operação militar contra a Faixa de Gaza, desde a retirada dos colonos judeus do território palestino. Chamada de Operação Chuvas de Verão, a ação de Israel visava a resgatar o soldado Gilad Shalit - capturado no dia 25 de junho daquele ano em uma operação conjunta do Hamas e dois outros grupos militantes, que entraram em Israel a partir da Faixa de Gaza. A captura detonaria uma grande ação militar israelense na Faixa de Gaza, que resultou nas mortes de mais de cem palestinos em quatro semanas,[27] além da detenção de 60 dirigentes do Hamas, entre eles vários ministros e dezenas de deputados.[28] Em novembro, as forças israelenses lançaram uma nova e ampla ação militar, batizada como Operação Nuvens de Outono, desta vez atacando Beit Hanoun, ao norte da Faixa de Gaza. Os ataques deixaram 56 palestinos mortos, a metade deles civis, e mais 200 feridos.[28][29] Chegava-se ao quinto mês de operações militares na Faixa de Gaza (com mais de 400 palestinos mortos), Israel concordou em realizar um cessar-fogo com o grupo Hamas, desde que este se comprometesse a não retornar a lançar foguetes contra o território israelense.[28] Em abril de 2007, o exército israelense retomou os ataques à Faixa de Gaza, depois de centenas de foguetes palestinos disparados desde novembro do ano anterior. No dia 24 daquele mês, o braço armado do Hamas proclamou o fim da trégua com Israel.[28] Um mês antes, Abbas e Haniyeh concordaram em formar um governo de união nacional.[30] Conflito entre Hamas e Fatah em 2007Em junho de 2007, em meio a intensos conflitos entre militantes das duas facções, o Hamas acabou por assumir o controle da Faixa de Gaza, expulsando o Fatah, que continuou dominando a Cisjordânia.[31][32][33] Com isso, o governo de Israel fechou seu posto de fronteira com a Faixa de Gaza, alegando que a Fatah não poderia mais garantir a segurança na região, e impôs um bloqueio ao território palestino, proibindo todas as exportações e permitindo, unicamente, limitada ajuda humanitária. O governo do Egito havia também fechado sua fronteira quando os combates mais intensos entre Fatah e Hamas tiveram início, em 7 de junho de 2007. Daí em diante, o Fatah passou a receber os apoios de Israel, dos Estados Unidos e da União Europeia, enquanto o Hamas era desconsiderado como interlocutor.[34] Mas, além das disputas com o Fatah, depois de chegar ao governo palestino, o Hamas teve que enfrentar o boicote econômico internacional à Faixa de Gaza, principalmente por parte dos Estados Unidos e da União Europeia, sob a alegação de que o partido não reconhece o Estado de Israel, não renuncia à violência e desconsidera os acordos firmados anteriormente por Israel e pela ANP.[15][35] Em junho de 2008, representantes do Hamas e do governo israelense chegaram a um acordo de cessar-fogo na região, mediado pelo Egito,[36] com duração de seis meses, e que expirou no dia 19 de dezembro. O grupo palestino decidiu não renová-lo, por entender que Israel não havia cumprido o compromisso de suspender o bloqueio imposto à Faixa de Gaza.[37][38] Conflito Hamas-Israel2008-2009Em 27 de dezembro de 2008,[39] caças israelenses F-16 lançaram uma série de ataques aéreos contra alvos em Gaza após o colapso de uma trégua temporária entre Israel e o Hamas.[40] As Forças de Defesa de Israel disseram que o ministro da Defesa, Ehud Barak, a instruiu a se preparar para uma operação de seis meses antes do seu início, utilizando planejamento de longo prazo e de inteligência.[41] Vários lugares que estavam sendo usados como depósitos de armas foram atingidos: delegacias de polícia, escolas, hospitais, mesquitas, armazéns da ONU, vários edifícios do governo do Hamas e outras construções.