Quantificação existencial
PrincípiosSuponha que você queira escrever uma fórmula que é verdadeira, se e somente se, algum número natural multiplicado por ele mesmo for 25. De modo exaustivo, você pode tentar fazer: 0·0 = 25, ou 1·1 = 25, ou 2·2 = 25, ou 3·3 = 25 e assim por diante. Isto parece ser uma disjunção lógica, devido o uso repetido do "ou". Contudo, a frase "e assim por diante" não pode ser integrada e interpretada como uma disjunção na lógica formal. Com isso, reescrevemos a fórmula como Para algum número natural n, n·n = 25. Para este caso, esta é a única indicação usando a quantificação existencial. Observe que esta indicação é mais precisa que a original. Pode parecer óbvio que a frase "e assim por diante", inclui todos os números naturais, e nada mais, mas não deixa explícita a razão essencial da frase, que não pode ser interpretada formalmente. Este exemplo em particular é verdadeiro, porque 5 é um número natural, e quando substituímos n por 5, produzimos "5·5 = 25", que é verdade. Não importa que para a maioria dos números naturais a sentença "n·n = 25" seja falsa, de fato é falso para todos os naturais, exceto para o 5; a existência de uma simples solução é o bastante para provar a verdade sobre o quantificação existencial. Em contraste, "Para algum número par n, n·n = 25" é falso, pois não há soluções para números pares. Por outro lado, "Para algum número ímpar n, n·n = 25" é verdade, porque 5 é número ímpar e é uma solução para a fórmula. Isto demonstra a importância do domínio de discurso, o qual especifica quais valores são permitidos para a variável n. Mas observe que se você deseja restringir o domínio de discurso para englobar apenas aqueles objetos que satisfarão um determinado predicado, então, para a quantificação existencial, isso deverá ser feito usando uma conjunção lógica. Por exemplo, "Para algum número ímpar n, n·n = 25" é logicamente equivalente a “Para algum número natural n, n é ímpar e n·n = 25. Aqui a construção "e" indica a conjunção lógica. Na simbologia lógica, usamos o quantificador existencial "∃" para indicar a quantificação existencial. Desse modo, se P(a, b, c) é o predicado "a·b = c" e é o conjunto dos números naturais, então
De forma análoga, se Q(n) é o predicado "n é par", então
Ver também
Referências gerais
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