Quilombo urbanoQuilombo urbano é um quilombo situado numa área urbana[1]. HistóricoOs quilombos urbanos começaram a proliferar no fim do século XIX, em cidades como São Paulo, Santos, Rio de Janeiro e Salvador, onde era grande o número de escravos fugitivos, muitos deles vindos das zonas rurais. A vegetação de mata atlântica na periferia dessas cidades ajudava a manter abrigos e esconderijos. Em geral eram pequenos povoados, formados por casas de pau-a-pique, rodeadas pelas roças de milho e mandioca e pelas criações de de cabras, galinhas e porcos. Muitos dos seus moradores, porém, trabalhavam nos mercados e portos da cidade. Depois da Lei Áurea, os redutos de fugitivos se tornaram territórios de preservação da cultura negra. Ali eram mantidas tradições herdadas dos africanos, como a capoeira, o batuque e o culto aos orixás, proibidos ou mal vistos pela sociedade[2]. ReconhecimentoO direito das populações quilombolas à propriedade da terra, reconhecido a partir da Constituição Brasileira de 1988, levou a uma luta pelo reconhecimento dos quilombos urbanos[3]. O primeiro a ser demarcado pelo Incra foi o Quilombo da Família Silva, em Porto Alegre, que recebeu a titulação em 2009[4]. O segundo foi o Barranco de São Benedito, em Manaus, em 2014[5]. Também foram reconhecidos pela Fundação Palmares quilombos urbanos no Rio de Janeiro[6] e em Aparecida de Goiânia[7], em São Luís[8], entre outras cidades. Ver também
Referências
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