[42] Israel disse que o ataque foi uma resposta aos ataques de foguetes do Hamas ao sul de Israel, que totalizavam mais de 3 000 até 2008 e que se intensificaram durante as semanas que antecederam a operação. Equipes médicas palestinas afirmaram que pelo menos 434 palestinos foram mortos e cerca de 2 800 ficaram feridos, sendo muitos civis e um número desconhecido de membros do Hamas, nos primeiros cinco dias de ataques israelenses em Gaza. A FDI negou que a maioria dos mortos fossem civis, fornecendo evidências de que o Hamas deliberadamente escondia suas armas e combatentes em "mesquitas, pátios de escolas e casas de civis" para deter um ataque e explorar as regras de combate de Israel.[43] O governo israelense começou uma invasão terrestre da Faixa de Gaza em 3 de janeiro de 2009 e rejeitou muitos pedidos de cessar-fogo, até os dois lados declararem um cessar-fogo unilateral.[44][45] Cerca de 1 100 e 1 400[46] palestinos e treze israelenses foram mortos durante os 22 dias de conflito.[47] Depois de Israel declarar o cessar-fogo, o Hamas prometeu continuar a batalha se as forças israelenses não deixassem a Faixa de Gaza.[48] O conflito danificou ou destruiu dezenas de milhares de casas,[49] 15 dos 27 hospitais de Gaza e 43 de suas 110 unidades de cuidados primários de saúde,[50] 800 poços de água,[51] 186 estufas[52] e quase todos as suas 10 mil fazendas familiares;[53] deixando 50 000 desabrigados,[54] 400 000 a 500 000 sem água corrente,[54][55] um milhão sem eletricidade[55] e resultando em grave escassez de alimentos.[56] Em fevereiro de 2009, a disponibilidade de alimentos voltou aos níveis pré-guerra, mas houve falta de produtos frescos devido aos danos sofridos pelo setor agrícola.[57] 2012Em 14 de novembro de 2012 as hostilidades recomeçaram com o lançamento de centenas de mísseis pelo Hamas contra o sul de Israel durante quatro dias consecutivos[58] e com o início da "Operação Coluna de Nuvem", como resposta do governo israelense.[59] Ao longo do andamento do conflito, Israel respondeu novamente aos ataques de foguetes. Na operação, o chefe militar do Hamas foi morto.[60] Em 21 de novembro de 2012, um cessar-fogo, mediado pelo Egito, foi oficialmente declarado pelo Hamas e por Israel.[61][62] Ambos os lados declararam-se vitoriosos nos combates.[63] De acordo com estimativas do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), em 26 de novembro, 224 israelenses e 1 269 palestinos haviam sido feridos durante a operação.[64] 2014Uma escalada de violência israelense ocorreu após a morte de três adolescentes israelenses na Cisjordânia no final de junho de 2014. Como “vingança”, um jovem palestino foi queimado vivo em Jerusalém. Logo após a descoberta dos corpos dos três jovens, Israel iniciou uma ofensiva contra o Hamas. Aviões de guerra passaram a bombardear Gaza destruindo casas e instituições e foram realizadas execuções extrajudiciais. Os ataques israelenses causaram a morte de 1 100 palestinos. O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas aprovou em 23 de julho de 2014 uma resolução que condena Israel por sua ofensiva militar contra Gaza e também cria uma comissão própria para investigar crimes e violações do direito internacional na empreitada. Entre os 47 países-membros do conselho, a resolução foi aprovada por 29 votos favoráveis — todos os países latino-americanos, incluindo o Brasil, apoiaram a proposta — e 17 abstenções (Alemanha, Itália, França e Reino Unido permaneceram neutros). Os Estados Unidos foram os únicos a se opor à proposta, assinalando que o conteúdo do documento é "destrutivo" e que em nada contribui para o fim das hostilidades.[65][66] 2018-2019Em 2018, protestos na fronteira de Gaza com Israel de 2018–2019, chamados de Grande Marcha do Retorno, ocorreram todas as sextas-feiras de março de 2018 até dezembro de 2019.[67] Os manifestantes exigiram que os refugiados palestinos tenham permissão para retornar às terras de onde foram deslocados no que hoje é Israel.[68] Eles também protestaram contra o bloqueio de Israel a Gaza e o reconhecimento pelos Estados Unidos de Jerusalém como capital de Israel.[69] As primeiras manifestações foram organizadas por ativistas independentes, mas a iniciativa foi logo endossada pelo Hamas,[70] assim como por outras facções importantes em Gaza. Os ativistas que planejaram a Grande Marcha do Retorno pretendiam que durasse apenas de 30 de março (Dia da Terra) a 15 de maio (Dia da Nakba), mas as manifestações continuaram por quase 18 meses até que o Hamas em 27 de dezembro de 2019 anunciou que seriam adiadas.