Paulo Lins
Paulo Lins (Rio de Janeiro, 11 de junho de 1958) é um escritor brasileiro que ganhou fama internacional com a publicação, em 1997, do livro Cidade de Deus, sobre a vida nas favelas do Rio de Janeiro.[1] BiografiaFilho de pais baianos[2], foi morador da favela carioca Cidade de Deus. Começou como poeta nos anos 1980 como integrante do grupo Cooperativa de Poetas, por onde publicou seu primeiro livro de poesia: Sobre o sol (UFRJ, 1986). Graduado no curso de Letras, foi contemplado – em 1995 – com a Bolsa Vitae de Literatura. Participou como assistente de um estudo sociológico/antropológico e nesse período escreveu Cidade de Deus. Inicialmente foi pensado como um relato sobre a vida de Paulo Lins na comunidade, um trabalho de antropologia sobre a criminalidade. Em 2002, o diretor Fernando Meirelles produziu o filme Cidade de Deus, com base no livro, que recebeu quatro indicações ao Oscar 2004 (melhor diretor, melhor fotografia, melhor montagem e melhor roteiro adaptado) e foi indicado para o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro. O roteiro é de Bráulio Mantovani. Após, fez roteiros para alguns episódios de Cidade dos Homens, da TV Globo, e o roteiro do filme Quase dois irmãos, de 2004, de Lúcia Murat, que recebeu o prêmio de melhor roteiro da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), em 2005. Em 2008, Paulo Lins trabalhou com René Sampaio, no roteiro de mais um longa-metragem, adaptação cinematográfica da letra da canção de Renato Russo, Faroeste Caboclo. [3] Após quatorze anos de trabalho intermitente, em 2012 Paulo Lins lançou a sua segunda obra-prima, Desde que o Samba é Samba, que recria meio ficcionalmente e meio historicamente a invenção do samba moderno por músicos do bairro carioca da Estácio na década de 1920.[4] Citação: “Até o vento fazia a curva em causa própria, assim como as pessoas que sentiam aquela energia vinda da criação artística para superar a vida em que o povo negro da pós-escravidão colocou a cultura como arma para conquistar dignidade com duas batidas fortes no surdo feito deixa para o solista sair improvisando (...). Tiveram a ideia de fazer parte da sociedade em forma de canto, mas mesmo assim foram espancados pela polícia, sofreram desdém, foram presos, tiveram a dor do preconceito, mas saíram sambando em busca de uma avenida para fazer dela uma passarela com o reforço do tamborim, do reco-reco, da cuíca e do surdo.”[5] Sua obra tem atraído interesse acadêmico na forma de vários artigos, dissertações e até mesmo teses.[6] Obras
Roteiros
Referências
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