[71] 2021Em maio de 2021, ocorreram confrontos entre manifestantes palestinos e a polícia israelense sobre uma decisão planejada da Suprema Corte Israelense sobre despejos de palestinos em Sheikh Jarrah, Jerusalém Oriental. Os confrontos, que coincidiram com os feriados de Laylat al-Qadr e o Dia de Jerusalém, resultaram em mais de trezentas pessoas feridas, a maioria delas civis palestinos e mais de vinte palestinos mortos. Os ataques atraíram condenação internacional para ambos os lados e resultaram no adiamento da decisão da Suprema Corte em trinta dias, depois que o procurador-geral de Israel procurou reduzir as tensões.[72] Em 9 de maio, depois que os palestinos no Monte do Templo estocaram placas, pedras e fogos de artifício, as forças policiais israelenses invadiram a Mesquita de Al-Aqsa, um importante local sagrado para os muçulmanos, antes de uma marcha de judeus nacionalistas que foi posteriormente cancelada, realizada no feriado israelense do Dia de Jerusalém.[73][74][75][76] Durante as duas semanas de conflito, grupos palestinos como o Hamas e Jihad Islâmica dispararam mais de 4 000 foguetes contra Israel a partir de Gaza,[77][78][79][80] dirigidos primeiramente à região central israelense, inclusive Jerusalém e Bete-Semes,[78] e depois contra cidades israelenses fronteiriças, Asquelom e Asdode, e na direção de Telavive, que causaram a morte de pelo menos onze civis israelenses e um militar, além de dezenas de feridos, bem como danos de extensões variadas a residências e escolas em Israel.[79] Desde o início do disparo dos foguetes palestinos, as Forças de Defesa de Israel empreenderam uma campanha de bombardeios localizados contra as bases militares e tubos de lançamento de foguetes palestinos, os quais se situam aterrados dentro da área urbana da Faixa de Gaza, densamente povoada por civis palestinos.[81][82] Mais de 230 palestinos foram mortos, incluindo comandantes de organizações islamitas, operadores de foguetes e civis palestinos, especialmente em Gaza, no decorrer das hostilidades, como resultado dos bombardeios israelenses e de centenas de foguetes palestinos que caíram dentro de Gaza, sem chegar ao espaço aéreo israelense.[82][83][84][85][86] Em 20 de maio, após onze dias de intensos hostilidades, Israel e Hamas concordaram com um cessar-fogo, que entrou em vigor na madrugada do dia seguinte. Naquela altura, mais de 280 pessoas já tinham morrido (a maioria palestinos).[87] 2023-2024A guerra Israel-Hamas, também referido como conflito Israel-Gaza ou conflito israelo-palestino de 2023, começou em 7 de outubro após um ataque terrorista coordenado por vários grupos militantes palestinos contra cidades israelenses, passagens de fronteira, instalações militares adjacentes e colonatos civis nas proximidades da Faixa de Gaza, no sul de Israel.[88][89] Descrito como uma Terceira Intifada por alguns observadores,[90][91][92][93] as hostilidades foram iniciadas por um bombardeio de mísseis contra Israel e incursões transportadas em veículos para o território israelense, tendo sido realizados vários ataques contra os militares israelenses, bem como contra as comunidades civis israelenses.[94] A retaliação israelense com bombardeios e incursões militares contra Gaza foi chamada de Operação Espadas de Ferro.[95] O ataque foi liderado por grupos militantes palestinos, incluindo o Hamas, a Jihad Islâmica e a Frente Popular para a Libertação da Palestina, com o apoio do Irã.[96] O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, apoiou verbalmente o levante, afirmando que os palestinos tinham o direito de se defenderem contra a ocupação israelense.[97][98] O Coordenador Especial das Nações Unidas para o Processo de Paz no Oriente Médio, a União Europeia e muitos países membros expressaram condenação dos ataques e disseram que Israel tinha o direito à autodefesa.[99][100] Pelo menos 2 200 mísseis foram disparados da Faixa de Gaza nas primeiras horas enquanto militantes do Hamas violavam a barreira Israel-Gaza, matando pelo menos 200 israelenses e levando o governo de Israel a declarar estado de emergência; o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel "está em guerra" em um discurso nacional após o início dos ataques.[101][102][103][104] Militantes palestinos que se infiltraram em Israel invadiram vários kibutz ao redor da Faixa de Gaza e da cidade israelense de Sderot,[94] com fontes da mídia palestina e israelense relatando que soldados e civis israelenses haviam sido feitos reféns.[105] Em 15 de janeiro de 2025, Israel e o Hamas concordaram com um acordo de cessar-fogo,[106] que entrou em vigor em 19 de janeiro.[107] Vários países do mundo ocidental e seus aliados condenaram o Hamas pela violência[108] e chamaram as táticas utilizadas pela organização de "terrorismo";[109] enquanto vários países do mundo muçulmano culparam a ocupação israelense dos territórios palestinos e a negação da autodeterminação palestina como a causa da escalada da violência.[110][111] A Anistia Internacional condenou tanto o Hamas quanto Israel pela conduta da guerra.[112] O conflito produziu uma grave crise humanitária no território de Gaza,[113] causando entre 40 mil e 70 mil mortos[114] e mais de cem mil feridos palestinos (até janeiro de 2025),[115][116] incluindo milhares de mulheres e crianças, destruição maciça de infraestrutura e habitações,[117][118] quase dois milhões de pessoas desalojadas de suas casas, desabastecimento generalizado de energia, combustível e medicamentos, destruição de hospitais e serviços sanitários, 95% da população perdeu o acesso à água de boa qualidade e a fome atingiu virtualmente 100% da população.[113][119] Segundo oficiais das Nações Unidas, "a crise humanitária em Gaza é mais do que catastrófica, e piora a cada dia. Nos três meses desde o início do conflito, Gaza tornou-se um lugar de morte e desespero".[113] No lado israelense mais de 1,9 mil pessoas morreram[120] e 500 mil foram desalojadas.[121]
A crise humanitária em Gaza iniciada em 2023 é o resultado da Guerra Israel-Hamas. Depois de um ataque da organização palestina Hamas a alvos israelenses em 7 de outubro de 2023, que cobrou 1,2 mil vidas, Israel implementou um bloqueio completo na Faixa de Gaza e lançou uma contraofensiva militar de extrema violência que causou danos catastróficos nas habitações e na infraestrutura do território,[122] matou mais de 42 mil palestinos e deixou mais de 97 mil feridos até a metade de outubro de 2024.[123] A maciça maioria das vítimas são civis.[122] Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, dois terços das vítimas são mulheres e crianças.[124] A combinação de destruição e bloqueio provocou o desmantelamento dos sistemas de prestação de serviços em geral, de saneamento, de abastecimento de comida, água, energia e combustível, e de assistência médica e humanitária. Cerca de 85% da população de 2,2 milhões de pessoas foi obrigada a deixar suas casas, buscando asilo em abrigos improvisados e campos de refugiados, todos superlotados, onde as condições de vida são péssimas. Praticamente não há água potável disponível e a comida se tornou extremamente escassa. A população é obrigada a beber água contaminada, quando consegue alguma água, e fome em maior ou menor intensidade se abateu sobre virtualmente toda a população.[125][126][127] Surtos de diversas doenças já afetam centenas de milhares de pessoas.[128] Para muitos observadores e organizações internacionais, a crise humanitária e o nível de destruição e mortes civis não têm paralelos na história recente.[129][130][131][132] Segundo oficiais das Nações Unidas, "a crise humanitária em Gaza é mais do que catastrófica, e piora a cada dia. [...] Gaza tornou-se um lugar de morte e desespero".[133] O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, afirmou que Gaza se tornou "um cemitério para as crianças".[134] Organizações como Médicos Sem Fronteiras, Cruz Vermelha e uma declaração conjunta da UNICEF, Organização Mundial da Saúde, Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, Fundo de População das Nações Unidas e Programa Mundial de Alimentos alertaram para um colapso humanitário iminente.[135] A Anistia Internacional declarou que há evidências de que Israel cometeu crimes de guerra,[136] e a África do Sul abriu um processo contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça, acusando o país de promover o genocídio da população palestina, recebendo o apoio de mais de 80 países.[137] O Tribunal acatou a ação e como medida preliminar decretou que Israel se abstenha de atos que provoquem um genocídio, mas o julgamento pode levar anos para ser completado. As autoridades israelenses negaram a acusação e alegam que o país segue o Direito Internacional, que seu inimigo é apenas o Hamas e que tem adotado medidas para minimizar o impacto da atividade militar sobre os civis.[138]GeografiaA Faixa de Gaza está localizada no Oriente Médio (31° 25′ N, 34° 20′ L). Tem 51 quilômetros de fronteiras com Israel e uma fronteira de 11 km com o Egito, perto da cidade de Rafah. Khan Yunis está localizada a 7 km a nordeste de Rafah e várias cidades ao redor de Deir el-Balah estão localizadas ao longo da costa entre ela e a Cidade de Gaza. Beit Lahia e Beit Hanoun estão localizadas ao norte e ao nordeste da Cidade de Gaza, respectivamente. O complexo de assentamentos israelenses de Gush Katif costumava existir nas dunas adjacentes a Rafah e Khan Yunis, ao longo da margem sudoeste dos 40 quilômetros da costa mediterrânica do território. A praia de Al Deira é um local popular para os surfistas.[139] Clima e recursos naturaisO território palestino tem um clima árido, com invernos suaves e secos e verões quentes e sujeitos à seca. O terreno é plano ou levemente ondulado, com dunas próximas à costa. O ponto mais alto é 'Awdah (Joz Abu 'Auda), a 105 metros acima do nível do mar. Os recursos naturais incluem terras cultiváveis (cerca de um terço da tira é irrigada) e, recentemente, descobriu-se reservas de gás natural na área. Entre os problemas ambientais estão a desertificação; salinização da água doce; tratamento de esgoto precário; doenças transmitidas pela água; degradação do solo e o esgotamento e contaminação dos recursos hídricos subterrâneos. A Faixa de Gaza é largamente dependente da água de Wadi Gaza, que também serve como um recurso para Israel.[140] DemografiaA população da Faixa de Gaza era de 2,4 milhões habitantes em 2022,[1] dos quais quase um milhão delas eram refugiados registrados na ONU.[141] A maioria descende de refugiados que foram expulsos ou deixaram suas casas durante a Guerra Árabe-Israelense de 1948. A população da Faixa continuou a aumentar desde então, principalmente devido a uma taxa de fertilidade total que atingiu o pico de 8,3 filhos por mulher em 1991. Esta caiu para 4,4 filhos por mulher em 2013, que ainda estava entre as mais altas do mundo.[142][143] Numa classificação por taxa de fertilidade total, Gaza fica em 34.º lugar entre 224 regiões.[142][143] Isso faz com que a região tenha uma proporção incomumente alta de crianças na população, com 41% tendo até 14 anos, e uma idade média de idade de 18 anos,[144] em comparação com a média mundial de 28 anos, e de 30 em Israel. Os únicos países com uma idade média mais baixa são alguns da África, como o Uganda, onde a média era de 15 anos.[143] A maioria dos habitantes da Faixa de Gaza são muçulmanos sunitas, com uma minoria cristã.[145] A língua predominante no território é o árabe, seguida do hebraico - antigamente muito falado, hoje tende a não ser aprendido pelos jovens (falar hebraico em Gaza não é bem visto); o inglês é compreendido por alguns habitantes, sendo crescente a sua aprendizagem.[carece de fontes] ReligiãoO islamismo é a religião de 99,8% da população, que segue o ramo sunita do islã. Os outros 0,2% são adeptos do cristianismo, população que tende a diminuir. Nem todas as pessoas são muito religiosas, mas ultimamente Gaza como um todo está se tornando mais influenciada pela religião. Depois que o Hamas venceu as eleições de 2006, assumindo efetivamente o poder em 2007, havia prometido não impor a religião aos habitantes de Gaza, mas vem forçando a adoção de preceitos religiosos pelos cidadãos. Advogadas, por exemplo, passaram a ser obrigadas a usar o hijab nos tribunais, para cobrir os cabelos.[146] Cabeleireiros do sexo masculino são proibidos de cortar os cabelos de mulheres,[147] O número de cristãos na Faixa de Gaza é estimado entre 2 500 e 5 000, muitos deles idosos. A grande maioria é greco-ortodoxa, e há cerca de 300 católicos (rito latino).[148] Em 1894, havia 196 500 cristãos árabes na Palestina (incluindo o atual Estado de Israel). De 13% da população, eles passaram a menos de 2% hoje.[149][150] Política, administração e fronteirasControle da Autoridade PalestinaOs Acordos de Oslo definiram a Autoridade Palestina como a autoridade administrativa da Faixa de Gaza (exceto dos assentamentos israelenses e de áreas militares) em 1994. Depois da retirada israelense em 12 de setembro de 2005, a Autoridade Palestina tinha autoridade administrativa completa na Faixa de Gaza.[151] Controle do Hamas (2007-presente)Em 2006, o partido Hamas venceu as eleições parlamentares palestinas. Desde junho de 2007, o partido assumiu efetivamente o controle da Faixa de Gaza, após confronto armado com o Fatah.[152] O espaço aéreo e o acesso marítimo à Faixa de Gaza são atualmente controlados pelo Estado de Israel, que também ocupou militarmente o território entre junho de 1967 e agosto de 2005.
FronteirasO território da Faixa de Gaza é cercado por muralhas, tanto do lado egípcio quanto israelense. Em 2010, Israel anunciou a construção de uma barreira de mais de 100 quilômetros, ao longo da fronteira com o Egito, bloqueando metade da linha de separação entre os dois países.[154] Desde 2009, o governo egípcio também está construindo uma barreira subterrânea de aço, que deverá ter 11 km de extensão e chegar a uma profundidade de 18 metros, visando impedir que túneis clandestinos possam romper o isolamento da Faixa de Gaza. A fronteira entre o Egito e Israel tem 255 quilômetros, e as duas cercas previstas vão cobrir quase a metade dessa extensão.[155] As Nações Unidas estimam que até 80% do que é importado pela Faixa - desde xampú até automóveis - chega por meio dos túneis.[156] Bloqueio militarO bloqueio à Faixa de Gaza continuou após a Operação Chumbo Fundido, embora Israel permitisse ajuda humanitária médica em quantidades limitada. A Cruz Vermelha afirmou que o bloqueio prejudicou a economia e provocou uma escassez de medicamentos e equipamentos básicos, como analgésicos e filmes de raio-x.[157] O diretor do Shin Bet (Agência de Segurança de Israel), Yuval Diskin, não se opôs a flexibilização das restrições comerciais, mas disse que os túneis de contrabando para a Península do Sinai e um porto aberto na Faixa de Gaza colocariam em perigo a segurança nacional. De acordo com Diskin, o Hamas e a Jihad Islâmica tinham contrabandeado mais de "5 000 foguetes com um alcance de até 40 quilômetros." Alguns dos foguetes poderiam chegar até os subúrbios da área metropolitana de Tel Aviv.[158] Mark Regev, porta-voz do gabinete do primeiro-ministro israelense, descreveu as ações de Israel como "sanções", não um bloqueio, mas um consultor jurídico para Gaza da UNRWA, chamou o bloqueio de "uma ação que descumpre a lei internacional".[159] Em julho de 2010, primeiro-ministro britânico, David Cameron, criticou o bloqueio israelense, dizendo que "bens humanitários e de pessoas devem fluir em ambas as direções. Gaza não pode e não deve ser autorizada a permanecer como um campo de prisioneiros".[160] As Forças de Defesa de Israel (FDI) controlam rigorosamente as viagens dentro da área dos pontos de passagem entre Israel e a Faixa de Gaza e fechou a sua fronteira com Gaza. O ambiente de segurança dentro de Gaza e ao longo de suas fronteiras, incluindo a sua fronteira com o Egito e seu litoral, é perigoso e instável.[161] Enfrentando a crescente pressão internacional, Egito e Israel diminuíram as restrições na fronteira em junho de 2010, quando a passagem de Rafah do Egito para Gaza foi parcialmente aberta pelo governo egípcio. O Ministério das Relações Exteriores do país disse que a travessia permaneceria aberta principalmente para as pessoas, mas não para o abastecimento.[162] Israel anunciou que iria permitir a passagem de bens civis, mas não de armas e itens que poderiam ser usados para fins ambíguos.[163] Em janeiro e fevereiro de 2011, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) realizou uma avaliação dos efeitos das medidas para aliviar as restrições de acesso.[164] Eles concluíram que apenas a flexibilização não resultaria em uma melhora significativa na subsistência da população do território.[164] Eles descobriram que a "natureza fundamental das restrições remanescentes" e os efeitos de três anos de rigoroso bloqueio impediram uma melhora significativa nos meios de subsistência e apelaram para Israel abolir completamente o bloqueio, incluindo a remoção de restrições à importação de materiais de construção e às exportações de bens e de acabar com a proibição geral sobre o movimento de pessoas entre Gaza e a Cisjordânia através de Israel, com o objetivo de cumprir com o que eles descreveram como obrigações humanitárias internacionais e de direitos humanos.[164] EconomiaA economia de Gaza se deteriorou desde o fim da Segunda Intifada, devido tanto a densidade populacional de Gaza quanto as restrições de segurança impostas ao território. A política de cerco de Israel, ampliada após o Hamas ter chegado ao poder em 2007, levou a altos níveis de pobreza e desemprego, além de um colapso quase total do setor privado, que era fortemente dependente de mercados de exportação. A população é em grande parte dependente de ajuda humanitária, principalmente de agências da Organização das Nações Unidas (ONU).[165] No entanto, uma flexibilização da política de cerco imposta por Israel em 2010 resultou em uma melhora de alguns indicadores econômicos, mas exportações regulares provenientes da Faixa de Gaza ainda estão proibidas.[165] De acordo com as Forças de Defesa de Israel (FDI), a economia da Faixa de Gaza melhorou em 2011, com um queda no desemprego e um aumento do PIB. O tenente-coronel Kobi Gertzvolf, da FDI, afirma que novos shoppings abriram e que a indústria local está se desenvolvendo. O tenente-coronel Gertzvolf afirma que o crescimento econômico tem levado à construção de hotéis e um aumento na importação de carros.[166] O desenvolvimento em larga escala tem sido possível graças à livre circulação das mercadorias em Gaza através do cruzamento de Kerem Shalom e de túneis clandestinos construídos na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito. A taxa atual de caminhões que entram em Gaza através de Kerem Shalom é de 250 por dia. Este número varia dependendo do nível de interferência das mercadorias trazidas do Egito para Gaza através de túneis. O aumento na atividade de construção levou a uma escassez de trabalhadores da construção civil. Para compensar o déficit, os jovens do território estão sendo enviados para estudar e trabalhar na Turquia.[167] InfraestruturaA Faixa de Gaza tem uma pequena e pobre rede de estradas e uma simples rede ferroviária ligando o norte ao sul do território palestino. Esta, no entanto, encontrava-se abandonada nos últimos anos.[carece de fontes] O Aeroporto Internacional de Gaza (posteriormente renomeado Aeroporto Internacional Yasser Arafat) foi inaugurado a 24 de novembro de 1998, mas suas atividades foram encerradas em outubro de 2000 por ordem do governo de Israel. Em 2001, a pista do aeroporto foi destruída pelas Forças de Defesa de Israel, inviabilizando seu funcionamento.[168] A Faixa de Gaza possui um heliporto.[carece de fontes] Ver também
Referências
Ligações externas
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